Capítulo 35.2: A Troca

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Olá, meus frangostosos! Desculpa a demora, tive pendências pra resolver em SC, entrei em DOIS cursos (me matem!) e tô feito uma barata tonta, tentando me adaptar. Ainda é bem difícil, por conta de tudo que falei sobre mim em outros posts, mas tá melhorando aos poucos. Amém. Lado bom é que venho tentando seguir o que tinha me proposto a fazer: no raro tempo livre, lidar com o UV. A quantas andam o meu progresso? Bom, a nossa história bruxinha, bebê sulista catarina, ganhou um book trailer! E uma sinopse nova, ao que parece (o que é surreal, porque peço isso há 5 anos, e nunca recebo. Veio do nada). Mais parágrafos do prólogo foram escritos. Eu ia apagar, mas dona beta não deixou. Então, só faltam mais uns poucos para ele ser concluído. Já tenho o começo, grande parte do meio e tenho o final. O pedaço que falta é difícil porque exige muita conexão emocional com a trama (e depressão nos deixa mecânicos. É uma batalha para reconectar com as emoções) e também porque trata de algo que mexe muito comigo: Floripa. A cultura de lá, o folclore de lá, a alma desse lugar que eu tenho a maior honra de trazer no coração como uma preciosidade que faz parte de mim. É um tanto difícil passar pro papel, às vezes, a essência de algo que a gente ama tanto. Floripa é isso pra mim, e é o espírito do UV. Já tem muita coisa de design e estrutura prontinhos, só esperando esse obstáculo ser contornado. Tá tudo tão fofo! Estou ansiosa pra acabarmos o Sinfo e viajarmos juntos pra Ilha da Magia, de volta ao passado que fez a Naty ser quem é. E para vocês conhecerem o meu amado Maurício, claro (também conhecido como a Manuela do meu conto Os Cinco Estágios). Estão se preparando, aos pouquinhos, para se despedirem do RJ, da ESF, dos franguetes, do Alex e dos nomes antecedendo as falas? Como UV é um spin-off, ele não segue a estrutura maluquinha do Sinfo, só os livros regulares obedecem à escala progressiva do narrador oculto. Vai ser uma mudança e tanto pra todos nós! Enfim, já falei muito... ainda não pude sentar pra responder legal os comentários acumulados e me sentiria injusta de não responder a todos. Então, vamos esperar mais um tico por isso. Até lá, saibam que li todos eles e tô morrendo de dó de vocês depois dos últimos capítulos. Fui boazinha, portanto, em não parar o post de hoje na parte tensa sinalizada no meu documento. De nada! 

Anteriormente na farofa... 

Naty: Dan! Por favor, abre! Dan! (abateu-se diante da porta trancafiada, conforme julgava estar também todo o afeto que ele lhe dedicou um dia. Os ouvidos captavam os movimentos que ressoavam de dentro do cômodo e os olhos só faziam transbordar à indiferença de quem ali se encontrava. Ele não queria atender aos apelos... Por mais que esmurrasse a madeira até quase inchar as palmas, ela se mantinha mais intransponível do que a Grande Muralha Oriental; talvez porque o guitarrista permanecesse em defensiva similar): Por favor, Dan, eu imploro, abre. Você entendeu tudo errado. Deixa eu me explicar, por favor. Eu só quero explicar tudo, mesmo que você não volte a falar comigo nunca mais. Eu sei que você está aí, por favor, me escuta. (amparou a testa no batente, exausta pelas tentativas vãs de se fazer escutar. Não poderia deixar que ele fugisse do problema como sempre costumava fazer. Era tudo ou nada, não desistiria agora que não havia mais o que perder): Se estiver me ouvindo, eu só queria que você soubesse que eu me sinto um lixo. Eu sei que não mereço o seu amor nem nunca mereci. Eu não soube dar valor a tudo que você demonstrava sentir por mim apesar dos meus vacilos e, por isso, me sinto uma traidora agora. Eu não queria nunca ter te magoado desse jeito, e você sabe que sempre sofri junto contigo. Principalmente dessa vez em que eu fui a culpada pelo seu sofrimento. A verdade é que eu só queria me afastar por um tempo, porque eu não aguento mais tudo isso entre nós dois. Ou melhor, a falta do que eu julgava ser o certo a se passar entre nós... Está acabando comigo há meses! Eu não conseguia mais suportar estar com você de forma incompleta, que, por ironia, só agora eu percebo que era tudo o que me completava. Tudo isso, Dan, porque eu, eu... (o medo irradiou, então, uma série de calafrios vigorosos por todas as terminações nervosas. Recebia do cérebro a mensagem clara para recuar os vocábulos reveladores que lhe assediavam o palato e bater em retirada sem olhar para trás, mas a sensibilidade persistia na certeza de que já havia passado da hora de se declarar. Acreditou no "antes tarde do que nunca"): Porque eu não consigo estar com você sem te querer como há muito tempo não queria ninguém mais. Não consigo olhar e tocar você sem te desejar como homem, sem ter vontade de te beijar, abraçar, ou até mesmo só de segurar a tua mão como se faz com um namorado. Você é tudo o que eu poderia querer para mim e, mesmo que questione a sinceridade do que eu sinto, eu te amo mais do que qualquer outra no mundo e não saberia mais viver sem você. Eu também encontrei em você a minha alma gêmea. É por isso que não pude evitar me apaixonar perdidamente pelo meu melhor amigo, que sempre esteve do meu lado, apesar de tê-lo enxergado um tanto tarde demais. Eu até acho que sempre gostei de você, só era burra demais para admitir isso para mim mesma... Tive que quase perder pra Babi para começar a perceber. De qualquer forma, não é pelo disfarce ou pelo beijo, que fique claro: eu amo você por tudo o que você é e pelo o que passou comigo. Por favor, tenta me perdoar... Eu não sei o que fazer sem você e o que seria de mim se eu te perdesse. Não importa mais se você nunca vai me amar do modo como eu gostaria, mesmo que só como um amigo, eu preciso de você. Por favor, fala comigo! (E somente as lágrimas eram o que lhe restou deles dois. Nem mesmo a verdade o convenceu a pelo menos tentar conversar; havia demorado demais a agir. Os ruídos do outro lado da porta enfim se calaram. Será que o músico também tinha se apoiado ali para suportar a dor, como os casais brigados fazem nos filmes? A fechadura estalou em negativa, por fim. A maçaneta girava em desobstrução daquela barreira enorme que os separava. Ele estava ali... Reergueu-se num pulo do chão em que estava sentada e se agarrou à perna dele como uma criança carente de atenção para que nunca mais ele pudesse se libertar dela): Diga o que quiser, mas eu não vou soltar enquanto você não entender de uma vez por todas o quanto eu te amo!

Sinfonia - Destino Trocado (vol. 1) COMPLETO!Onde histórias criam vida. Descubra agora