Capítulo 20: Golpe Militar

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Alô, alô! Nesse carnasofá maravilhoso, segurem o bloco do capítulo 20! Tinha prometido uma maratona até chegarmos nele, aqui estamos. Se eu der uma de mestre dos magos por necessidade em algum momento, não podem mais reclamar, uhul. Neste capítulo, começa a metáfora do Reino; uma historinha paralela que o narrador conta no meio da trama, de vez em quando, e que só decodificará no final do livro. Então, prestem atenção sempre que ela aparecer. Vocês têm sido fofos nas estrelinhas e comentários, por isso também me esforcei muito pra retribuir a meiguice e postar em maratona. Levem essa lição pra vida, haha. 

Obs: para quem gosta de coisas de época, mais clássicas, reflexivas e sofrentes, sempre esqueço de indicar, mas também tenho no wattpad um conto curtinho ambientado na guerra civil espanhola. Ele foi publicado em 2013 na Antologia Amores Impossíveis e o nome é Flores do Solstício. Basta procurarem aqui no meu perfil, ficarei feliz se lerem e gostarem. 

Boa leitura, nos vemos nos comentários e no próximo capítulo, que se chama Loucamente Loira. 

Cherry Kiss! 

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Sugestão musical: We Belong Together – Mariah Carey

Dan: Michele, espera aí! (apertou o passo para alcançá-la na saída do pátio central)

Michele: Ah, oi! (aguardou por ele com um sorriso no rosto)

Dan: Oi. Só queria dar uma palavrinha com você.

Michele: Claro! Eu estava indo pra aula, mas pode falar.

Dan: Só queria dizer que foi muito legal o que você fez hoje. Se arriscou e fez uma coisa muito foda! Fiquei orgulhoso. (coçou a nuca, um tanto desconcertado; por mais que a namorasse há meses, o impasse entre eles lhe tirava a noção de como proceder)

Michele: Eu precisava tentar pelo menos. Assim, tiro o peso da minha consciência também.

Dan: Não, não diminua o que você fez. Foi muito legal, ainda mais envolvendo as pessoas que envolve. Não esperava mesmo.

Michele: É, nem eu, mas fico feliz em ver que deu tudo certo. Bom, tenho que ir. Tem mais alguma coisa que você queira me dizer?

Dan: Não. Não vou te atrasar, pode ir. (beijou-a na testa e a abraçou de um modo breve)

Michele: Foi bom te ver. (mirou-o fixamente, sem saber que provocava nele a necessidade de fugir antes que o perfume, o rosto e os olhos criassem aquela espécie de buraco negro de sempre. Subia um frio na barriga, acompanhado pela vontade insuportável de provar mais uma vez as cerejas levemente brilhosas que ela trazia nos lábios todos os dias. Começavam os movimentos involuntários: a razão desviava o olhar, mas o impulso aproximava a sua mão dos cabelos castanho-avermelhados. Era incompreensível gostar e duvidar tanto e tudo ao mesmo tempo. Um sentimento indescritível que causava medo e alegria. Babi dizia que assim era o amor, mas será que era? Era estranho querer tê-la por perto e simultaneamente desejar encerrar com tudo, afinal, eram tão diferentes. Medo de se amarrar de vez? Qual é o limite para o que se sente tão rápido e sendo tão novo? Não deveria ser normal essa montanha-russa que oscilava em seus pensamentos a cada segundo em que via aqueles olhos. As pernas tentaram sair, mas o resto não se moveu. Por que os membros não lhe respondiam enquanto os comandava a recuarem as tropas? O último guerreiro que restava do seu corpo observou, então, o campo de batalha e viu que, há certo tempo, o seu exército apontava as armas para o lado errado da guerra e o rendia; o comandante se vendeu ao inimigo, beijou os lábios da traição. Só faltava derrubar o rei. Não iria demorar muito)

Sinfonia - Destino Trocado (vol. 1) COMPLETO!Kde žijí příběhy. Začni objevovat