27 Miguel

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Chegamos no meu andar e entramos. Ela mordeu a boca e sorriu quando fechei a porta atrás dela. Não nos demos ao trabalho de ao menos ligar as luzes.

Eu segurei sua cintura e a prendi entre mim e a porta. Ela estava me deixando louco e eu a queria na minha cama debaixo de mim. Ela estava ofegante quando a beijei. Sentia seu coração batendo forte e saber que eu causava isso nela me deixou mais louco ainda. Eu amava sentir o coração dela batendo por mim.

Sua mão correndo pelo meu cabelo me fazia sentir coragem de abaixar a alça do seu vestido por trás e alcançar o zíper do seu sutiã. Ela soltou um gemido baixo e me fez sorrir perto da sua boca. Ela me queria também.

Comecei abaixando seu vestido para tira-lo, ela me ajudou e logo suas mãos estavam nos botões da minha camisa.

Levantei ela do chão, ela agarrou minha cintura com as pernas e nos joguei na cama. Esperei pacientemente enquanto ela desabotoava minha camisa e a tirava com as mãos meio tremulas. Senti o gosto da pele do seu queixo e desci para o pescoço, mas quando comecei a puxar seu sutiã, notei que ela estava tremendo. Levantei de sua pele e a olhei, percebendo então que ela estava chorando. Oh céus. O que eu fiz?

- Não, por favor, não chore, Ariella. - Levantei uma mão e sequei a lágrima que escorreu. Ela estava nervosa, mas não esquivou do meu toque. Me sentei ao seu lado e ela fez o mesmo, eu a segurei para que ela viesse ao meu colo e ela o fez. - Não precisa fazer isso se não quiser. Não vou te obrigar.

- Eu não posso fazer isso com você. - Ela sussurrou. Aquilo me machucou. Ela não poderia dormir comigo?

- Não vou te obrigar a isso.

Ela aceitou com a cabeça e se levantou do meu colo. Eu a observei enquanto se apressava para abotoar o sutiã e andar até seu vestido no chão perto da porta.

- Não posso me apaixonar por você, isso é errado de mais maneiras do que eu possa lembrar.

- Eu gosto de você, sei que você gosta de mim. Não vejo o motivo de isso ser errado.

- Olha, Miguel. Você é a melhor pessoa que conheci nessa cidade. Você não me conhece, não sabe nada de mim e não posso mais continuar com isso.

- Continuar com o que?

- A te ver.

Ela abre a porta, mas eu corro até ela e seguro sua mão e fecho a porta novamente.

- Me deixa ir, Miguel, por favor...

- Você não pode me vir com esse papo de 'eu gosto de você, mas não podemos ficar juntos.' Eu preciso de uma explicação real para que eu não corra mais atrás de você.

- Me deixa ir, por favor. - Sua voz é baixa e tremida. Ela estava com medo... de mim?

Eu a soltei e me afastei inseguro. Ela estão me observou uma ultima vez e saiu pela porta a fechando em seguida. Fiquei um tempo apenas encarando a porta. O que deu nessa garota?

Observei a porta por um tempo e pensei em segui-la. Isso tudo foi tão rápido. Será que ela gostava de William ou qualquer outro?

Talvez eu a tenha assustado. Foi realmente rápido demais.

... ... ...

No dia seguinte eu não a vi quando sai pois saí as seis e pouco. Ela não deve estar acordada. Minha mãe me garantiu que levaria Mia na escola e isso me deixou com um tempo de sobra para chegar na redação.

Eu estava sem sono mesmo acordando cedo, mas não estava motivado a escrever qualquer coisa.

- Não há nada para cobrir hoje? - Eu Pergunto a Davi que estava sentado ao meu lado mexendo no computador.

O muito que Ella senteWhere stories live. Discover now