O que é o Amor? - Tom Riddle

Meu amor...

-- Você não quer levantar? - Questiona Tom, acariciando as costas da morena sutilmente. -- Já dormiu o suficiente... - Completou levantando-se da cama. 

Riddle esta passando seus últimos dias de férias na casa de Maitê. Eles namoram há dois anos. 

O sonserino decidiu que a corvina seria sua namorada até o fim do último ano. Mas, por que? Porque ele quer ser reconhecido como o melhor. 

Somente o mais bonito conseguiria namorar a garota mais cobiçada de toda a escola. Ele precisava provar a todos sua capacidade. 

Então, manipulou a ela e sua família para se apaixonarem por ele. E como tudo ocorreu do jeito que planejou, cá estamos. 

-- Tom... Fique aqui mais um pouco. - Suspira puxando o braço dele. 

-- Maitê, este é o nosso penúltimo dia de férias. Vamos passear por Londres. - Disse autoritariamente, sendo puxado por ela para um delicioso abraço juvenil.

-- Não quero passear pela Londres trouxa. Quero ficar aqui com você o resto do dia... - Suspira enquanto o mesmo revira os olhos. 

-- Não me importa o que você quer. Não pode ser negligente porque está com preguiça. - Levantou-se pela segunda vez, caminhando até o espelho. -- Sua mãe ja me convidou para tomar café, alguns minutos mais cedo. Eu aceitei e disse que chamaria você. - Ajeitou sua blusa branca social. 

-- É mesmo? - Ela se senta sobre a cama. -- Poderia ter me deixado aqui. - Boceja esfregando o rosto. 

-- E deixa-la sem café da manhã? Já reparou o quão magra esta? Por Salazar... vai sair voando se não segurar em minha mão enquanto andamos pelas ruas. - Este comentário ofensivo chocou a morena. 

Ela caminhou até as costas dele. Ambos se observaram  pelo reflexo do espelho, enquanto a mesma colocou cuidadosamente as mãos sobre os ombros do sonserino. 

-- Não gosto quando me ofende assim. Olhe para você, não é sangue puro, mas eu não o ofendo com comentários de o quanto metade do seu sangue é sujo. - Ela observou a feição dele mudar para seriedade. 

-- Vamos tomar café... - Rosnou enquanto se voltava para ela furiosamente, segurando o braço dela com força. 

O sonserino parecia furioso até que encontrou a mãe de Maitê descendo as escadas. Ela sorria radiantemente para o moreno, que devolveu o sorriso. 

-- Bom dia mamãe... - Maitê abraçou a mãe. 

-- Bom dia senhora Anweris... - Pronunciou Tom educadamente, assentindo para a mulher. 

-- Bom dia para os meus dois filhos... - Suas palavras soam agradavelmente aos ouvidos de Riddle. 

Mesmo tendo conhecimento de seu sangue, a senhora Anweris pareceu adora-lo. O trata como um filho postiço. E ninguém ousaria chamar a chefe da casa dos Anweris de traidora de sangue. 

-- Então... Já decidiram o que vão fazer hoje? - Questiona ela, passando manteiga sobre a sua torrada. 

-- Tom me convidou para passear por Londres. - Sorriu para a progenitora que voltou seus olhos para o genro.

-- É mesmo? Isto parece estimulante! - Sorriu para ele. 

-- E é sim. Quero levar Maitê para conhecer um parque que eu adoro visitar. - Bebeu um gole de sua xícara de café. 

-- Desde que não se aproximem de trouxas, está tudo certo. - Ultimou o pai da corvina. 

Situações como a que ocorreu esta manhã, não são frequentes na vida do casal. Normalmente, quando Riddle insulta Maitê, ela prefere ficar calada. 

Seu coração pertence ao sonserino. E quando eu digo que pertence, eu quero igualar a um objeto de porcelana. Se você não tomar cuidado, ele pode quebrar em diversos pedaços.

Ela jamais suspeitaria o que Riddle decidiu que iria fazer quando começaram a conversar. Anweris nem desconfia que o relacionamento deles está perto do fim. 

-- Aonde vamos primeiro? - Questiona ela, agarrando a mão de Tom ao mesmo tempo que o abraça. 

-- Quer conhecer o mundo dos trouxas? - Pergunta em resposta, voltando seus olhos para ela. 

-- Nós devemos? - Indaga observando-o com mais atenção. 

-- Me diga você... - Ela pareceu pensativa por alguns instantes. -- Sua mãe não precisa ficar sabendo... - Sussurou observando-a sorrir. 

-- Próximo destino, mundo dos trouxas... - Gargalhou, sendo observada por Tom instigantemente. 

Isso é basicamente um teste. Ele está testando sua garota. Se ela pode mentir para os pais, também pode mentir para seu namorado. 

O sonserino vem notando deslizes dela muito frequentemente, por conta de testa-la todas as vezes que se encontram. 

Contudo, ele também entende que os filhos de famílias supremacistas portam curiosidade sobre o desconhecido, que no caso são os não mágicos. Ao conviver com projetos supremacistas, ele notou esta curiosidade.  

Consequentemente, sua posição neste momento não é tão favorável sem sua namorada e a família dela. Portanto, ele não pode simplesmente agir como um ser prepotente. 

Em relação ao que sente pela corvina, não é ódio nem amor. Ele gosta de sua companhia. Se não fosse por seus status, seriam bons amigos, ou ate algo um pouco mais íntimo. 

E apesar disso, seu desejo por ela vem continuamente aumentando. O que não lhe agrada. Por mais que seu coração não seja capaz de amar, se ficar obsessivo por ela, é provavel que prejudique sua vida. Consequentemente ele esta se afastando. 

-- Tom... eu estava pensando. Mamãe me disse uma coisa antes... - Ela resmungou enquanto acariciava as costas do sonserino. 

-- Estou ouvindo. - Respondeu ainda observando a rua. 

-- Bem, ela disse que no final do próximo ano é provável que você me peça em - Ela foi interrompida por ele. 

-- Maitê... O que você acha de almoçarmos ali? - Questionou mudando de assunto. 

-- Ah... aqui está agradável. - Observou-o confusamente, continuando a frase. -- Bem... Mamãe, ela disse que você vai propor casamento entre nós até o final do próximo ano... - Tom voltou seus olhos para ela calado, observando-a instigantemente. -- Você quer me pedir em casamento quando terminarmos hogwarts? - Questiona observando-o com um sorriso genuíno. 

-- Minha princesa... - Seu tom era calmo e sedutor. -- Eu ainda estou pensando nisso, e também gostaria que isso fosse surpresa. - Ela observou o garoto um tanto espantada. 

Apesar do que ele disse, é mentira. Ele ja cogitou a ideia algum dia, mas decidiu que seguiria a vida sozinho.

-- Então quer dizer que já pensou em casamento comigo? - Questionou ainda confusa. -- Uma vez... Melina me disse que só estava comigo por causa dos meus status. - Ele segurou o rosto dela observando-a com melancolia. 

-- Minha perfeição... - Seu tom é suave e sedutor novamente. -- Me apaixonar, não foi escolha minha. Meu coração escolheu o seu, não dinheiro ou beleza. - Selou seus labios gentilmente, observando a morena pasma. 

-- E o meu retribuiu... - Sorriu apaixonadamente para o sonserino.