O Calor do amor

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Amar não deveria doer. Amar não deveria machucar, drogar ou destruir. Amar deve ser apreciado, confortável e delicioso.

Maitê nota que conforme os dias passam, ela se torna cada vez mais viciada em seu namorado. Seus últimos pensamentos se resumem a ele.

Contudo, quando está em sua presença, ela se sente muito sufocada. Ele a sufoca, a pressiona para que o relacionamento avance mais rápido.

— Por que você não fica comigo está noite? - Questiona ele, abraçando o corpo dela.

— Seus lençóis já estão cansados de mim... - Ela sorri. — Tenho coisas a fazer amanhã de manhã. - Ele desce suas mãos pela cintura da moça.

— Estou viciado em você... - Sussurra sobre o ouvido dela, aproximando seus corpos mais um pouco.

Eles fazem contato visual por alguns segundos. Seus rostos estão muito próximos. Maitê sente que sua boca secava há cada segundo.

As mãos dele sobre sua nuca transpareciam a dominância que ele tinha sobre ela.

— Não... - Murmurou de forma lenta, permanecendo no contato visual. — Só está carente. - Eles gargalharam, desviando o olhar.

As mãos dele procuraram as delas, segurando-as de forma apaixonada, enquanto buscava outro contato visual com Anweris.

Embora Maitê tentasse demonstrar o que sente por ele, alguma coisa parecia tentar evitar qualquer tipo de demonstração amorosa por parte dela, o que fazia Tom um completo infeliz.

Somente ele era capaz de saber a raiva que sentia por aqueles momentos não darem certo. Tudo estava indo bem, mas sempre que ficavam sozinhos, eles desandavam, era como se não encaixassem.

— Nos veremos amanhã? - Questiona ela, finalmente quebrando o silêncio do momento.

— Maitê... - Ele suspira. — Você se esqueceu da festa? - Indaga afastando-se dela.

Não havia festa, mas Tom sempre arranjava alguma desculpa para poder passar tempo com Anweris. Ele utilizava da falta de atenção dela.

— Festa? - Questiona com um semblante confuso. — Desculpe, mas eu realmente não lembro. - Abaixa sua cabeça de forma calma.

— Malfoy. - Disse indicando o anfitrião. — Abraxas nos convidou para o aniversário de sua filha. - Eles se encararam outra vez.

— Ah... - Ela parecia desconfortável por não lembrar. — Desculpe... - Aproximou-se dele. — Eu não consigo lembrar de muitas coisas... Ultimamente. - Ela pareceu pensativa.

— Algo errado? - Ele questionou com um semblante preocupado. — Você não quer visitar algum bruxo especializado na área da saúde? - Pergunta conforme coloca uma mecha de cabelo dela atrás da orelha da moça.

— Ah, Tom... - Agarrou o corpo dele. — Não seja um namorado preocupado, sim? - Eles gargalharam. — Talvez agora seja o momento em que eu entre em casa. - Ele suspirou balançando a cabeça negativamente com um pequeno sorriso.

O homem a agarrou, enquanto ambos os dois gargalhavam e rodavam pelo pátio da casa de Anweris. Tom pode se recordar das vezes que fazia tudo isso com Maitê.

Oh céus como ele sentia falta de sua pequena garota. Como ele a desejava tão intensamente, como jamais a desejou.

— Sabe... - Ela desviou o olhar. — Talvez você possa ficar em minha casa está noite. - Ele se surpreendeu com o convite.

Embora tanto quisesse sua mulher, ele odiava aquela casa. Todas as suas últimas memórias mais terríveis com Maitê estavam lá, foram feitas ali, naquela casa.

Diferentemente de hogwarts. Por outro lado, ele presenciou a fase da loucura dela, por lá. O relacionamento também se deu fim naquele castelo por muitas vezes. As brigas mais violentas aconteceram por lá, mas nada poderia doer mais do que o coração despedaçado de Maitê.

Só ela realmente sabe o que sentiu naqueles momentos. Apenas Anweris seria capaz de dar um fim a isso, mas aparentemente, onde está Anweris?

— Eu gosto da sua ideia. - Ele sorriu, segurando as duas mãos dela. — Mas você não tinha que acordar cedo? - Questiona duvidoso.

— Tenho. - Ela sorriu. — Mas eu durmo melhor quando estou abraçando você. - Ele sorriu, beijando-a de forma rápida.

— Eu adoraria, mas eu não posso incomoda-lá. - Ela desfez o sorriso.

— Ah... - Murmurou tendeu seu rosto segurado por ele. — Então nos vemos amanhã, sim? - Ele a beijou outra vez, antes de responder a pergunta dela.

— Sim, claro... - Fez contato visual por alguns segundos. — Amanhã a noite, as 19h, certo? - Ele indaga ainda segurando o rosto dela.

Maitê balança a cabeça positivamente, permanecendo no contato visual com Riddle, que não piscava uma só vez.

Por fim, ele a beijou outra vez. O beijo foi doce e duradouro, algum tipo de despedida dele. Maitê adorava a forma como ele fazia o relacionamento.

O que é o Amor? - Tom RiddleWhere stories live. Discover now