Quando nasce o amor? - Sam & Cait (Outlander)

XXI - Tudo termina com Claire e Jamie

- Você está bem? - Sam perguntava enquanto acariciava minha barriga que começava a despontar.

- Sim! Estou ótima! Só estou um pouco apreensiva, preocupada! - Respondi desviando meu olhar do dele.

A verdade é que, por mais que eu quisesse revelar para o mundo que estávamos juntos, eu ainda tinha um pouco de medo de como as coisas seriam dali pra frente.

Depois do nosso casamento, voltamos a gravar nossas últimas cenas como Claire e Jamie na sexta temporada. Dali em diante, novos atores assumiriam esses papéis e, apesar de ainda sermos produtores, não havia mais nada em nossos contratos que proibia a revelação do nosso relacionamento.

Havíamos segurado a barra, havíamos cumprido com nossa parte neste acordo e por isso, passamos por muita coisa. Mas agora tudo isso tinha ficado no passado e podíamos seguir nossas vidas sem segredos e eu não entendia porque estava com medo.

Ao contrário de mim Sam contava os minutos e fez vários planos de como seria esse anúncio.

- Vamos fazer uma live na internet e vamos contar. - Dizia ele uma vez assim que acabou de acordar e disse ter sonhado com aquilo.

Outra vez ele pensou em convocar uma coletiva de imprensa:

- E se a gente reunisse os jornalistas e contasse para todos de uma vez? Ao mesmo tempo que a gente conta para os nossos fãs nas redes sociais, o que acha?

Era divertido ver todas aquelas ideias dele e era tão bom vê-lo feliz e leve daquele jeito. Sam sofreu muito em todo o tempo em que tivemos que fingir sermos só amigos, era nítido no seu olhar, ele não conseguia esconder de ninguém.

Quantas vezes ele lamentou e agora ele podia ser o Sam por inteiro e pra mim, que amo aquele homem, ver aquela felicidade nele era magnífico, eu também estava feliz, só estava com medo. 

O carro parou em frente a entrada do Globo de Ouro, premiação para a qual eu e Sam havíamos sido indicados por nossa participação em Outlander. Antes que ele saísse em peguei em seu braço e para não perder o costume, não precisei falar o que sentia, ele já sabia.

Então pediu para esperarem um pouco, fez um carinho na minha barriga e me envolveu no melhor abraço que conseguiu dar, um pouco torto devido ao espaço, mas tão acolhedor e necessário, para só depois olhar pra mim e dizer.

- Vai ficar tudo bem minha Sassenach! Fizemos tudo da maneira correta. Temos o direito de irmos lá fora e sermos nós mesmos. Mostrar ao mundo nosso amor é consequência do amor que sentimos aqui dentro. Temos o direito de sermos felizes. - Depois aguardou até eu que me manifestasse para só depois abrir a porta do seu lado do carro.

Sorri e balancei a cabeça em sinal afirmativo. Talvez meu medo fosse apenas um extinto de proteção, principalmente para a criança que eu carregava em meu ventre, fosse meu inconsciente querendo proteger nosso relacionamento depois de tudo que passamos. Mas Sam tinha razão, por fim poderíamos respirar aliviados, por fim poderíamos conversar e sermos Sam Heughan e Caitriona Balfe fosse em nossa casa, em um restaurante ou em uma premiação e isso era um grande alívio. 

Quando Sam saiu um grande número de repórteres e fotógrafos se aproximou e começaram a tirar fotos, assim como um grupo de fãs gritava seu nome. Respirei fundo e aguardei que ele desse a volta no carro até o lado da minha porta.

E então eu a abri, me ajeitei para segurar a mão de Sam e sair. Assim que perceberam que era eu, os fotógrafos e repórteres se aproximaram ainda mais, todos tentando entender o que acontecia.

Fiquei em pé ao seu lado e parei para ajeitar meu vestido, ele me olhava com atenção para verificar que eu estava realmente bem e então me abraçou pela cintura antes de caminharmos. Assim que chegamos na entrada do tapete, Sam pegou minha mão e beijou nossa aliança de casamento pausadamente. Nesse momento, as pessoas começaram a entender que não só havíamos chegado juntos, mas de fato, estávamos juntos.

Todos os fotógrafos nos seguiram, assim como os repórteres que queriam entender melhor como isso havia acontecido. Os fãs agora, gritavam nossos nomes e palavras de apoio e de incentivo ao nosso relacionamento. Chamei Sam para irmos até lá antes de entrarmos na área de fotos e antes de falarmos com os jornalistas, eles mereciam isso.

Sempre tivemos um grande número de pessoas que nos acompanhava torcendo pelo nosso amor, era hora da gente retribuir. Chegamos o mais próximo que conseguimos, pegamos em suas mãos, tiramos fotos e autografamos seus pertences.

Voltamos para o tapete e fomos em direção a área de fotos, Sam não se aguentava, me abraçava chegando meu corpo o mais próximo do seu, segurava minha cintura com firmeza e delicadeza. Apesar da minha barriga já estar despontando, meu vestido não mostrava muito, e então, Sam colocou a mão em meu ventre, mostrando que ali havia um serzinho crescendo rodeado de muito amor e cuidado.

Seu semblante era um misto de alegria, empolgação e paz. Ele estava feliz demais, satisfeito demais e cada vez mais lindo! Eu sentia toda sua energia e sua tranquilidade e isso me acalmava e me confortava de que as coisas iam ficar bem. Para terminar, antes de chegarmos até os jornalistas, Sam pegou meu rosto e deu um beijo em meus lábios, se demorando para que desse tempo de todos fazerem as fotos. Sorriu e me encaminhou para a área seguinte.

Havíamos combinado que não eram necessárias explicações extensas de tudo, pelo menos por enquanto. Era hora de respirarmos aliviados e aproveitarmos cada momento juntos. Diante de todas aquelas perguntas, de todos aqueles questionamentos, foi minha vez de dar um passo a frente. Apertei Sam no meu abraço, me virei para os jornalistas e fiz a revelação que todos esperavam:

- Sim, nós estamos juntos! E está tudo bem!