Antes mesmo do novo vírus se espalhar pela Coreia, Ryu já sabia que estava infectada. Usada como cobaia em um Laboratório Militar, fugiu semanas antes da doença que transformava os humanos em monstros se espalhar pelo país até destruí-lo. Até então...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Ouvi a porta da Sala de Quarentena sendo destrancada. Em seguida, o ranger dela, deixando claro que estava sendo aberta. Me recusei a abrir os olhos, cansada. Estiquei o braço para o lado, tentando encontrar Hyun-su, mas seu corpo se distânciou logo após minha mão toca-lo.
Ontem a noite ele esticou um lençol ao lado do meu para que pudéssemos ficar perto um do outro. Ele estava com medo que o velhote infectado que mal levantava do sofá fizesse algo comigo. Não era a primeira vez que ele fazia algo do tipo. Na verdade, ele passou a semana dormindo ao meu lado, como se seu corpo fizesse uma barreira entre eu e o velho.
Saber que ele estava ao meu lado me deixava confortável, mesmo que eu não acreditasse que o velho fosse tentar algo. Nos outros dias, Hyun-su costumava a deixar o seu dedo mindinho encostado no meu, como se aquele fosse o certificado de que eu ainda estava ali. Essa noite, por outro lado, ele passou grande parte do tempo com a mão entrelaçada na minha. Ao mesmo tempo, ele estava sempre verificando se eu não estava incomodada com aquele constante toque físico. Eu gostava disso.
Abri os olhos devagar, esperando-os se acostumarem com a luz que passava pela janela sem cortina. Eun Hyuk estava na porta, os olhos fixos em mim. Me sentei, esfregando as mãos no rosto e o encarando. Hyun-su estava ao lado dele, a atenção também em mim.
Isso é estranho.
- Preciso falar com você. - disse o de óculos, um tom sério.
Certo, tem algo de errado acontecendo. Suspirei, batendo no espaço ao meu lado, sobre o lençol. Eun não se mexeu, mas seus olhos me analisavam friamente.
- O que houve, Eun?
- Eu fui paciente. - ele entrou na sala, caminhando até mim mais rápido que o de costume. Hyun-su parecia tão confuso quanto eu. - Esperei você me contar. Esperei que tivesse confiança em mim. Eu depositei minha confiança em você, Ryu. Mas você nunca disse nada.
- Do que está falando? O que queria que eu te contasse?
- O blog. Eu não queria falar sobre ele com você, porque você passou mal da última vez. - ele mordeu os lábios, fazendo uma pausa enquanto desviava o olhar pro alguns segundos. Ele estava mesmo irritado. - Quem dera fosse apenas o blog. Passei a noite me perguntando quantas coisas você esconde de mim. Por que? Eu precisava saber disso.
Me levantei, caminhando até ele e diminuindo a distância. Hyun-su se manteve por perto, em silêncio. Eun parou de falar, o maxilar estava rígido. Eu não seu dizer se ele estava magoado ou irritado. Talvez os dois.
- Eu escondo muitas coisas, de muita gente. Confio em você, mas não acho necessário que fique sabendo de tudo sobre minha vida. Não importa o quão próximos fossemos, há coisas sobre mim que eu nunca vou contar a ninguém. Então, me diga. O que você quer saber?
