38 - capítulo

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     Freen Sarocha


Saímos da escola da Lexa direto pra um restaurante de comida tradicional. Becky havia ido buscar nossa filha de táxi, então nos acompanhou no meu carro. As crianças atrás e ela ao meu lado.

- Já montou o quarto dele? - ela perguntou e os dois lá atrás nem nos ouviam.

- Ainda não, quero levar ele a uma loja de móveis pra que ele escolha a seu gosto. - ela assentiu.

- E quando você vai conseguir levar ele pra casa? - assim que ela terminou de falar eu abrir um grande sorriso.

- Amanhã. - ela me olhou com os olhos arregalados. Como sei? Desviei o olhar da rua pra ver seu rosto.

- E você ainda não arrumou nada? Freen, você é muito enrolada, já fez compras para o garoto ter o que comer na sua casa, pelo menos? – olhei pra ela com os olhos arregalados.

- Eu já limpei o quarto dele. E na verdade, eu tava pensando em comer na sua casa todos os dias. – abrir um grande sorriso, ela bufou e depois acabou rindo. Ponto pra mim.

- Você é muito idiota. – seu sorriso era tão belo, como pude fazer ele desaparecer. As piores escolhas. – Okay, vamos fazer uma lista. –  tirou um bloquinho da bolsa e uma caneta. Virei em uma esquina e já avistei o restaurante. – O garoto precisa do quarto, roupas, calçados, cortar o cabelo, ser matriculado em uma escola, refeições saudáveis, e você vai ter que organizar seus horários no hospital. – eu arregalei os olhos enquanto estacionava o carro. – Não é fácil, Freen. Mas você vai conseguir. – ela disse e eu me perguntei se conseguiria, até que minha mente gritou que eu tinha que conseguir de qualquer forma. 

Descemos do carro e Allan me deu sua pequena mão e me ofereceu um sorriso sincero e sem nenhum peso, apenas sentimento de carinho. Apertei sua pequena mão e fui em direção as outras duas mulheres do outro lado do carro. Pousei meu braço livre sobre o ombro da minha filha e beijei sua têmpora, e sussurrei próximo a sua orelha que a amo. A garota sorriu e confirmou que também me ama. Por que demorei tanto tempo? Becky segurou na outra mão do Allan e o garoto pareceu feliz com toda a situação. Entramos no restaurante e Lexa chamou Allan pra irem escolher a mesa.

- Bebec. – chamei e a bela mulher de curvas tão expressivas me encarou. – Você poderia me ajudar com tudo que tenho que fazer com o Allan? – perguntei coçando a nuca.

- Mesmo que eu não quisesse você me faria ajudar de alguma forma. – ela bateu seu ombro no meu. – Eu adoraria ajudar. – abrir um grande sorriso e me aproximei, cada mão pousada em cada lado do seu rosto e me aproximei lentamente, grudando meus lábios em sua testa e deixando um beijo carinhoso ali. Assim que me afastei do seu corpo, seus olhos mostravam dúvida. As crianças nos chamaram e fomos até a mesa escolhida por eles. – Quando você for busca-lo amanhã, Lexa e eu vamos com você. –  disse e eu concordei.

(...)

- Você só pode tá brincando. – gargalhei enquanto Becky contava uma piada sem sentido algum, exatamente como ela fazia na época em que namorávamos. Lexa e Allan me encaravam como se eu estivesse louca, mas as piadas dela sempre me encantaram. Becky também gargalhava, apenas nós duas. Terminamos nosso sorvete e estávamos esperando o garçom trazer a conta. Paguei a conta e olhei no relógio, uma da tarde, daria tempo de ir até o shopping ver os móveis do quarto do Allan. Fomos nós quatro novamente, parecíamos uma família, e eu estava feliz com essa sensação nova pra mim.

- Faça ela te comprar brinquedos, Allan. – Lexa disse ao garoto que ficou envergonhado.

- É verdade, faça ela estourar o limite do cartão dela, por mim. – Becky disse e eu a olhei com uma sobrancelha arqueada. – O que é? –  perguntou e deu de ombros.

My Mistakes - FreenbeckyWhere stories live. Discover now