4 - capítulo

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Muito boa noite amores ❤🤭 bora ler? Vai ai mas 2 capítulos pra vcs 😉

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     Becky Armstrong


- Odeio quando a Freen fica pagando de mãe preocupada. – Lexa disse assim que entramos no carro, Taylor veio no dela, então estávamos no meu.

- Ela se preocupa de verdade, filha. – falei e ela me olhou com uma sobrancelha arqueada.

- Mama, nunca achei que a senhora fosse ingênua. – ela disse, usando o mesmo tom de Freen. Até por que essa garota tem o mesmo gênio dela.

- Não use de ironia comigo, eu ainda posso te deixar de castigo, querida. – falei e ela pediu desculpas. – Além do mais, sua mãe vai te visitar amanhã.

- Freen, mama. Só Freen. – ela disse. Lexa não chama mais Freen de mãe, apenas pelo nome. Lexa é uma menina muito doce com todos ao seu redor, mas ela muda completamente quando o assunto é minha ex-mulher.

- Okay, Freen então. Você é chata igual ela. – falei revirando os olhos.

- Ai mama, me ofendeu. –  colocou a mão no peito. – O Dylan pode ir lá pra casa amanhã? – ela perguntou, Dylan é o melhor amigo dela, desde que eram pequenos, é o filho da Dulce e Anahí. O garoto tem quinze anos e os dois são inseparáveis. Na verdade Anahí e eu já havíamos achado que eles eram namorados, mas só o fato deles brigarem como irmãos, fez a gente ter certeza que não. Dylan perdeu um ano, por que queria ser da mesma sala da Lexa, pra cuidar do que seria a "irmãzinha mais nova" . Dulce quase o matou, quase mesmo. A única coisa que impediu foi Anahí, mas depois a gente acabou rindo da situação.

- Mas a sua mãe, quer dizer, Freen vai pra lá. – falei estacionando o carro na nossa garagem e vendo Taylor chegar logo depois.

- E é exatamente por isso que eu quero chama-lo. –  piscou pra mim e eu concordei depois de dar uma risada contida, minha filha é esperta até demais. Ela logo entrou dentro de casa e Taylor veio em minha direção, enlacei seu pescoço e dei um selinho rápido nela.

- Como foi lá? – perguntou quando eu deitei em seu ombro.

- Pelo que eu entendi, ela está com alguns músculos do coração dilatado, e isso atrapalha a circulação do sangue. Lexa vai ter que tomar alguns remédios pra ver se melhora, e se não, se for um caso muito grave, ela pode ter que fazer um transplante de coração. Tudo tão complicado, Taylor, e eu to com tanto medo. – confessei tremendo em seus braços.

- Lexa é forte, Becky. Você já viu quando ela resolve brincar de luta com o Dylan. A cabelos dourados é mais forte que nós duas juntas. – ela disse acariciando minhas costas. Taylor sempre foi minha amiga, a conheci alguns meses depois da minha separação, ela sempre esteve ao meu lado. Uma grande amiga. Mas de dois anos pra cá a gente decidiu tentar algo. Taylor tinha se separado de uma namorada a cinco anos, eu nunca consegui namorar muito tempo com ninguém, então decidimos tentar juntas. Até que nós nos damos bem, mas principalmente pela grande amizade que nós temos. – Vamos fazer o jantar, eu te ajudo. – ela disse e eu fiz uma careta. – Não lembre do episódio que eu explodi seu micro-ondas. – ela me soltou e entrou pra dentro de casa com uma cara de emburrada me fazendo rir, ainda tentando entender como ela conseguiu explodir meu micro-ondas e depois entrou na cozinha com o extintor de incêndio do carro dela. Resultado, ganhei um micro-ondas novo, teve suas vantagens. Entrei em casa e começamos a fazer o jantar, Taylor insistia em aprender algo, e isso fez a gente perder horas na preparação do jantar.

(...)

Estou editando meu artigo da próxima edição pra revista que eu trabalho, depois de tantos anos, eu consegui méritos, sempre escrevia o principal artigo da revista, podendo escrever sobre quase qualquer coisa e ganhando um ótimo salário. Dylan e Lexa estão jogando vídeo game na sala e eu no escritório. Ouvi a campainha tocar, mas não me importei. Tocou uma segunda vez e eu estanhei, uma terceira e eu finalmente levantei e fechei meu computador, guardando o óculos de descanso. Saí do escritório e os dois ainda jogavam.

- Por que não atenderam a porta? –perguntei me dirigindo a porta que tocou novamente.

- Não podemos parar. – Dylan respondeu e eu revirei os olhos. Abrir a porta e vi Freen com as mãos nos bolsos da calça jeans, enquanto olhava para o chão.

- Olá. – cumprimentei e ela levantou o rosto, mostrando sua camisa preta.

- Oi. – ela disse e eu não fazia a mínima idéia do que falar, desde que Freen havia ido embora a quase quatorze anos, ela entrou dentro dessa casa poucas vezes. – Eu posso entrar? – ela pediu e eu percebi que estávamos paradas no mesmo lugar, me afastei dando espaço pra que ela entrasse. Freen o fez e assim que pôs os olhos nos dois jogadores ela arqueou uma sobrancelha,  me olhou e voltou olhar para os dois. – Oi Lexa. – ela disse e minha filha simplesmente levantou a mão sem nem olhar pra trás e fez um aceno rápido.

- Lexa, pause o jogo e venha cumprimentar sua mãe direito. – eu disse e a garota bufou alto, mas fez o que eu pedi. Ficou de pé revelando que ainda estava de pijama, um short curto e uma camiseta do the 1975, que era de Freen, mas ela deixou aqui e minha filha a saqueou do meu guarda-roupa.

- Olá, senhora Sarocha. Como vai? – ela disse com seu tom irônico.

- Lexa, fala direito, cara. – Dylan disse ao lado dela.

- Okay. Oi Freen. –  estendeu a mão pra Freen que a aceitou, é tão estranho ver elas dessa forma e lembrar que quando Lexa tinha dois ou três anos, Freen era sua pessoa favorita do mundo.

- Oi, tia Saro. – Dylan disse envergonhado e coçando a nuca. Minha filha fez uma cara indignada para o garoto, mas logo saiu de perto da gente indo de frente pra TV.

- Oh, Dylan. Eu sabia que conhecia você. – Freen disse e apertou a mão do garoto, talvez demorou tanto por que a última vez que viu o garoto ele tinha três anos, foi quando ela e Dulce tiveram uma briga de sair no braço. O garoto deu um leve sorriso e voltou para o lado da Lexa, bateu seu ombro com o dela e logo os dois voltaram a jogar.

- Quer beber alguma coisa? – perguntei e ela assentiu dizendo que aceita água. Nós duas seguimos até a cozinha e eu peguei um copo pra lhe servir a água.

- Quase não reconheci o Dylan, ele cresceu bastante. –  disse e eu entreguei a água pra ela.

- Claro que cresceu, ele tem quinze anos. – eu disse e cruzei os braços.

- Na verdade eu achei que fosse algum namoradinho da Lexa. – ela fez uma careta olhando pra parede. Freen é fria, muito fria. Só eu conheci todas as suas facetas, mas hoje eu não sei se conheço mais algo dela. – Você precisa que eu compre os remédios dela? – ela perguntou e se colocou de pé.

- Não, obrigada. Eu já o fiz ontem. E você veio pra visita-la. Eu tenho que ir trabalhar, com licença Freen. – eu disse e saí da cozinha, até por que Freen conhece a casa, ela vai pra sala se quiser.

My Mistakes - FreenbeckyWhere stories live. Discover now