Capítulo 13: O Anjo do Sul

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Naty: Ele vai ficar bem? Vai acordar? (perguntou à socorrista após passar horas de expectativas frustradas ao lado do músico)

Cláudia: Não dá para saber, não temos aparelhagem suficiente para fazer os exames necessários. Os ferimentos parecem não apresentar complicações, mas, se você disse que ele tossiu sangue, é preocupante. Calma, minha filha, só podemos esperar. Não dá nem para saber se ele está completamente inconsciente ou se pelo menos pode nos ouvir. Então, só aguardando mesmo. (retirou-se ao concluir a sua dose de colaboração para o desespero alheio. Naty segurou forte a mão masculina pousada sobre o leito e encostou a testa nela em retomada do choro quase incessante)

Sugestão musical: Listen To Your Heart – DHT (slow version)

Naty: Dan, acorda. O que eu faço sem você por perto? (percorria-lhe a face com os nós dos dedos suavemente, lembrando-se do primeiro dia de aula, das brincadeiras, dos sorrisos, das caras de bobo que ele costumava fazer, dos abraços, das implicâncias, dos beijos...): Sempre foi você. Tanto tempo procurando e estava ali do meu lado tudo o que eu sempre quis! Eu te amo, desde os seus momentos mais bobos e infantis até os mais sérios e sinceros até demais. Com ou sem fantasia, é você o homem que eu amo e... (respirou profundamente; chegava ao extremo da comoção): Eu não sei o que faria se nunca mais te visse... (voltou a apoiar a mão dele entre as palmas, beijando-a com os lábios trêmulos. Alisava-a na pele delicada das bochechas, umedecida pelo pranto em que degustava o medo de perdê-lo. Pendeu o tronco sobre o colchão, em seguida, e fechou lentamente os olhos entregues ao cansaço. Tirou um cochilo rápido, interrompido pelo inusitado que a despertou para um sonho bom: sentiu um movimento frágil levantar as mãos entrelaçadas em direção à boca do rapaz que as sustentava – com as íris mel-esverdeadas quase encobertas pelas pálpebras, Dan a observava sorridente, convidando-a, por gestos, a se aproximar dele): Você está bem! Graças a Deus! Eu fiquei com tanto medo. (abraçou-o fortemente, tornando a escorar as lágrimas em seu tórax)

Dan: Na... (engoliu a saliva e tentou falar de novo, mas não tinha forças para tanto): Na...

Naty: Não fala nada. Descansa! Eu vou estar aqui com você. (beijou-lhe a testa e o acariciou nos cabelos até que caísse no sono)

Alex: E como ele está? (adentrou o cômodo, com o semblante atemorizado)

Naty: Acho que ele vai ficar bem. Já até acordou e tudo, graças a Deus. Avisou pros outros?

Alex: Ainda não... fiquei vagando, meio sem saber o que fazer...

Naty: Por quê? É urgente! Por mais que esteja bem, ele pode piorar, infelizmente.

Alex: É que... isso é culpa minha. Devia ter deixado que ele continuasse cantando no quarto. Não tenho coragem de contar pra eles. (suspirou, envergando os ombros. Ao pousar os olhos no leito, cheio de remorso, foi abraçado pela sulista)

Naty: Calma, sem a sua ajuda, eu não conseguiria tirá-lo da piscina. Você também ajudou a salvar a vida dele!

Babi: Finalmente! Você não voltava, eu procurei pelo campus to-do! Todo! Por que correu? Por que veio pra cá? Tá passando mal? (foi até a amiga, pronta para ralhar com ela, mas recuou assim que avistada a razão de tudo): Ai, meu Deus! Dan!

Naty: Shh... ele tá dormindo!

Babi: Que houve? Olha pra ele! (emitiu alguns sussurros, nervosa)

Alex: Calma... ele vai ficar bem!

Naty: Viu, você vai acordá-lo! (acalmou-o com outra sessão de cafunés ao notá-lo prestes a se remexer): Shh, calma, está tudo bem.

Sinfonia - Destino Trocado (vol. 1) COMPLETO!Where stories live. Discover now