Meu mundo

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-- Maitê, não consigo entender seus sentimentos... - Murmura Manfeys, saltitando entre as árvores da floresta proibida.

-- Se você não consegue, imagina eu... - Suspirou continuando a escrever em seu diário. -- Manfeys... - Suspirou voltando-se para o gato saltitante. -- Você acha que eu consegui quebrar? - Ele finalmente parou sobre o galho de uma das árvores, voltando seus olhos para ela.

-- Sim. Você deve procurar o pacto de sangue que fizeram e verificar. Se não houver mais sangue, não há mais pacto. - Retoma seus saltos sutis e leves. -- Este amor que sente por ele pode ser somente temporário. Você é jovem e deve se apaixonar, mas a possibilidade de permanecer com seu primeiro amor nao é tão alta. - Murmurou mordendo algum tipo de frutinha presa a um dos galhos.

-- Mas eu o amo tanto. - Ouve-se trovões, o que obrigou ambos a voltarem seus olhos para cima, então eles se encontraram.

-- Você tem duas opções. Fique e aproveite sua companhia e a minha, é claro. Ou volte ao castelo e encontre Tom. - Maitê desviou o contato visual. -- Abandona-lo parece tão difícil assim? - Indagou obtendo os olhos dela para si.

-- Sim... Manfeys, você sabe o que eu sinto por ele... Eu o amo tanto... Quando estou com ele consigo sentir que os problemas sumiram... Só que... - Desviou o olhar novamente.

-- Não é mais a mesma coisa? - Balançou a cabeça positivamente. -- Você pode nao perceber, mas existe outro sentimento em seu coração. Ódio. - Ela encontrou os olhos dele com esperança. -- Sente-se traída e humilhada? Isto é porque sua visão parece mais clara agora. - A chuva começou a cair, então Maitê formou algum tipo de guarda chuva com magia.

-- Isto quer dizer que eu finalmente estou conseguindo progredir? - Indagou fechando seu livro de poções e guardando o resto de seu material.

-- Maitê... - Outra voz ecoa em seus ouvidos. -- O que está fazendo aqui de novo? Esta chovendo. - Tom apareceu em meio a quase escuridão de fim de tarde.

-- Tom. - Ela se colocou de pé segurando seu material. -- Aqui é mais silencioso do que a biblioteca. - Sorriu ficando rente a ele.

De repente, Maitê desperta de seu sonho. Ela parece assustada e inquieta. Seu coração bate forte e ela sente medo. Seu corpo estava grudento e suado.

Ao voltar seus olhos para o outro lado da cama, ela percebe Tom, lembrando-se que havia passado mais um noite com ele.

Ela tenta afastar sua respiração forte. Fitando o rosto adormecido dele com um semblante triste.

A mulher percebe a umidade de sua camisola, ela a tornava mais transparente. Fios de seu cabelo estavam colados sobre sua nuca e rosto. Aquele suor estava deixando-a bastante incomodada.

Anweris se coloca de pé de forma silenciosa. Caminhando sobre a ponta dos pés para não acordar seu namorado.

Assim que deixou o quarto, não era mais preciso ser tão cuidadosa com os passos, desta maneira, ela caminha pelo escuro como se caminha normalmente.

— O que está acontecendo? - Ela sussurra da forma não audível, conforme observa a luz da cozinha, ainda sobre a escada.

Entretanto, quando a mesma chegou ao primeiro degrau, a luz sumiu e o silêncio mais forte que ela acreditara ouvir, adentrou seus ouvidos.

A mulher pensou que aquela não era sua casa e que não deveria andar por lá durante a madrugada. Maitê sabe sobre os diversos empregados que Tom mantém em sua casa.

O que é o Amor? - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora