And I Waited for You (Conteúdo Adulto)

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Flashback.

Naquele dia, mais tarde, Taylor me perguntou se eu acreditava em bobagens. Podia ter pensado melhor. Teria dito que não é uma questão de acreditar ou não, mas, sim, de não ser bobagem nenhuma mesmo.

Se eu não tivesse me mudado para Pittsburgh, se não tivesse ficado amiga de Ellie, se não tivesse ido ao Pitt's Pit aquela noite, se não tivesse pedido uma música. Se eu tivesse tomado aquele iogurte velho da geladeira, passado mal e não conseguido sair de casa.

Se, se, se. São muitos fios na nossa vida. O que eu escolhi segurar me levou a uma sexta-feira de verão, linda e ensolarada, com o sol se pondo bem tarde. Eu saí do trabalho pontualmente às 18h, corri até minha casa, tomei banho, me perfumei e vesti a roupa que demorei dias para escolher. Um vestido florido, curto e fresco, botas baixas, brincos grandes. Ainda não tinha certeza de ser o modelo correto, a estampa correta, mas se tinha uma coisa que eu sabia aquele dia era que devia ir de novo ao bar. Nem que fosse para chegar lá e ele não estar ou ter uma namorada a tiracolo. Eu precisava ver Taylor de novo.

Ellie brincou com o meu nervoso de adolescente durante toda a semana, mas, claro, na sexta, estava lá para me acompanhar. Não queria chegar muito cedo nem muito tarde, então, armei minha entrada para cinco minutos antes do horário previsto para a banda começar.

Quando cheguei ao bar e olhei para o palco, me assustei. Não havia violões ou o cajon do percussionista. O palco tinha uma bateria, guitarras, teclado.

_ Ellie, a gente errou o dia?

Com a mesma cara de interrogação que eu fazia, Ellie afirmou que devíamos estar as duas loucas, porque Taylor tinha dito dali uma semana (e eu liguei para confirmar, claro). O bar estava mais cheio do que o normal, e ele não estava em lugar nenhum que eu conseguisse ver.

_ Já vamos ver isso, Lay. Fica calma. Vou buscar umas cervejas pra nós.

Era bastante típico da minha vida eu dar com a cara na porta daquele jeito. Já estava me preparando para rir de mim mesma e ficar bêbada quando ele apareceu.

_ Você veio! - ele segurou meu braço.

Meu Deus, como era lindo. Reuni toda a força que consegui para me manter normal.

_ Sim! Mas vocês não vão tocar? Não entendi...

Ele sorriu. _ Vamos. Agora. Estamos elétricos, hoje.

Taylor piscou e saiu, direto para o palco. Um segundo antes de Ellie voltar com as cervejas.

_ Vejo que está tudo bem! - ela me entregou uma garrafa e brindou comigo.

_ Acho possível que esse cara arruíne minha vida, Eleanor. Isso sim.

Eu ri e dei um gole na cerveja. Foi quando a banda subiu, se apresentou rapidamente e começou a tocar. De trás do teclado, Taylor olhou para mim e mandou a versão elétrica de "Layla", a minha preferida, no caso. Olhei para Ellie.

_ Acho que tenho certeza que ele vai arruinar minha vida.

O show daquele dia foi animado. Dessa vez, prestei mais atenção a ele. Taylor era ainda mais bonito do que eu me lembrava. E cantava tão bem. Confesso que devo ter bebido um pouco a mais e, quando a apresentação terminou, eu só pensava em como gostaria que tudo aquilo estivesse acontecendo porque ele queria me beijar.

_ Layla. Este homem não quer te beijar, ele quer te levar pra cama dele.

Ellie falou isso pelo menos seis vezes e eu racionalmente até concordava. Ele parecia realmente interessado. Mas tantas coisas sempre podiam dar errado. Quando o show terminou, ele desapareceu por dez minutos. O suficiente para eu achar que tinha levado um famoso perdido.

A Tempo [completa]Where stories live. Discover now