Loucuras

483 48 32
                                    

-- Por Salazar M... - Medaline entregou uma xícara de chá quente após cobri-la com uma toalha permitindo que a morena se sente sobre um dos estofados. -- Por que você está aqui? Sabe, está é com certeza uma das chuvas mais intensas do ano. - Bebeu um gole do líquido. 

-- Medaline... tem algo me sufocando... É como uma mão sobre o meu pescoço, apertando-o sem parar, e eu sei o que esta causando isso... - Ela suspira bebendo da xícara. -- Desde que voltei com Tom, tenho notado o nosso distanciamento. - Explica observando a amiga suspirar, voltando seus olhos para o chão. -- Por favor, vamos acabar com isso... Somos amigas desde que nos conhecemos por gente... e eu quero prolongar isso ate o dia que nos encontrarmos no paraíso. - Ela segura afetivamente a mão da amiga. 

-- Eu também, Maitê... Não entendo como aquela cobra venenosa pode nos repudiar sendo quem é. - A morena fita a melhor amiga reprovando o comentário sobre seu namorado. -- Bem, se você entendeu de quem estou falando, é porque a carapuça serviu. - Ela sorri bebendo mais um gole de seu chá. -- Eu sei o quanto queria voltar para ele, e odeio ter apoiado isso para não me casar com outra alma perdida... Por favor, me perdoe, sabe... é minha vida. - Explica observando a outra assentir sorridente. 

-- Eu entendo, Medaline. Também sei o quanto não quer se casar... O ditado: " Os opostos se atraem"  nunca fez tanto sentido em nossa relação. - Elas gargalham. -- Não há o que perdoar... Apesar de ainda estar um pouco zangada com Tom, nao consigo repudia-lo... Eu o amo tanto... é como uma droga para seu viciado... - Bebe um gole de seu chá. 

-- Aquele sonserino insuportável... eu o odeio pelo que faz com você... - Segurou o rosto dela com carinho. -- O karma ainda chegará. Riddle vai receber tudo o que plantou em dobro. Deveria ser crime magoar um coração como o seu. - Elas se abraçaram afetivamente. 

-- Você vira hoje a noite, nao? - Questionou observando-a com desespero. -- Riddle não vai me acompanhar, eu pedi que ele ficasse longe por uma noite. - Sunray revirou os olhos. 

-- Eu não acho possivel... Você é o brinquedinho dele e ele vai brincar com este brinquedo quando bem entender. Aquela naja disfarçada... - Suas palavras emanavam ódio. -- Ele poderia ter morrido junto com a mãe, nao faria falta. - Suspirou fitando-a repudia-la. 

-- Medaline, nao diga isso... - Cruzou suas sobrancelhas fitando-a estranhamente. -- Você vai ao baile? - Indagou observando-a assentir fracamente. -- Bem... então vou encontra-la la. - Sorriu. -- Por favor, limite seus comentários sobre Riddle... - Pediu observando-a revirar os olhos. 

Após mais alguns minutos e biscoitos de conversa, Maitê se despediu da amiga, entregando seu corpo novamente para a chuva, enquanto Medaline gargalhava observando-a rodopiar na chuva até o enorme portão que rodeia sua mansão, sendo acompanhada pela mesma. Aquilo parecia divertido. Então por fim, elas acenaram uma para a outra, enquanto Anweris se distanciou do campo de visão de Sunray. 

Com alguns minutos caminhando sob as gotas de chuva que encharcavam ainda mais seu corpo, ela encontrou sua casa novamente, adentrando seu enorme e vasto portão, que tem como função principal proteger a casa. Consequentemente, ela adentrou o campo de visão de Riddle, que esperava-a solitariamente, sentado sob a cobertura da varanda, que lia seu livro tranquilamente, nao esperando sua namorada aparecer encharcada.

-- Por raios, Maite! - Ele fechou seu livro, observando-a fita-lo um tanto decepcionada, ao se levantar e caminhar até o limite que protegia seu corpo de ser encharcado.  -- Aonde você estava e por que está sob a chuva doente? - Conjura uma toalha, presenciando-a adentrar a varanda do Jardim. 

-- Tom... - Suspirou abraçando o corpo dela com a toalha. -- Eu fui passear... - Ele segura o rosto dela, verificando sua temperatura. 

-- Vamos, precisa de um banho... Depois vou verificar se tomou a poção que sua mãe preparou. - Conduziu o corpo dela para dentro, esbarrando com a senhora Anweris. 

-- Maitê! - Exclama segurando o rosto encharcado quase totalmente coberto pela toalha, sentindo-a tremer de frio. -- Você estava na chuva?! - Questiona pasma com a filha. 

-- Senhora Anweris, vou acompanha-la até o banheiro para que ela tome um banho e se esquente... - Tom segurava o corpo dela. 

-- Filha... - Suspirou o senhor Anweris. -- Meu doce, o que estava fazendo na chuva? - Questiona aproximando-se. 

-- Eu simplesmente precisei resolver alguns assuntos. - Ela se afasta de todos, deixando a toalha colidir com o chão enquanto sobe as escadas. 

Ao adentrar seu quarto, ela caminhou até o banheiro, trancando-o após adentra-lo. Consequentemente retira as roupas que cobriam de sua cintura para cima, fitando seu reflexo no espelho, sentindo as lágrimas implorarem para serem libertas. Então batidas sutis a porta são audíveis. 

-- Minha garota, sou eu... - A voz suave e delicada de Riddle adentra seus ouvidos. -- Por que trancou a porta? Você consegue abrir para mim? - Questionou delicadamente, observando-a a porta abrir. 

Ele fita sua namorada sem a metade de suas roupas, fazendo de suas proprias lagrimas prisioneiras, então caminha até ela, abraçando o corpo gelado e encharcado da sonserina, pegando-a no colo enquanto acaricia seu rosto suavemente. 

-- O que está acontecendo? - Ele fita ela finalmente liberar suas lágrimas. -- Aonde você estava e por que esta chorando? - Indaga fechando a porta do banheiro. 

-- Tom... - Ofegou o nome dele, tendo dificuldade em respirar e observando-o descansa-la sobre o vaso sanitário enquanto se agacha rente a ela. 

Riddle contemplou Maitê gesticular com as mãos enquanto buscava ar exageradamente, chegando a soluçar ao mesmo tempo que seu corpo tremia, mas não era de frio, e por fim contemplando lagrimas deixarem seus olhos sem parar. Ele acariciou sutilmente o rosto dela, tentando acalma-la. 

-- Ei... Ei.  - Segurou o rosto dela. -- Respire comigo. Inspira... - Puxou o ar, o que foi repetido por ela. -- Segure... - Prendeu sua respiração, novamente sendo copiado pela morena. -- Suspire... - Ele soltou o ar, repetindo todo o processo quatro vezes, até notar que havia funcionado. -- Agora me responda. - Ele soou calmo e gentil. -- Por que você está chorando? - Suas mãos levantaram o corpo ainda trêmulo dela, retirando sua saia. 

-- Hm... Eu... É que eu me sinto precionada... - Suspirou na busca por mais ar. -- Por que todos estão querendo controlar cada passo meu? - Ele limpou uma lágrima dela, abrindo o sutiã de Anweris, antes de coloca-la sob a água quente.

-- Meu bem, pense conosco... Você sai de casa sem revelar seu destino, depois volta totalmente encharcada... O que quer que pensemos? Nós só nos preocupamos com você. - Segura o rosto dela, fitando-a diretamente nos olhos. -- Como se não pudesse piorar, você permanece ardendo em febre. - Ela sente sua cabeça pulsar de dor, enquanto ele passa shampoo em seu cabelo, massageando-o.

-- Me desculpe. - Ela tem seu rosto segurado por Riddle carinhosamente. -- Você saiu... Eu só não tinha nada para fazer, então... - Tentou explicar recebendo um doce beijo dele. 

-- Meu bem, não há porque se desculpar. Agora feche bem os olhos para que o shampoo nao perturbe seus olhos. - Ultimou esperando-a fechar os olhos, logo após introduzindo a cabeça dela sob a água quente do chuveiro.

______

O que vocês acharam? 

Eu estou pensando em algumas coisas para os próximos capítulos... 

Espero que tenham gostado, não esqueçam de votar❤

O que é o Amor? - Tom RiddleWhere stories live. Discover now