Após o estressante vestibular, Naty, uma menina meiga e um tanto incomum, se depara com um universo completamente novo ao ingressar na Escola de Ensino Superior Fluminense. Contudo, em um lugar onde diversidade é a palavra de ordem, conseguiria ela...
Olá, meu pc tá de volta! Ae, ae, ae! Se eu demorar um pouquinho para aparecer com o próximo capítulo é porque sábado é meu aniversário e, na terça, é o do meu irmão. Aí já viram, fica tudo agitado. Aliás, fiquei de dar parabéns atrasado nesse post para a LouiseDuarte! Parabéns, flor, pelo seu dezoitão. Comemore com muitos mojitos. s2
Enfim, o capítulo 22 deixou em aberto o rumo das relações do Dan com a Naty e também com a Mika. Como o 23 dá destaque pro trabalho em grupo que foi gravado, ele só responderá detalhadamente um desses lados. O outro será esclarecido para vocês de verdade somente no 24.
Sem mais delongas, aqui está o A Ruiva vai a Nocaute. No final do post, conversarei sério com vocês.
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Sugestão musical: Ten Feet Of Snow – The Action Design
Paulo: Grupo quatro! (chamou ao verificar a ordem de apresentações na planilha)
Naty: Espera, professor, ele vai chegar!
Dan (entrou esbaforido): Desculpe o atraso. Editar era mais complicado do que parecia! (botou o DVD e sentou ao lado de Diego e Naty. Como início do trabalho, apareceram mãos digitando no teclado de um laptop, com a voz de Nathália ao fundo a narrar o texto que lentamente tomava posse da tela):
"Estava cansada de tudo hoje. Cansada do dia a dia no fim de tarde de dona de casa robotizada e de ouvir mil "mães" e nunca um "pai!". Será que treinam os filhos para isso? O pai também os fez, ora! Vai e volta do mercado, limpa, limpa mais uma vez. Meu trabalho? Para fazer hora extra, eu sirvo, mas para ser promovida nada! Acho que até hoje o meu chefe pensa que eu sou apenas um traseiro sexy vestido de terninho. Vai entender isso! Toda essa situação me levou a refletir: qual é o meu lugar no mundo? Qual é o lugar da mulher nesta sociedade?
Desde criança, somos treinadas à submissão (apareceram meninas brincando de boneca e "comidinha"): "Vai, filha, aprenda a ser boa mãe!", "Nossa, com esse bolinho que fez pro papai, pode até casar!". Ser mãe, casar... Tenho cara de troféu ou parideira? Por que não "nossa, vai ser uma pediatra ou uma chef de sucesso"? O problema é estar vivendo na geração das "atrizes, modelos e manequins", que malham o corpo e atrofiam o cérebro. Cadê a geração de sessenta? Mulheres, a opressão ainda existe, pois queimem os seus sutiãs em praça pública! Revolta-me ver tantas pseudoindependentes brincando de liberdade em uma sociedade ainda machista e patriarcal. Que liberdade? (apareceu uma foto de um acidente de trânsito em que estava escrito no canto: "tinha que ser mulher!"). Podemos votar? Ótimo avanço, só falta ter em quem. Liberdade sexual? Como? Perguntem para as milhares de "vagabundas e galinhas" sobre isso: beijou "xis" por noite, vai arder na fogueira do veneno verbal para sempre!
Eu quero mais é ser hippie, cansei deste mundo. Vou-me embora pra Pasárgada, lá não me curvo ao rei, quebro os tabus que eu quero e quem não gostou que se descabele, porque já estou "pra lá de Marraquexe". Nessa hora, o meu pai diria: "Menina, você é uma moça, cadê os modos?". Lady Di se comportou e se deu mal! Para quê copiar? Maria Antonieta perdeu a cabeça e vivia à Walt Disney (apareceram imagens de pinturas de época e das princesas da Disney): Quero mais é guilhotinar esses enfeites de pescoço, cabeça pra quê? Colocar tiara? Não tenho pão, faço o meu brioche e vou vivendo de poesia. É melhor fugir da realidade do que viver este teatro miserável.
