Capítulo 26

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Era difícil acreditar no que eu estava vendo. Por um momento achei que aquilo seria criação de minha cabeça, pois as chances de Dylan realmente estar ali eram baixíssimas.

Durante alguns segundos nós nos encaramos, como se estivéssemos querendo saber se aquela cena é real.

Meu coração batia forte, e parecia estar querendo sair de meu peito.

— Elena? — ele diz ainda parado na porta.

Ao ouvir sua voz eu confirmei a mim mesma que aquilo era real.

Em um movimento rápido, vou pra cima dele e o dou um abraço apertado.

Consigo sentir seu cheiro, seu perfume, e ele me segura como se não houvesse nada além de nós dois no mundo.

Mas, de fato, naquele momento só havia eu e ele, e mais ninguém.

Ainda abraçada com ele, abro os olhos e olho para seu rosto, ele estava com um sorriso imenso estampado no rosto, embora seus olhos estivessem fundos, um sinal claro de que ele não tem dormido.

Começam a escorrer lágrimas de meus olhos, mas dessa vez, era de felicidade, de emoção.

O encaro, e não resisto ao instinto de beijá-lo.

Como eu senti falta desse beijo, dessa ligação, dessa química.

Grudamos nossa boca, e nos beijamos em um movimento fascinante, realmente apaixonado.

Esse foi o melhor beijo de minha vida.

Ele interrompe nosso beijo e diz;
— Eu senti tanto a sua falta. — diz ele olhando fixamente em meus olhos.

— Eu já não aguentava mais ficar longe de você, meu amor. — respondo. — Por favor, entre.

Eu fiquei tão feliz pela vinda dele, que eu não havia parado pra raciocinar sobre o fato dele estar aqui, isso só podia significar uma coisa.

Ou ele é Eliot, ou ele tem algum outro poder.

Dália está presente, e ela estava com ele quando abri a porta, então será ela quem vai me explicar.

Eu não precisei pedir para que ela explicasse, o meu olhar surpreso já bastou.

Dylan entra, e observa com olhar surpreso os cantos mais luxuosos do palácio, como se estivesse maravilhado com tamanha perfeição.

Ele se dirige ao sofá em passos curtos, seguindo Dália.

Eles se acomodam, e eu me sento do lado de Dylan, afinal eu não queria ficar longe dele nunca mais.

— Você precisa saber da verdade. — diz ela.

— Então, diga. — peço.

— O Dylan realmente é o Eliot. — conta ela.

Nossa, Dylan realmente faz parte de Northmoss, e ele é irmão de Markus. Não sei se essa coincidência é boa ou ruim, pois agora sei que ele tem um alvo em suas costas.

— Como isso pode ser verdade? Por que você mentiu? — questiono.

— Não foi porque eu quis mentir, e sim por eu ter precisado protegê-lo, eu não podia contar na frente de todos vocês sem a permissão de Dylan, pois ele teria que estar ciente dos perigos. E mesmo sabendo das possíveis consequências, ele decidiu vir. — conta ela.

Dylan arriscou sua vida apenas para me ver.

Poderia existir prova de amor maior do que essa?

— Eu fiz, e faria quantas vezes fosse preciso, não fique surpresa Elena, isso não é nem um terço do que eu faria por você. — diz ele enquanto pega minha mão e segura.

— Acho que vocês têm muito que discutir a sós, mas Elena, depois que conversar com ele, por favor, retorne aqui. — pede ela.

Dália saí da sala, e nos deixa sozinhos.

— Dylan… Desculpe-me por ter ido embora. — falo.

Só de pensar no fato de que o fiz sofrer, me vem à tona tanto sofrimento e me dou conta de que não há desculpas para o que fiz.

— Tudo bem, já passou. — diz ele.

— Não, Dylan, não. Vejo sua expressão e percebo que você não tem dormido, sua aparência está descuidada, e você não era assim, não antes de eu ir embora. — falo.

— Eu entendo, e você está certa. Eu realmente sofri muito, por noites eu tentei te odiar, por você ter apenas deixado uma carta e depois ido embora, sem nem se despedir de mim de forma decente. Eu admito que por mais que eu tenha tentado te odiar, eu não consigo, eu simplesmente não sou capaz. — diz ele.

— Eu me odiei por isso também. Eu precisei buscar minhas origens, eu sinto muito por isso tudo. - falo em tom baixo e quase chorando. — Eu sou uma aberração, mas, Dylan, eu te amo.

— Você não é uma aberração, eu sempre te disse isso, você é perfeita, e eu também te amo. — diz ele. — Tudo aquilo já passou, o que importa é que a partir de hoje nada vai nos separar.

Ele chega mais perto de mim, e coloca suas mãos em minha nuca, olhando fixamente em meus olhos.
— Você é perfeita. — diz ele.
Seus olhos azuis estão brilhando, e cada vez mais ele aproxima sua boca da minha, me fazendo desejar aquele beijo mais do que qualquer coisa.
Ele finalmente avança em minha boca, e nos beijamos de forma apaixonada.

— Não importa o que aconteça, eu só quero que você saiba que eu te amo, e que independente de qualquer coisa, sempre amarei. — diz ele.

Dylan realmente conseguia ser o cara perfeito, não é atoa que eu me apaixonei por ele assim que o vi.

— Saiba que isso é recíproco, pra sempre te amarei, meu amor. — respondo.

Lembro-me de que devo conversar com Dália, então aviso a Dylan e subo as escadas em direção ao seu quarto.
Abro a porta em um movimento rápido, e vejo-a sentada em sua cama.

— Oi mãe, o que foi? — pergunto.

— Elena, eu sei que você está super feliz com Dylan agora, mas você realmente precisa voltar ao palácio da água. Com a chegada de Dylan não vai demorar muito para que Quara e Druella fiquem sabendo, e elas irão facilmente ligar os pontos e saber que ele é Eliot. Ele corre perigo, e você precisa protegê-lo. — ela diz.

— Mas, e ele? Pra onde ele vai? — pergunto.

— Ele ficará aqui conosco, o protegeremos enquanto você treina, mas tem que ser rápido, caso contrário, Quara e Druella iniciarão uma guerra. — diz ela.

Sempre tem que ter algo pra estragar quando estou feliz, e dessa vez esse motivo é Quara e Druella.

Uma gota no oceanoWhere stories live. Discover now