Hall of Fame ✅

27. With The Lights Out

E depois de muito tempo, estou aqui com o último capítulo oficial de Hall of Fame. Quero agradecer a todo mundo que acompanhou a história até aqui, por todos os comentários, votos, visualizações e carinho que eu recebi com minha primeira história original publicada aqui no Wattpad. Eu não teria chegado tão longe sem vocês, leitoras maravilhosas <3
Eu ainda pretendo postar um epílogo curtinho para fechar de vez com o ciclo de HoF, mas por enquanto peço que aproveitem o final de Benky.
Com muito amor,
Luiza.

— Sinto muito se eu não pude te dar um natal de verdade em Manchester.

Sky passava uma das mãos pelos seus cabelos loiros quando a voz de Benjamin chegou aos seus ouvidos, fazendo-a sorrir discretamente antes de virar para vê-lo sentado na cama do maior hotel da rede Marlowe em Nova Iorque, andares acima do bar que tinham se conhecido quase um ano antes.

Se ela parasse para pensar na imensidade de coisas que tinham vivido em tão pouco tempo, terminaria com um pequeno sorriso no rosto. Não passara por metade das coisas que tinha passado com Ben nos quatros anos com Tom, nem com outros. Nunca tinha sido tão sincera com ela mesma, e com outra pessoa, em outros meses de sua vida.

Tinha perdido o medo de mostrar quem ela realmente era para manter alguém em sua vida. Dividindo seus maiores medos, seus desejos mais secretos e o que a trazia inquietação pela noite.

E mesmo depois que as luzes estavam apagadas, a maquiagem não estava mais em seu rosto e seu cabelo estava em um bad hair day, Ben a abraçava e a garantia que ela era muito mais que a garota das capas de revistas.

— Você está me dando um natal de verdade, não importa muito se é na cidade ou em Manchester — Sky respondeu, passando as mãos pelos cabelos úmidos de Ben antes dele sorrir com seu carinho. — Você quer saber de algo? — continuou, vendo-o assentir. — Eu costumava odiar o natal. Meu pai sempre acabava trabalhando até tarde e nunca estava presente, enquanto minha mãe sempre precisava estar em outro lugar. Para mim, o dia 24 por muito tempo só significava um dia que me encheriam de presentes para ocupar o espaço que deveria ser deles.

Ben escutou tudo em silêncio, observando o momento que os olhos escuros de Sky brilharam, acompanhados de um sorriso que escapou pelo canto dos seus lábios.

— Você pode achar que isso não é um natal de verdade, mas pra mim é — confessou, assentindo. — Eu estou com você e nós podemos comemorar do nosso jeito, mesmo que essa não seja a noite ideal para isso.

Ele assentiu, fazendo um carinho na cintura dela com a ponta dos seus dedos.

— Você não fala muito da sua família — não era uma pergunta, mas Sky assentiu em concordância. — Nunca imaginei que pudesse ser uma relação delicada.

— Nós temos nossos dias — falou com um pequeno sorriso no rosto, dando de ombros. — Como você se sente hoje?

O homem suspirou pesadamente, baixando o olhar para a gravata que apertava seu pescoço, sabendo que não era aquilo que estava criando um nó em sua garganta.

Era aquela noite. E tudo o que aconteceria nela.

— Eu odeio revirar feridas passadas — confessou para Sky, levantando seus olhos azuis em direção aos escuros dela. — Muito tempo atrás eu prometi a mim mesmo que eu só ia revirar o dia do acidente no memorial anual da minha mãe. E a minha ficha ainda não caiu que vamos ter que falar tudo sobre isso na frente das câmeras hoje.

A decisão tinha vindo de Ben.

Não de James, apesar dessa ser uma opção que considerava desde que Sky falou a ele que outra pessoa tinha acesso aos documentos do que verdadeiramente tinha acontecido na noite de sua posse. Mas ele não mencionou até o momento que Ben entrou em seu escritório de mãos dadas com Skylar e uma decisão tomada: precisavam ser mais rápidos que Damien Portman.