Como nós

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Os dias se passavam rapidamente, há cada dia que se passava, Maitê afogava suas dúvidas sobre Tom. Ele havia se tornado tão gentil com ela, que ela podia sentir seu coração tremer de ansiedade. Além disso, desde seu último sonho, já haviam se passado alguns meses.

O relacionamento deles era uma oscilação entre o mistério e o amor. Era como se eles precisassem disso, precisassem de uma certa distância para que as coisas funcionassem e eles pudessem conviver como grandes apaixonados.

As pessoas sabiam sobre o grande amor do lorde, por mais que ele utilizasse de todas as suas forças para abafar este romance, os tabloides tem mais força.

— Tom! - Exclama Maitê, observando o jornal do profeta diário durante o café da manhã. — Veja... - Seus olhos brilhavam ao contemplar aquela foto. — Somos nós. - Ela volta seus olhos para ele, analisando o olhar quieto e misterioso do homem.

Riddle sempre estava atento a qualquer coisa que sua namorada fizesse. Ele sabia que mais um sonho e ela poderia dar fim a tudo outra vez, embora ele jamais permitiria tal situação.

Seus olhos sempre analisavam qualquer expressão ou reação de Anweris. Desde o gesto mais simples até o mais complicado, ele não queria ser pego de surpresa outra vez. O lorde sabia que Maitê não era a mesma garota boba e inocente de antes, ela se tornou mais forte e mais esperta, não será tão fácil engana-la, o homem acredita que ela vem encenando uma personagem boba e apaixonada por ele.

— Está foto é um pouco antiga, sim? - Ela questiona, voltando o jornal na direção dele, que segurou o papel com julgamento.

— A leitura por hoje já alcançou seu limite, querida. - Ele diz sério, analisando sua própria imagem na foto. — Ou talvez você pudesse parar de ler os jornais... Eles transmitem tanta informação negativa que isso acaba com o dia de qualquer pessoa. - Suas palavras soavam tão naturais que não pareciam uma ordem. — Você não acha? - Seus olhos se voltam aos dela, um tanto quanto alegres.

— Você tem razão. - Ela recupera o jornal. — Mas ainda preciso saber o que está acontecendo no mundo, não é? - Sorri, bebendo um gole de sua xícara de café. — Desinformação não é muito atraente... - Murmura baixo, voltando a ler o jornal.

Tom sabia que não podia deixar óbvio o controle que queria ter sobre ela, mas ele com certeza se sentia muito irritado quando ela não ascendia a uma de suas ordens disfarçadas com manipulação, ele era mestre nisso.

Embora parecesse ingênua, Maitê já havia deixado essa sua versão para trás há muito tempo. Ela entendia o controle que ele queria ter sobre ela e respondia a ele com muita educação, disfarçando seu desgosto com aquilo.

Não é como se ela fosse uma porta, afinal Anweris é inteligente demais para perceber quando tentam controlá-la, ela já sofreu muito com isso.

Sozinha em sua casa, descansando após um longo dia, ela apenas permitia que seu corpo se afundasse em sua deliciosa banheira. Ao seu lado, uma garrafa de vinho, está será sua companhia esta noite.

Ela analisa a extensão de suas pernas enquanto ingere um gole de sua taça de vinho, pensativa sobre Tom. Ela havia percebido que esta era a primeira vez após cinco dias em que ela dormia em casa.

Ela sentia falta dele.

Mas também estava aliviada por estar em casa, afinal aquele ambiente era o seu lugar favorito no mundo. Tom, embora não fosse o homem mais carinhoso que existia, muito pelo contrário, ainda assim podia esgota-la, pois é como se ela tivesse que se esforçar para conseguir ficar ao lado dele, era tudo um tanto quanto forçado. Só desta vez ela poderia estar em paz.

O telefone toca.

— Sim? - Pronuncia ela, após atender ao telefone alguns segundos mais tarde. — Quem fala? - Questiona um tanto quanto curiosa.

— É tudo tão diferente quando você não está aqui... - Murmura uma voz já muito conhecida por ela.

O lorde podia fazer com que ela se sentisse extasiada, mas também com que ela sentisse ódio e tédio ao mesmo tempo, e neste caso, ela se derreteu sob a água da banheira.

— Queria que você estivesse aqui. - Diz ele, com uma voz rouca, como se estivesse tentando dormir por algumas horas.

— Tom... - Ela murmura o nome dele. — Você parece um pouco embriagado. - Ela sorri, ingerindo outro gole de vinho.

— Eu bebi um pouco mais cedo... - Ele suspira. — O que está fazendo? - Questiona com naturalidade.

Ainda longe, Tom sentia a necessidade de controlá-la, é como se Anweris pudesse morrer a qualquer momento.

— Descansando... Relaxando na banheira. - Ela escuta uma pequena risada dele. — Além disso, tenho um pouco de vinho também. - Há silêncio. — Bem... - Ela murmura após não obter resposta. — Por que me ligou? - Indaga se concentrando na próxima resposta dele.

— Maitê... - Ele sussurra o nome dela. — Eu preciso escutar sua voz... - Era quase como se ele implorasse.  — É difícil dormir quando você não está aqui. - Uma confissão sincera.

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Suspeito ou fofo?

Os dois?

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⏰ Last updated: Mar 23 ⏰

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O que é o Amor? - Tom RiddleWhere stories live. Discover now