25 - Ossos

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CHA HYUN-SU

Fui jogado para fora do carro depois que capotamos. Demorei alguns segundos para me levantar, ainda dolorido. Minha perna estava doendo por causa de um corte, mas não era nada comparado a vez em que cai nove andares de escada. A arma que Du-sik fez para mim não estava muito longe, então caminhei até ela, a pegando para utilizar como muleta e ter com o que me defender caso um monstro aparecesse.

Na verdade, já havia um ali, se aproximando devagar. Era o mesmo do primeiro dia, que atacou as crianças e se curvou para Ryu. Ele estava muito maior do que a última vez.

Ouvi um grito de dor vir do carro e o reconheci imediatamente como o de Ryu. Eu nunca a ouvi gritar dessa forma, mas eu me julgaria mentalmente se não reconhecesse a voz da garota por quem estou apaixonado.

Acelerei o passo para chegar nela o quanto antes, ignorando o monstro que se aproximava de mim.

— RYU! – a gritei.

Quando cheguei perto o suficiente do carro, tive que me ajoelhar para enxerga-la, já que o teto do veículo estava encostado no chão.

Meus olhos se encontraram com os dela e eu não pude evitar que o desespero me consumisse. Haviam cortes pelo seu rosto, sangue escorrendo pela lateral da sua testa, saindo do seu coro cabeludo, mas o machucado era invisível aos meus olhos. Seus braços também não se livraram do impacto. Grande parte dos cacos de vidro da janela a atingiram, a maioria, por sorte, não deixando nenhum corte profundo. De qualquer forma, essas eram as partes menos preocupantes.

A perna direita de Ryu sangrava rápido, a hemorragia escancarada, enchendo o teto de sangue nos poucos minutos que levei para me levantar e vir até aqui. Acredito que o seu grito de dor seja por causa do ferro, centímetros acima do machucado, que tenho a impressão de que ela o puxou para que sua perna ficasse solta de novo. Ainda assim, atravessando sua barriga, havia outro ferro. Ele rasgou o couro do banco, e fez um corte irregular em sua barriga, entrando de um lado e saindo do outro.

Os dois no banco da frente estavam desmaiados, mas seus estados nunca poderiam ser comparados com os da garota. Se Ryu fosse um humano comum, ela já estaria morta agora.

Mas, por causa do vírus, o sangue que perdeu está sendo recuperado com mais rapidez, e esse é o motivo de ela ainda estar acordada.

Seus olhos castanhos estavam cheios de água. Ver Ryu chorar, não importa o motivo, faz meu coração doer.

Segurei a maçaneta da porta, a puxando para trás diversas vezes, tentando abrir.

— Precisa se esconder. – ela pediu, a voz baixa e cansada. – Se esconda do monstro. Eu vou sair daqui.

— Não vou te deixar.

— Anda logo, Hyun-su! Se esconda!

Eu bufei, me levantando e tirando meu rosto do seu campo de visão, assim como ela saiu do meu. Olhei para o monstro, agora ainda mais perto. Peguei a arma que Du-sik fez para mim, correndo até ele e atingindo sua perna com a ponta afiada, liberando o choque. Tenho certeza de que aquilo não passou de uma simples cosquinha para ele.

Os Mais Fortes Sobrevivem - Sweet HomeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora