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ANY G.

Nós estávamos sentados em uma mesa enorme junto a outros tantos empresários e suas esposas. Coincidentemente, Larry Gavin, o cara que encontrei mais cedo na piscina, também se juntou a nós com os seus pais, que começaram a falar de negócios com Noah, interessados em algum tipo de aliança. Bree Morgan, que mais tarde descobri ser filha de um dos sócios de Noah, foi apresentada a mim como uma amiga do meu chefe, mas eu sabia que não era bem assim. A mulher me olhou de cima abaixo, avaliando a minha aparência e sorrindo com desdém como se tivesse se dado conta de que eu não era uma ameaça. Uma ova que eu não era, vadia metida!

Bree não trocou mais do que duas palavras falsas comigo e sentou na mesa entre Noah e seu pai, fazendo questão de puxar assunto com Noah a todo momento, tocando o seu braço de modo que ele tivesse que virar o seu corpo para ela, praticamente dando as costas para mim. Bufei de maneira impaciente diversas vezes enquanto tomava o meu champanhe, desejando alguma coisa mais forte do que o espumante.

— Você está bem? — Larry, que estava do meu outro lado, perguntou gentilmente.

— Estou. — forcei um sorriso. — É que esse é um evento bem diferente dos quais eu costumo frequentar.

— E que tipo de lugares você frequenta?

Bares acima das nuvens que servem suco celestial agridoce.

— Eventos bem informais, pra ser curta.

— Eu também prefiro locais mais simples. Adoro ir a karaokês com meus amigos, é divertido encher a cara e zoar enquanto cantamos.

— Aposto que a bebida é bem melhor do que essa droga de champanhe caro. — ri. — Sério, não tem nenhuma garrafa de cerveja passeando por aqui? — olhei em volta.

— Parece que você é das minhas. — piscou. — Quer ir até o bar beber algo mais forte?

Olhei de relance para Noah, que estava distraído conversando alguma coisa com a Bree e ainda me ignorando. Talvez sair dali com Larry fizesse sua consciência despertar.

— Claro, por que não? — sorri.

Larry assentiu e depois pigarreou, chamando a atenção de seus pais, que cessaram a conversa sobre negócios com um outro homem.

— Com licença, Lili e eu iremos beber alguma coisa no bar. — avisou.

— Não demorem, o jantar já vai ser servido. — sua mãe disse carinhosamente, assentindo para mim em seguida.

Eu sorri em retribuição e levantei depois de Larry, que afastou minha cadeira de forma educada.

— Onde vai? — Noah perguntou, agarrando minha mão antes que eu me afastasse.

Olhei para ele, que estava com a testa franzida e intercalando seu olhar entre mim e Larry. Observei sua mão quente ainda dentro da minha e tive vontade de suspirar, mas me contive.

— Larry e eu vamos até o bar. — expliquei.

— E se eu precisar de você? — perguntou como se estivesse tentando pensar em alguma desculpa esfarrapada para eu não ir.

Sorri de canto de maneira diabólica.

— Para o que precisaria de mim, doutor Sprouse? Para cortar o seu bife? Sua mãe está logo ali, peça para ela fazer isso. — debochei apontando para Melanie que estava sentada em nossa frente, distraída em uma conversa.

Seu maxilar ficou rígido e eu pude ver ele cerrar os dentes com raiva.

— Não demore. — falou por fim, largando a minha mão.

Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸWhere stories live. Discover now