8 - capítulo

764 140 19
                                    


   Freen Sarocha


- Foi pra isso que te chamei, não foi Jennifer? – perguntei e dei espaço pra ela entrar. Assim que fechei a porta empurrei a loira em direção a meu quarto. A joguei na cama e fiquei parada no centro do quarto. – Tire a roupa. – ordenei de braços cruzados.

- Por que você não tira Freen? – perguntou e eu dei um leve sorriso.

- Estou sem tempo, tire logo. – ela começou a tirar a própria roupa e eu observei seus movimentos. Assim que ela estava apenas de calcinha eu tirei o roupão e me deitei sobre ela beijando seus lábios. Ela segurou meus ombros e apertou suas unhas ali. Comecei a acariciar sua cintura e levei meus lábios até seu pescoço.

Flashback On.

- MAMÃE, ME ENSINA A ANDAR DE BICICLETA. – Lexa gritava com seus quatro anos de idade e com pernas que pareciam ter sido feitas pra pular.

- Onde está Margareth? – perguntei por sua babá que sempre ficava na minha casa quando Lexa estava.

- Está fazendo o almoço. Me ensina mãe, prometo que aprendo rápido. – ela disse com o bico de Rebecca e eu peguei meu celular, deixando o notebook aberto, ainda estava estudando sobre algumas pacientes.

- Okay, dez minutos Lexa. – falei e ela pulou batendo palmas. Levantei e fui pra fora com ela, Lexa empurrou sua bicicleta vermelha com detalhes rosa até o jardim. - Okay, você coloca os pés nos pedais, eu te empurro e você pedala. Não é tão difícil, filha. – falei e a garota de cabelos claros e uma blusa da Minnie assentiu. Ela colocou seus pés no local que eu indiquei e logo eu a empurrei. Lexa começou a pedalar com um pouco de dificuldade de manter o guidão em equilíbrio. Mas não demorou muito pra que ela melhorasse. Meu celular tocou no bolso e eu o atendi, meu diretor pedindo que eu fizesse plantão aquela noite. Fiquei alguns segundos falando com o diretor até ouvi um choro. Me despedi dele e me virei vendo Lexa sentada no chão chorando e com a bicicleta deitada ao seu lado. Fui em sua direção e ela me olhou com os olhos encharcados e o bico da Rebecca.

- Eu caí mamãe. – ela disse estendendo os bracinhos pra mim. Eu a peguei no colo. Peguei a bicicleta e comecei a andar de volta em direção a casa. – Achei que a senhora não me deixaria cair. Mama disse que a senhora não deixaria. Não quero mais andar de bicicleta. – ela disse e eu deixei a bicicleta encostada na parede. Ela havia ralado o joelho e estava com o rosto enterrado no meu pescoço.

- Margareth, dê um banho na Lexa, depois do almoço vou ter que leva-la pra casa da Rebecca. – eu falei e a garota levantou o rosto.

- Por que mamãe? Eu não peço mais pra senhora me ensinar a andar de bicicleta. Não precisa me levar embora. – ela disse se agarrando a mim, mas eu a coloquei no chão. Já é uma mocinha bem grande.

- Tenho que trabalhar essa noite, Lexa. Depois eu te busco de novo. – falei e a garota assentiu de cabeça baixa. Margareth a levou até seu quarto e eu fui arrumar minhas coisas para o trabalho. Depois de alguns minutos as duas voltaram e minha filha já tinha em suas costas a mochila rosa da pequena sereia. Margareth terminou o almoço e nós almoçamos juntas, depois que eu tomei um banho e me arrumei pra levar Lexa pra casa. Expliquei a Rebecca que teria que trabalhar e ela revirou os olhos e bufou dizendo que não estava surpresa. Lexa agarrou a perna da mama e ficou ali como se fosse seu porto seguro. – Eu venho outro dia, tudo bem, Lexa? – perguntei me agachando e fazendo um breve carinho em seus cabelos.

- Tudo bem. – ela disse com os olhos fechados e ainda agarrada a perna de Rebecca. Me levantei e fui trabalhar. No final de semana seguinte Lexa não quis ir até minha casa, preferiu ir pra casa da tia Dulce. No outro quando passei na frente da casa de Rebecca, eu vi Lexa andando de bicicleta com uma mulher morena atrás dela. Algumas semanas depois eu descobrir que era Taylor, uma amiga da Rebecca.

Flashback Off.

Saí de cima da Jennifer e ela já ia tirar sua última peça.

- Não Jennifer, vai embora. Não dá. – coloquei as mãos em meu rosto.

- Qual é? Você broxou? Isso que dar sair com uma mulher mais velha. – Jennifer disse e começou a se vestir novamente.

- Cala boca garota, só vai embora. Não precisa voltar mais. – falei e ela pegou minha carteira jogando-a em mim.

- Não pretendo mesmo, gosto de sexo que me leve ao prazer. Isso de ficar aguentando alguém que nem comigo está é um saco. Me dá o dinheiro do táxi. – abrir a carteira e tirei uma nota de cinquenta dólares pra ela.

- Vai para o inferno Jennifer. – falei e peguei meu roupão, e a levei até a porta, não por educação, apenas pra ter certeza que ela tinha saído do meu apartamento. Fechei a porta com força, assim que ela saiu e a tranquei. Voltei para o banheiro pra tomar um segundo banho. Assim que terminei voltei para o meu quarto e vesti apenas as roupas intimas. Peguei meu celular e procurei o nome de Rebecca na lista de contatos, logo apertando o botão de chamar. Esperei poucos segundos pra que ela me atendesse.

- Alô.

- Oi Rebecca, é a Freen. Queria saber como a Lexa está? – perguntei com insegurança. Lembrar da minha filha me fez ter uma vontade de saber como ela está.

- Hm, ela está bem. –  disse com um tom desconfiado.

- Posso passar aí pra vê-la? – perguntei sem nem perceber. Foi por impulso.

- Não acho que seja uma boa idéia, estamos em um jantar de família. – ela disse e eu mordi o lábio.

- Tudo bem, desculpe ligar essa hora. – falei e ouvi uma voz a chamando e logo se aproximando.

"Amor, largue esse celular. Vamos me ajudar com o Salmão, Lexa tá reclamando dizendo que eu não sei fazer direito." Eu sabia que era Taylor falando ali, quis desligar o celular e me bater mentalmente por ter ligado pra ela.

- Tenho que ir. Tchau Freen. – ela desligou o telefone, o que eu queria ter feito, Rebecca fez. Peguei meu celular e digitei o número da discagem rápida.

- Aparece. – falei assim que ela atendeu.

- Espero que tenha bebida ai, vou levar comida. – Lauren disse e eu suspirei.

- Bebida nunca falta nessa casa. Não demore, ou vou encher a cara sem você. – desliguei o celular. E o deixei cair na cama, fiquei ali deitada até ouvir a campainha ser tocada e eu fui atender.

- Pizza. Eu estava sem criatividade hoje. – ela disse e eu apenas acenei. Depois de algumas horas, nós estávamos deitados no chão da sala com uma garrafa de tequila vazia, seis de cerveja espalhadas no chão, uma de rum quase vazia e uma de vinho pela metade, a caixa de pizza aberta com apenas uma fatia dentro dela.

- Eu quero que a Rebecca se foda. – falei de um jeito arrastado e tentando pegar uma das três garrafas de vinho que eu estava vendo.

- Você ainda ama aquela mulher, sua idiota. – ela disse quão ou tão mais bêbada que eu.

- Amo mesmo, e não estou nem ai. Amo pra caralho, mas eu a odeio. Odeio todo mundo. – falei e achei a garrafa, a levei até minha boca e tomei grandes goles.

- Até a mim? –  perguntou.

- Principalmente você. Odeio que você não tenha ido embora também. – deixei algumas lágrimas caírem e logo a garrafa de vinho estava deitada no chão e eu com a cabeça no colo da Lauren que já estava deitada agarrada a caixa de pizza.

My Mistakes - FreenbeckyWhere stories live. Discover now