38_ Eu quero ir embora.

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Bato a porta do quarto me encostando nela rapidamente assim que entrei no quarto. Eu me sentia uma idiota. Mesmo depois de todas as coisas apontando, falando que eu não deveria confiar... eu confiei.

Acabei passando por todas as coisas que eu sentia, passei por cima de mim  mesma porque queria confiar nele. E olha só? Estava certo. Eu acabei sendo magoada no final.

E eu me sentia ridícula. Uma garota que caiu no papinho de um garoto que não sente nada, não liga para nada além dele mesmo.

Como eu disse não estava assim por ele ter engravidado outra garota. E sim pelo fato dele não ter me contado sobre a Marlene. Como eu ficaria surpresa dele ser pai sabendo da sua fama? Era nítido que iria acabar assim.

Mas... eu apostei todas as minhas fichas nele porque eu estava apaixonada. E agora que eu sei... está apaixonada é um erro. Um erro que toda garota não deve comer, mas cometemos.

ㅡ Alexia? ㅡ Ouço a voz do Cole. ㅡ Por favor abre a porta! ㅡ Falou enquanto batia.

ㅡ NÃO! ㅡ Grito fechando os olhos às lágrimas caíam sobre as minhas bochechas. ㅡ Eu quero ficar sozinha.

ㅡ Por favor, meu amor. ㅡ Pediu. ㅡ Eu sei que tá magoada, mas por favor me deixa te explicar o porque eu não te contei.

ㅡ Você vai fazer a coisa que sempre falam, Cole! ㅡ Sentindo meu coração doendo eu falei. ㅡ Você é como os outros! Igual a eles!

ㅡ Você sabe que não sou, linda. Sou completamente diferente, sabe disso. ㅡ Ele parou de bater na porta. ㅡ Alexia, eu... por favor.

ㅡ Cole, você tem um filho agora. ㅡ Encosto minha cabeça na porta com lágrimas nos olhos. ㅡ Você tem que me esquecer e... cuidar dele. Junto com a Marlene. Ela não merece ficar sozinha, não nessa situação.

Meu coração doía. Parecia que estavam esmagando em ele pequenos pedacinhos bem pequenos que estava quase desaparecendo. Eu estava fraca, com dor e muito magoada.

E o que eu dizia me magoava ainda mais. Eu queria ele. Meu coração gritava pedindo por ele, mas não era justo com a Marlene. Ela estava com u filho dele no ventre, e ele merecia um pai presente.

ㅡ O que... ㅡ Ouço a voz da Kelly. ㅡ A porta tá trancada?? Quem trancou a porta?? Alexia, tá ai???

ㅡ Eu quero ficar sozinha, Kelly. ㅡ Levanto do chão e vou até a cama abraçando as minhas pernas.

ㅡ Espera. Sua voz tá estranha. ㅡ Kelly falou. ㅡ Você tá chorando Alexia?

ㅡ Não. ㅡ Neguei. Ela me conhecia o bastante para saber quando eu estou triste, então não adiantaria dizer que não estava chorando.

ㅡ Eu te conheço, Alexia. Abre a porta! ㅡ Bateu na porta. ㅡ ABRE ISSO!!!

Não liguei para a sua voz soando no fundo, estava olhando em meu celular. Ao meu lado a sua tela preta me chamava atenção.

Desbloqueio o mesmo e disco o número do meu pai. Depois de algumas chamadas ele atendeu.

Ligação on.

Pai- Alexia?

Alexia- Oi pai.

Pai- Tá tudo bem filha?

Alexia- Sim, pai. ㅡ Fecho meus olhos sentindo uma lágrima descer pela decisão que eu estava tomando. ㅡ Eu quero ir embora, pai.

Pai- O que? Como assim?

Alexia- Eu não quero ficar mais aqui. Eu quero ir embora.

•••

In your heartbeatOnde as histórias ganham vida. Descobre agora