16. I'll be a storm

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Isso não é um teste, repito, isso não é um teste! Após quase um mês sem atualização, estou de volta com HoF. Como eu pensei, a faculdade está acabando comigo e eu tô praticamente sem tempo para escrever :( Mas consegui terminar esse capítulo e-nor-me que finalmente vai trazer algumas respostas de um certo mistério da história. E como já venho dizendo,  segurem firme porque agora a história começa a tomar seus altos e baixos (mais baixos que altos, mas vocês vão chegar lá hahahha). Por favor, não esqueçam de me falar se estão gostando da história/se gostaram do capítulo (e sobre todas as revelações desse capítulo!!!!) Isso é muito importante para mim <3
Espero não demorar tanto na próxima atualização e boa leitura!

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A primeira coisa que Benjamin Elliot Marlowe notou no meio do seu alongamento matinal no Central Park foram os dois fotógrafos a poucos passos de onde ele estava.

Não conseguia manter o olhar em nenhum outro lugar desde que percebera isso, se perguntando se um deles realmente achava que estava escondido atrás de uma árvore que deixava sua enorme câmera a mostra. O outro, ao menos, não parecia se esconder, sentado em um banco com o flash apontado diretamente para onde o Marlowe mais novo se exercitava.

— Quer ir para outro lado do parque? — Theo perguntou, acompanhando o movimento de alongamento para perna que o amigo fazia, vendo-o negar em silêncio. — Tudo bem se você não quiser eles em sua cola.

— Eles vão nos seguir de qualquer jeito — Ben deu de ombros, olhando novamente para os dois. — E eles não vão conseguir nada de interessante aqui.

Continuou a se alongar, sentindo o amigo segurar o olhar nele.

Deveria estar acostumado com a exposição já que convivia com aquilo desde que era pequeno, sempre encontrando alguém se esgueirando nos arbustos para capturar um momento em família quando os quatro iam ao parque ou na porta da mansão Marlowe, mas ainda não conseguia achar usual.

— Isso é por causa da Sky? — Theo questionou, vendo o homem juntar as sobrancelhas e negar com a cabeça.

— Talvez, mas não acho que seja — respondeu, passando a mão pelos cabelos, ficando de costas aos fotógrafos. — O memorial da minha mãe é em duas semanas e eles sabem que eu estou a frente da organização novamente. Essa época do ano é um inferno, eles continuam cavando para saber se conseguem encontrar algo que ficou de fora da manchete dos jornais.

Ben não soou magoado, mas Theo e qualquer um que o conhecesse bem saberia que aquele nem de longe era um assunto que o agradava. Se pudesse ignorar durante todos os outros meses do ano que sua mãe não estava mais ali, Benjamin fazia isso, mas não deixava de dar a vida na preparação da Gala anual que fazia em sua homenagem.

— E você acha que tem alguma chance deles chegarem em algum lugar algum dia?

A pergunta pareceu ter pego Benjamin de surpresa, fazendo-o desviar o olhar do amigo para os fotógrafos distantes, deixando que os braços caíssem ao lado do seu corpo. Sentiu uma gota de suor escorrer pelo seu rosto graças a caminhada de 8km que tinha acabado de terminar, mas não se preocupou em limpar.

Em um segundo, foi como se ele estivesse novamente naquela cena.

Conseguia ouvir a sirene das ambulâncias, o último grito, os braços de pessoas desconhecidas o amparando enquanto ele urrava por alguém com um rosto conhecido e a dor que continuava a persegui-lo desde quando ele apenas conhecia o ardor de uma queda de bicicleta no paralelepípedo.

Depois, a negação junto com o luto que se estendeu por toda a fase que ele pôde afrontar seu pai. Com palavras, gestos, atitudes que envolviam sumir por quase uma semana inteira e amizades que nunca seriam aprovadas por James.

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