III - Tudo começa com Claire e Jamie

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Três semanas após o teste de química, começaram as gravações da série. Pra mim, uma honra ter sido escolhida e logo entrei em uma correria para arrumar tudo e me mudar para a Escócia.

Nesse curto espaço de tempo, foquei em estudar muito: os livros de Diana, os roteiros e todo e qualquer material que pudesse ajudar a construir Claire, àquela mulher tão maravilhosa que eu daria vida nas telas.

Logo depois do resultado final, Sam entrou em contato comigo. Ele achou que seria muito bom, para nosso trabalho, começarmos a desenvolver um contato pessoal. E ele estava certo.

Outlander é uma série linda e que conta principalmente a história do relacionamento entre Claire e Jamie. Há muitas cenas fortes entre os dois, de diálogo, de cumplicidade e também de sexo. Quanto antes a gente criasse essa relação de confiança e intimidade, melhor sairíamos em cena.

As primeiras cenas íntimas que gravei foram com Tobias, ator que interpretou Frank na série. E posso dizer que as coisas eram bem diferentes entre gravar com Tobias e gravar com Sam.

Tobias é um profissional maravilhoso, gabaritado, me deixou muito à vontade em nossas cenas íntimas, mas foram necessários alguns exercícios para facilitar a gravação. Escrevíamos cartas de amor como nossos personagens para quebrar o gelo e foram muito úteis.

Mas com Sam não, com ele não era preciso nenhum tipo de exercício. Fluía. Assim, como se fizéssemos isso há muitos anos.

Nossos corpos conversavam, nossas bocas se encaixavam, e quando eu estava com ele em cena, esquecia que havia toda uma equipe ali por trás, era só eu e ele.

Não existiam beijos técnicos, nossos beijos eram e até hoje são reais. Todas as carícias eram verdadeiras, eu faria aquilo com a câmera gravando ou não. Eram Claire e Jamie ali, mas não podia esquecer totalmente a Cait e o Sam.

Assim nossa amizade foi evoluindo. Aquele primeiro ano eu estava sozinha, solteira e focada no meu trabalho. Sam também e fomos criando um laço lindo. Morávamos no mesmo prédio e fazíamos muitas coisas juntos: jogos, atividade física, passeios, jantares, tardes de filmes.

Em uma dessas noites, fomos para um pub com música ao vivo. Conversamos, bebemos, rimos e nos divertimos demais, como sempre. Nada diferente do que já estávamos acostumados.

Na volta, Sam foi me deixar na porta do meu apartamento.

- Você não quer entrar um pouco Sam, tenho whisky. - Disse a ele rindo com metade de mim brincando e a outra metade querendo que a nossa noite não acabasse tão cedo.

- Whisky não posso negar. - Ele disse entrando em meu apartamento rindo e fazendo piada usando seu sotaque escocês.

Porém, quando eu me virei, depois de fechar e trancar a porta, Sam, que estava atrás de mim, me beijou de surpresa.

Eu não resisti, não pedi para parar e nem saí de seu abraço. Para falar bem a verdade eu ansiava tanto por aquele beijo há muito tempo. Apesar de já conhecer o seu sabor, ali não era a Claire, era a Cait, por inteiro.

Não houve nenhuma palavra nos momentos seguintes, e acredito que foram totalmente dispensáveis.

Sam me beijava como se quisesse dizer tudo que estava guardado dentro dele e eu entendia. Da minha boca passou para meu pescoço, voltava para a boca, dava pequenas mordidas. Ele me olhava como se quisesse pedir permissão para continuar e como meus olhos gritavam sim, ele voltava a me beijar.

De repente os beijos foram descendo, tirou minha blusa e desabotoou minha calça. Olhou pra mim novamente, mas fechei os olhos e mordi meus próprios lábios, o aval que ele precisava para continuar com sua jornada.

Beijou mais meu pescoço, meus seios e minha barriga e perguntou se podíamos ir para a cama.

- Cait, tudo bem se a gente for para a cama? Você quer mesmo isso? - dizia ele me fazendo lembrar de toda a cordialidade de Jamie.

Só consegui balançar a cabeça e lá fomos nós. 

Quando nasce o amor? - Sam & Cait (Outlander)Where stories live. Discover now