Capítulo 02

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Ret💥

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Ret💥

Olhava para o meu morro no alto da laje enquanto tragava um cigarro, tava admirando o que conquistei por mérito meu. Tinha que ser homem mesmo pra bater de frente comigo e tentar roubar o meu morro.

Já fazia 10 anos que eu comandava o complexo do alemão, comecei muito novo. Depois que meu velho morreu eu passei a ser o dono de tudo dele, com os meus 17 anos já era dono dessa porra aqui.

Comandar um bagulho desse é muito pesado, mais felizmente sabia como levar as coisas e sair sempre na mesma ordem. Nunca pisei em ninguém pra chegar até aqui, apenas fiz meus corre calado.

L7: Tá tudo pronto, pô. Daqui a dois dias agente faz o assalto, tá ligado? - L7 chegou já invadindo o meu espaço, mais é muito filho da puta mermo.

Ret: Não poderia esperar até eu chegar na boca não, porra? - Me virei pra ele apagando o cigarro e jogando ele no lixo.

L7: Já tava aqui por perto, porra, só vim avisar sobre os bagulhos do assalto porra. - Ele acendeu um cigarro e começou a tragar.

Revirei os olhos enquanto via as horas no celular, hoje era dia de cobrança e já era pra mim estar na boca mermo. Peguei a minha camisa que tava em cima da cadeira e comecei a sair sendo seguido por L7.

L7: Ei pô, sabe a grazieli? Tá mandando papo reto pra as minas que tão ficando contigo aí. Tá saindo mó alvoroço com isso. - Ele diz ajeitando o chapéu na cabeça.

Ret: Essa mandada tá querendo levar dois tiro na cabeça, mulher pra infernizar do caralho. - Digo indo até a minha moto.

A grazieli é uma mina que pego de vez em quando, e agora acha que é minha fiel. Nunca namorei e me apaixonei vou colocar essa mandada de fiel? Se fuder.

Ret: Depois manda o LG mandar um papo reto pra essa mina deixar de arrumar briga, daqui a pouco ela vai ficar careca. - Digo enquanto subia na moto, tem que ser desse jeito mermo senão a mina começa logo a se emocionar, apesar que essa já se emocionou.

L7: Jaé, pode deixar, vou mandar a visão.

Assim que subi na moto dirigir rumo a minha boca, hoje como era cobrança tinha que tá lá mais cedo. VH só tá ali na boca mermo a noite, eu cuido das de manhã e ele do resto a noite.

Parei a minha moto perto da boca e entrei em seguida, já vi logo esses pau no cu sentado enquanto brincava de adedonha. Tou dizendo são tudo viado.

Ret: Acham que a vida é um morango? - Comecei a falar mais por dentro tava querendo rir pelo o susto que eles tevem. - Trabalhar ninguém quer, quero ver quando for receber o dinheiro sem ter feito a parte de vocês.

Mt: Aí patrão, quer me matar de susto? - Disse com a mão no coração.

Ret: Já tá tendo ataque do coração, velhinho? - Debochei.

Mt: Vai se fuder.

Dn: Coé meu mano, já tou indo fazer as cobranças do aluguel, vou chamar o Diogo pra vim comigo.

Ret: Aproveita e faz as cobranças das drogas que tão devendo. Tem um porra que acha que pode me enrolar e ainda tá devendo 2 mil reais. Se fuder.

Dn: Pode deixar, patrão, isso vai se resolver hoje, Jaé, Jaé.

Olhei pra ele e assenti, no meu morro não tem essa de enrolação não, peguem droga mais que me pague depois caso ao contrário se viem pagar de doido pro meu lado é um tiro certinho na testa.

Após o Dn sair da minha sala olhei pra Mt que me olhava demais pro meu gosto, tá querendo o que esse filho da puta?

Ret: Fala logo o que tu quer?

Mt: Preciso de dinheiro adiantado aí, pô. Minha dona faz aniversário daqui alguns dias tou querendo dinheiro pra fazer aquele festão. - Falou.

Revirei os olhos mais assenti, ele é um dos vapor mais trabalhador daqui, é muito difícil esse porra pedir alguma coisa. Não vejo problema em adiantar o seu pagamento.

Ret: Resolve esse bagulho com o VH, ele que tá resolvendo esses bagulho do pagamento de vocês aí.

Mt: Jaé, amor.

Ret: Amor o caralho, virou gay agora foi?

Mt: Que isso amor, só tou agradecendo. Está achando ruim porque ainda não dei pra tu foi? - Ele diz afinando a voz dele.

Ret: Ala, o cara casado e se fazendo de gay, porra. Imagina tua mulher saber disso. - Disse dando um sorriso cínico.

Mt: Ela gosta de dividir, relaxa que tem Matheus pra todo mundo. - Disse alisando meu braço.

Ret: Vai da o cu na esquina, mano, oxi.

Empurrei seu braço e ele começou a rir enquanto se levantava, me olhou e disse.

Mt: Vou indo lá na minha dona, já que tu chegasse, vou indo, fé. - Disse enquanto saia da boca.

Ret: Fé.

Me encostei na cadeira e fiquei marolando e pensando na vida, acendi o bagulho enquanto esperava a resposta das cobranças.

To de Nave - RetannaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora