Prólogo

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                                                                                     Prólogo

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         Logo após indicar a Volker a localização dos atacantes, Andrey lançou-se atrás do veículo. O telefone celular que havia deixado no bolso de sua camisa escorregou e caiu assim que Andrey se inclinou sobre o porta-malas aberto. Ele agarrou a espada que foi de seu pai tão rapidamente que a bainha bateu arremessada ao fundo, antes mesmo que o aparelho, ao quicar, se acomodasse ao lado dela. Sem perder tempo, precipitou-se na mesma direção que Volker havia tomado. Seu coração batia compassadamente, em desacordo com a velocidade de seus movimentos, em um passo que se harmonizava ao ritmo do antigo relógio de Reinis.

         Enquanto se locomovia, sua mente focava na certeza de que estava apto a enfrentá-los sozinho. Tinha fé em suas habilidades e no treinamento que recebera; ainda que estes tenham chegado tarde para deter os antigos agressores, agora ele seria capaz de salvar as pessoas que amava. Seguiu confiante em corpo e espírito para enfrentar a nova ameaça. Percebia cada músculo e nervo preparado para agir, e seus instintos estavam tão aguçados que chegou a pensar que, como Vladímir, era capaz de senti-los e localizá-los. Também podia sentir que eram muitos e que teria de ser implacável a fim de libertar seus familiares.


Nemtsi e Selvagens - As almas cativasWhere stories live. Discover now