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ANY G.

Noah me empurrou contra a parede, levou uma de suas mãos até meu queixo e ergueu minha cabeça, deixando meu pescoço exposto para ele. Depois ele foi até lá e fez coisas maravilhosas com a boca, mostrando que um beijo não faria falta, pois ele compensava muito bem em outras áreas. Fiquei imaginando o quão bem sua boca trabalharia nas minhas partes de baixo. Só esse pensamento fez a carne entre minhas pernas pulsar e molhar ainda mais.

Ele passou a mão por minhas coxas, subindo meu vestido até a cintura e depois me impulsionou para cima. Eu dei um pulinho, enlaçando minhas pernas em sua cintura ao ficar em seu colo. Noah apertou seu corpo contra o meu, esfregando seu pau em mim, bem no ponto do prazer, me causando arrepios e pequenos espasmos deliciosos.

Noah se afastou, enfiou as mãos em meus cabelos e olhou para mim, bem no fundo dos meus olhos. Ambos estávamos ofegantes e com expressões selvagens em nossos rostos.

— Eu não deveria. — ele disse. — Mas... — sorriu. — Você não se parece em nada com o tipo de mulher que me atrai.

— Nossa, Noah, você estava indo tão bem! — rolei os olhos.

— Não, não, não. Eu não estou falando de um jeito negativo. — deixou claro. — Eu me sinto perdendo o controle perto de você e eu nunca agi dessa maneira. E nunca achei que isso fosse ser bom. — aproximou seu rosto do meu, roçando nossos narizes.

— Isso é muito bom... — mordi meu lábio inferior e toquei o rosto dele de forma carinhosa.

— E eu não deveria porque você é minha funcionária. — riu. — Esse era um campo proibido para mim.

— Por que? — fiquei curiosa.

— Bem... — ele mexeu suas mãos que ainda estavam em meus cabelos, como se fizesse uma massagem.

Fechei meus olhos e apreciei aquele toque enquanto o ouvia explicar o porquê de suas limitações.

— Eu vou te ver todos os dias, você faz parte da minha vida, então todos os cenários indicam que isso não daria certo.

— Mas...? — indaguei, sabendo que aquela palavra surgiria.

— Mas você é diferente.

Abri os meus olhos e sorri satisfeita.

— Você é parecida comigo, Any. Então não há perigo.

— Como assim? — franzi o cenho, mas mantive o sorriso.

— Eu não me envolvo com ninguém, não demonstro sentimentos, não me importo com emoções e resumo meus interesses pelo sexo oposto à cama. Eu sei que isso não faz diferença porque você não é como as outras mulheres. Não está tentando me fisgar e isso é perfeito porque eu não tenho a menor intenção de ter algo sério com alguém.

Meu sorriso foi morrendo gradativamente enquanto Noah dizia aquelas palavras. Fiquei séria enquanto ele continuou me olhando animado e faminto por mim. Muitas coisas se passaram em minha cabeça e a principal delas foi que não era aquilo que eu procurava. Em toda a minha existência, eu sonhei com romances, senti meu coração aquecer com histórias de amor e desejei alguém que me quisesse da mesma forma como eu o queria. E a quem eu estava querendo enganar? Minha idealização de homem perfeito não se encaixava em Noah.

Deslizei pelo seu corpo até meus pés voltarem a tocar no chão. Noah notou que eu mudei repentinamente e franziu levemente a testa parecendo se preocupar. Suas mãos saíram dos meus cabelos e desceram por meu rosto, pescoço, até pousarem em meus ombros.

— O que foi? — perguntou quase sussurrando.

— Eu... — respirei fundo. — Achei que isso podia ser assim, mas eu não sou assim. Não posso mentir pra mim mesma. Não posso me forçar a aceitar suas condições só para chegar onde eu quero. Eu não tenho que ir por esse caminho, eu não deveria ter que ir.

Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸWhere stories live. Discover now