No Palácio Snape…Quara
— A luta não terminou, meus queridos. — falei na tentativa de acalmar a multidão.No topo da escada, eu observo toda a minha linhagem lá em baixo.
Todos estavam apreensivos, com medo dos Deuses. Mas os assegurarei de que é impossível os mesmos aparecerem, não há registros na história de Northmoss sobre uma vez sequer em que eles apareceram, após dar origem aos nossos poderes.
E além de contas, já fizemos muitas coisas piores, e nada aconteceu. As outras linhagens nunca tiveram força para lidar conosco, apenas agora eles estão se achando superiores por conta daquela garota insolente.
— E os Deuses? Não queremos morrer! — disse a platéia.
— Não sejam covardes! — gritei.
— Vocês estão com medo daqueles vermes? — minha filha questionou.
— Eu acho que vocês estão exagerando. — disseram. — Vocês mataram o garoto, ele não tinha nada haver, CHEGA!
Surpreendeu-me a forma com que toda a minha família se acovardou diante eles, acreditando mesmo na possibilidade de um todo poderoso nos punir.
Minha mãe me contava histórias, e sempre falava sobre os Deuses. "Seja uma garota má, faça o mal, mas não deixe que os Deuses descubram" A famosa história pra controlar as crianças.
— Estou envergonhada da desistência de vocês, mas tudo bem vou lhes provar que não tem Deuses aqui em Northmoss. — falei com plena convicção que estava certa. — Podem ir!
Como o ordenado, todos se retiraram, e foram em direção aos seus quartos, e outros para o salão de treinamento.
Minha filha sobe os degraus da enorme escada, na intenção de chegar até mim. Percebo em seu olhar algo diferente, e seus passos são um pouco mais lentos do que o normal.
— Filha? — Essa palavra ecoou pela sala, e ainda assim ela não olhou pro meu rosto, apenas continuou subindo as escadas.
Definitivamente havia algo errado.
Faltando apenas dois degraus para chegar até mim, ela se sentou e segurou meus pés, como se estivesse me chamando. A preocupação tomou conta de mim.
Desci, e me sentei ao seu lado. Segurei sua cabeça, e tirei seu cabelo do rosto, para ser capaz de ver se havia algo errado.
— Sin-to algo errado comi-go — gaguejou ela.
— Como assim? O que há de errado? — perguntei.
Antes que ela respondesse, senti também algo em mim. Uma dor corroendo meu ser.
Veio à tona um questionamento, eu teria ingerido veneno sem perceber?
Não, eu não acho que tenha sido isso.
Com as poucas forças que eu ainda tinha, puxei Druella pelo braço e arrastei-a pelos dois degraus que faltavam, na intenção de fazer com que ela não perdesse a força e acabasse caindo da escada. E o mesmo valia para mim, já que eu não tinha a mínima noção do que estava acontecendo.
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Uma gota no oceano
Fantasy[Concluído] Desde muito nova, Elena se sentia deslocada em relação ao lugar onde vivia. As pessoas, os costumes, todos pareciam indiferentes ao seu ponto de vista. Porém, isso nunca afetou a sua vida de forma direta, ela fez amigos, e se divertiu en...