19. Heal

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Esse é um dos capítulos mais importantes para o desenvolvimento da história e eu espero muito que vocês gostem <3 Agora eu estou de férias e espero muito terminar HoF nas próximas semanas, mas posso dizer a vocês que ainda teremos uns sete capítulos pela frente. Espero que vocês estejam gostando e quero dizer que amo ver todos os comentários de vocês deixam por aqui e pelas outras redes sociais. Isso me deixa muito feliz, de verdade.
Obrigada por acompanharem e darem uma chance para HoF. Vocês são demais <3
Até a próxima (espero não demorar tanto!!!).
Podem falar comigo sobre a história/sobre qualquer coisa por aqui, pelo ask (lulissx) ou pelo twitter (lulissx). 

 

A chuva fina e as nuvens escuras que assombravam Nova Iorque nas semanas finais de novembro parecia tornar tudo mais real.

A dor, a solidão, o fim.

Benjamin Elliot Marlowe não era uma pessoa de metáforas, mas aceitaria a comparação do céu nublado com o seu próprio humor, assim que passou pela entrada do seu prédio, retirando o sobretudo cinza que acumulava gotas d'água.

Riu de si mesmo assim que deu de cara com o espelho do elevador, passando as mãos pelos cabelos para colocar os fios molhados no lugar, deixando que o sorriso sumisse do seu rosto assim que seus batimentos cardíacos iam se normalizando.

Soltou uma lufada de ar, fechando os olhos apertados e encostando as suas costas no parede de metal, desejando que sua mente se tornasse tão silenciosa quando o som do ambiente daquele cubículo.

Nem teria se lembrado de apertar o botão do seu andar se a porta de metal não tivesse feito um barulho alto quando se fechou, o lembrando que ele ficaria ali por muito tempo se não o fizesse.

Não sabia quantas pessoas ao total havia na calçada do seu prédio, quase uma semana depois da última vez que ele tinha pisado lá, mas chutava que ficava entre oito e dez. Estava na casa de Theo desde que tinha voltado para a cidade e, apesar dele insistir que ficasse mais tempo, sabia que um momento teria que encarar os fotógrafos. De primeira, não foi tão ruim como ele achava. Já estava quase começando a se acostumar com os paparazzi's que o seguiam até a sede da E!vents, mas bastou enfrentar uma multidão deles para que lembrasse porque odiava tudo aquilo.

Era difícil acreditar que tinha que passar por uma dúzia de pessoas o fazendo perguntas indelicadas enquanto ele só tentava chegar em casa e acabar o dia que parecia durar o dobro do tempo.

Não, ele não sabia onde estava Skylar. Não, eles teoricamente não estavam mais juntos. Não, o casamento dos dois não estava marcado para a próxima estação.

Mas ao invés de respondê-los, Ben optou por passar por todos de cabeça baixa, concentrando-se em sua respiração e em não acabar com a cara no chão depois de um grande tropeço nos próprios pés, sentido sua frequência cardíaca acelerar a cada passo que se distanciava da multidão.

Dos fotógrafos e dos jornalistas, ele ainda podia fugir. Podia encontrar o refúgio no seu apartamento, longe de todos os olhares e todos os boatos que o rodeavam, inacessível até pelo seu celular esquecido em uma das gavetas do armário da sala.

Era mais fácil, ele achava. Melhor que parar, escutá-los e respondê-los, de uma vez por todas, que não havia mais nada ali para eles fuçarem.

Não havia mais Benjamin Marlowe e Skylar Howard.

Não havia mais Sky ali. Sua Sky.

O anúncio de que o elevador tinha chegado ao seu andar fez o homem levantar a cabeça, se livrando do terno e da gravata apertada assim que colocou os dois pés na sala, rezando para que isso acabasse também com a sensação de sufocamento que tinha em sua garganta. Encaminhou-se até as garrafas de bebida que enfeitavam uma parede do cômodo, enchendo o copo até a boca de Whisky, na esperança de que aquilo fosse levar sua dor de cabeça embora.

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