O que é o Amor? - Tom Riddle

Vagas Lembranças

Tom segurou a mão de Maitê com muito cuidado, temendo as memórias da mesma. Afinal, do que exatamente ela se lembrava?

— Nós éramos um casal... - Murmurou parecendo pensativa. — Encontrei um desenho bem antigo com um gato flutuante. - Ela fitou o semblante do lorde escurecer.

Nunca fora segredo para Anweris o ódio que o lorde sentia de Manfeys. O gato sensato de Maitê. Aquele que estragaria sua relação com ela. Dito e feito.

— Um gato... - Murmurou pensativo. — Então você lembra de nossos tempos em hogwarts? - Questionou aproximando-se dela.

— Tive apenas alguns sonhos sobre... Sonhos que me fizeram duvidar de minha dignidade. - Gargalhou. — E não só dela. - Eles se fitaram em silêncio.

Voldemort não sabia exatamente o que Anweris havia recordado, entretanto, ao checar os fatos, ela se recordou do que seria apenas vantajoso para ele. Afinal, ela está sentada bem a sua frente, segurando sua mão enquanto o encara com delicadeza e amor.

— E... O que você fará em relação a essas memórias? - Ele questionou acariciando a mão dela.

— Ainda não sei... - Ele suspirou. — Estive pensando sobre muitas coisas antes de procurá-lo. - Ingeriu um gole do vinho. — Tenho duas perguntas. - Ambos se endireitaram na cadeira.

Conforme o rápido silêncio se estabelecia entre eles, o lorde tentava descobrir as perguntas e as suas respostas.

— Diga, querida. - Acariciou o rosto dela. — Tentarei responder o que estiver ao meu alcance. - Sorriu assentindo para ela.

— Bem... - Ela o encarou de forma profunda. — Como eu perdi a minha memória e por que? - Questionou quebrando o contato visual.

— Ao certo não saberei responder a sua pergunta. Mas receio que tenha sido a muito tempo, já que você tinha sumido. - Houve silêncio por poucos segundos. — Lembro-me quando você não respondeu às minhas cartas. - Tom fitou suas mãos entrelaçadas. — Fiquei muito preocupado. - Sorriu de forma desajeitada. — Então tentei encontrá-la por muito tempo. - Suspirou.

Aquelas palavras eram verdade. Embora não houvesse mais pacto, o lorde sentia que Maitê era uma parte sua. Ela sempre esteve presa a ele, e de repente está " parte " se desprende ameaçando jamais retornar.

— Quando você retornou e percebi que não lembrava de mim... - Ele parou sua fala. — Eu tive tanta raiva, senti tanto ódio de você por me apagar completamente de suas memórias. - Eles sorriram um para o outro. — Eu fui o seu primeiro amor... Nossas lembranças... Lembranças importantes, de tudo o que fizemos juntos. - Ela derramou uma lágrima. — Por favor, não chore... - Pediu limpando uma das lágrimas dela.

Maitê abaixou sua cabeça, tentando esconder seu rosto melancólico. Entretanto, ele foi levantando por Tom.

— Me desculpe... - Sussurrou de forma triste. — Me desculpe por esquecê-lo. Não acho que teria sido de propósito. Afinal, por que eu faria isso com o meu primeiro amor? - Observou-o se levantar.

O corpo de homem parou rente ao dele e se agachou entre as pernas de Anweris.

— Maitê, você pode me perdoar por qualquer coisa que eu a tenha magoado? - Ela segurou o rosto dele.

— Eu o fiz sofrer, por que se desculpa? - Questionou levantando-o conforme seu corpo ficava de pé. — Isto é tão embaraçoso... Mas por que você apenas fingiu que não tínhamos nada? - Indagou observando-o segurar seu corpo.

— Seria mais fácil. Tentar recomeçar do que continuar algo pela qual você não lembrava. - Sorriu desviando o contato visual. — Nossos primeiros encontros foram tão embaraçosos para mim. - Eles gargalharam juntos.

— Tom, eu não sei o que causou esse esquecimento ou o por que de eu ter esquecido você, mas peço que me perdoe por isso. - Ela o abraçou, sentindo-o revidar sua demonstração de afeto.

— Está tudo bem agora que se recorda de tudo. - Acariciou o rosto dela. — Eu queria muito que se lembrasse de nós, querida. - Afastou uma mecha de cabelo que cobria o rosto da mesma.

Mentira. O lorde sabia que se ela se lembrasse de tudo, sua relação com ela poderia ser jogada no lixo outra vez. Afinal, a pequena, gentil e inocente Maitê Anwetis cresceu e amadureceu. Suas pétalas desabrocharam.

Portanto, as coisas dariam mais certo entre eles se as memórias dela não voltassem. Tom pensou que poderia substituir aquelas memórias por novas, deste jeito, sua Maitê não sofreria lembrando-se de seu passado, muito menos de seus pactos e corações partidos.

— Nós voltaremos a ser um casal? - Indagou ele, com um falso sorriso tímido nos lábios. — Eu posso voltar a me dirigir a você como minha Maitê? - Observou o sorriso doce dela se abrir.

A mesma apenas se aproximou dele, fechando seus olhos de forma lenta enquanto seus lábios se aproximavam de forma duvidosa.

Por sua vez, Tom pode sentir o toque dos lábios macios e doces de Anweris. Algo que ele almejava havia tempo.

O beijo foi rápido, e durou pouco mais que alguns segundos, nada que sugerisse algo a mais. Apenas um beijo de reconciliação.

— Eu acho que sim... - Murmurou ela, aí se afastar dos lábios dele, abrindo um lindo sorriso.

Tom acariciou o rosto dela. Seus olhos fitavam os dela com certo brilho. A única vez em que ele foi feliz, fora com ela, embora a mesma não tivesse sido feliz naquela época.

— Minha Maitê... - Segurou-a no colo. — Almejei tanto por este momento... - Murmurou observando-a sorrir de forma apaixonada. — Eu quero me casar com você. - Abraçou o corpo dela com toda a força que tinha.

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Sinto que ainda vamos passar muita raiva por aqui...

Mas não esqueçam que todo ciclo tem seu fim 👀