Novas amizades

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Sugestão de musica: Rosyln - Bon Iver. St. Vincent (ouçam principalmente no fim da leitura) 

-- Maitê... Você precisa levantar. - Implica sua amiga com o estado depressivo de sua irmã de consideração. 

Por uma ironia do destino, Riddle havia sido pego segurando mais do que afetivamente a mão de outra sonserina. Para a infelicidade dele, aquele simples toque virou o assunto  do momento, o que chegou aos ouvidos de sua frágil namorada. 

-- Me deixe aqui... Eu não posso sair. - Resmungava depositando lágrimas sobre seu travesseiro. -- Medaline, deve ser mentira. Tom disse que me ama! - Segura a mão da amiga sutilmente. 

Haviam completado quase dois meses desde que o ano letivo havia se iniciado. E desde então, o relacionamento de Tom e Maitê só vem piorando. 

-- Por Salazar, Anweris! Você precisa acordar! Riddle não gosta de você. Ele só está usando-a para benefício próprio. - Explicou soltando a mão dela. 

-- Diz isso porque não conseguiu um pretendente tão bonito! - Volta-se irritada para a amiga. -- Nós já conversamos sobre casamento. - Suavizou sua fala. 

-- Quanto mais tempo ele mante-la sobre as próprias manipulações, melhor para ele. Você não entende que ele dirá o que for preciso para continuar? - Questiona histérica. 

-- Madeline, por favor, me escute. Nos amamos e nos casaremos quando hogwarts terminar. - Segurou gentilmente as mãos da amiga. 

-- Maitê, eu adoro-a, mas isso já está passando dos limites. Vá procurar outro alguem que possa ama-la de verdade! - Largou as mãos dela com violência. 

A mesma caminhou por todo o Castelo em busca de Riddle. Então, encontrou-o sentado em baixo de uma árvore, lendo. 

A loura empunhou sua varinha, lançando o livro dele a pelo menos um metro e meio de distância. Ele voltou seus olhos confuso para ela, que se aproximou. 

-- Se afaste de Maitê. - O sonserino se levantou. 

-- Não farei isso. - Respondeu friamente, caminhando ate o seu livro. 

-- Você não faz bem a ela. Eu vejo o que está fazendo. Seu mestiço imundo, quem você acha que é para fazer isso com ela?! - Ele volta seus olhos para ela emanando ódio. 

-- Menos cinco pontos para a Senhorita Sunray. - Respondeu friamente, pegando seu livro e caminhando para longe, sendo seguido por ela. 

-- Termine. Termine tudo com Maitê. Você não é bom para ela. - Pronunciou sendo totalmente ignorada por Riddle. -- Vire para mim. - Puxou o braço dele. -- Você... deve se afastar de Maitê Anweris imediatamente, ou contarei a família dela o que está fazendo. - Ultimou autoritariamente. 

Em um instante de segundos, todos estavam observando-os. Algum tipo de briga poderia sair dali a qualquer momento.

-- Você pode tentar... - Voltou a caminhar, desfocando a atenção dos estudantes. 

Apesar de tudo, Riddle não se sente tão mal quanto deveria. Algo do tipo pode afetar seus pensamentos. 

Ele sabe que o que está fazendo pode se tornar fatal para Maitê, mas não vai parar. Contudo, ele gosta dela, sente-se confortável ao lado dela. Sentimentos estão se desenvolvendo, e é isso que o choca. 

Após passar metade de seu dia chorando no quarto, Maitê resolve sair de la. Afinal, ela precisa comer, sem contar que faltou as aulas. Por isso, está indo a biblioteca repor o conteúdo. 

A mesma permanece um tanto vazia. Até escutar cochichos no fim das prateleiras. 

E isso despertou algo nela. Curiosidade. Devido aos comentarios, seu coração acelerou. Uma parte dela sabia o que estava acontecendo. Uma parte tem total consciência de que ele está matando-a aos poucos, com todas essas manipulações e melancolias. 

Contudo, a outra parte nao consegue acreditar. Seu coração, corpo e mente clamam por Riddle. Anweris precisa dele para conseguir viver. 

Então, ela caminhou lentamente entre as prateleiras na direção do som. Para que ela não fosse vista, escorou-se em uma delas e direcionou seus olhos lentamente ate o barulho, assustando-se após sentir mãos segurarem sua cintura. 

-- Não olhe para lá... - Seus olhos se encontraram com os de Riddle. 

-- Tom... - Suspirou aliviada. -- Eu achei que... - Foi interrompida por ele. 

-- Seus olhos estão inchados novamente. - Acariciou o rosto dela. -- Estava chorando de novo? - Indaga a morena. 

-- Vamos sair daqui. - Segura a mão dele enquanto caminha até o outro lado da biblioteca. 

-- Esta chateada? - Questiona sentando-se. -- Acredita nos boatos, sim? - Pergunta segurando uma das mãos dela. 

-- Talvez... - Suspira voltando seus olhos para outra direção. 

-- Mas você é a minha garota. - Tomou totalmente a atenção dela. -- Só seu posso segurar sua mão. Só eu posso beija-la. Só eu posso ama-la deste jeito. Você sabe disso, não é? - Questiona calmamente. 

-- Sei... - Suspirou fitando o chão. 

-- E essa regra se aplica a mim também. Eu sou o seu garoto, minha perfeição. - Ela sorriu voltando seus olhos para o chão. -- Por isso, não importa o que digam, você sabe que sou seu, e eu sei que você é minha. - Abraçou-a afetivamente, sentindo lágrimas molharem sua blusa. 

-- Não faça isso comigo... - Suspirou liberando seus sentimentos. -- Não me deixe... Por favor. Isso dói muito... - Pede calmamente, liberando mais lágrimas. 

-- Não chore... - Acaricia as costas dela. 

-- Não consigo parar, Tom... - Ele pega-a no colo, sem afastar o abraço. 

Aquelas lágrimas, aquela voz e até mesmo o quanto ela emagreceu não aparecendo para comer o preocupavam. Riddle sabe que está matando-a aos poucos, mas parece não se importar tanto com isso.

-- Não me solte... - Pediu abraçando-o com mais força, sentindo-o fraquejar, até solta-la totalmente. -- Não me solte... - Pediu novamente. 

-- Maitê... Eu preciso ir agora, está bem? O professor Horácio me pediu ajuda para limpar a sala. Eu só quero garantir um ponto a mais. Certo? - Observa o rosto melancólico dela balançar a cabeça positivamente. 

Riddle se afasta sem voltar seus olhos para ela por uma unica vez, deixando-a sozinha na solidão. 

Aquilo foi apenas um aviso indireto do que está por vir. Mas ainda é cedo para terminar com tudo. O sonserino deve " tortura-la " até o fim do ano para finalmente, dar fim a aquela tortura.

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Eu tenho dó... 

Deu muita vontade de chorar escrevendo isso. Já imaginaram se fosse com vocês? 

Maitê é tão bobinha por ele, e ele é tão ruim para ela. Que ódio...

O que é o Amor? - Tom RiddleWhere stories live. Discover now