67 - capítulo

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BoOa tarde gente, então, preparados para o fim de "My Mistakes"? Pq sim, hj ela acaba. Vamos lá? 

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     Becky Armstrong


Já era de manhã e eu não conseguia levantar da cama. Freen está me prendendo em seus braços com muita força pra alguém que está dormindo. O fato é que nós tivemos uma leve discussão ontem a noite e ela ficou meio receosa. Claro que tivemos brigas desde que voltamos, sabemos que é inevitável, mas mesmo assim parece doer demais nas duas. A briga foi por ciúme. Da minha parte, quando fomos provar os vestidos, não são vestido exuberantes, são simples para marcar nosso momento. Acontece que a vendedora da loja invadiu "sem querer" o provador da Freen enquanto ela experimentava o vestido. O pior é que a bobona só ficou morrendo de vergonha e tentando se esconder atrás da calça jeans. Eu que entrei lá e tirei a garota loira do provador. Alegando que eu veria como minha esposa ficaria com o vestido. A menina saiu envergonhada, provavelmente por ter sido pega. Freen ainda estava parada segurando a calça em frente ao corpo coberto por uma lingerie e totalmente vermelha. Quando eu exclamei que aquela garota era uma pervertida, Freen disse que foi sem intenção. Foi nesse momento que fiquei irada, só faltava ela defender a garota que se aproveitou pra ver o corpo da minha branquela. Mas Freen se aproximou e massageou meus ombros. Dizendo que não prestou atenção por que estava pensando em como eu estaria no vestido, disse que só tem olhos pra mim e eu relaxei em seus braços. Ela me ganhou de novo.

- Amor. – chamei e ela nem se moveu. – Darling. – chamei acariciando seu braço direito. Freen apenas suspirou e me apertou mais em seus braços. – Freen, meus pais chegam hoje. – falei e a mulher levantou rapidamente. – Você estava acordada o tempo todo? – perguntei com uma expressão indignada.

- Estava esperando que você desistisse dessa idéia de levantar, mas seus pais chegam hoje. Que horas são? – ela mesma pegou o relógio digital sobre o criado mudo e o aproximou do rosto. – Eles desembarcam em uma hora. – ela estava nervosa desde que meus pais me ligaram a uma semana atrás avisando que passariam uma semana com a gente. O fato é que eu não havia contado a eles que voltei com Freen e que vamos nos casar em pouco mais de um mês. Meus pais ficaram extremamente desapontados quando nos separamos a quatorze anos, dizendo que Freen apenas me tirou de casa pra me abandonar. Foi uma confusão, até Dulce dizer que ficaria cuidando de mim. Meus pais demoraram a ceder, mas deixaram que eu continuasse na casa onde moro até hoje. Desistiram da idéia de me fazer voltar morar com eles ou ao menos perto.

- Fica calma, amor. – falei, mesmo que eles resolvam ser contra ou qualquer coisa do tipo, não vai adiantar. Eu sou uma mulher feita, trabalho, me sustento e a minha filha também. Eu não preciso pedir mais permissão a eles. Eu preciso de Freen em minha vida, mas por algum motivo ela parece precisar da aceitação dos meus pais. Eles querem ver a neta, eu contei sobre a cirurgia depois de feita e Lexa já estava recuperada. Os dois ficaram assustados, e disseram que eu devia ter contado antes. O que adiantaria? Só mais dois que sofreriam do coração. Freen suspirou e foi até o banheiro tomar banho. Fiquei na cama esperando ela sair, analisei cada movimentar seu. Assim que Freen saiu do banheiro ela foi direto ao guarda-roupas e se trocou ali mesmo. Ela estava extremamente calada, parecia pensar em todas as possibilidades. Freen encarou seu reflexo no espelho e ficou mais alguns segundos ali antes de balançar a cabeça e se virar vindo em minha direção depositando um breve beijo em meus lábios.

- Eu vou fazer o café da manhã, daqui a pouco o Allan acorda e Lexa chega da casa da Clarke. – ela beijou minha testa e eu acariciei suas bochechas. Sobre isso da Lexa dormir na casa da Clarke, foram duas semanas pra convencer a Freen. Mas ela disse que Mel não iria, como se a cadela fosse uma garantia que Lexa sempre voltaria na manhã seguinte. No final nossa filha riu e beijou carinhosamente o rosto da mãe que ainda estava emburrada e de braços cruzados.

- Vou tomar banho e já vou te ajudar. – ela assentiu, vi receio em seus olhos acompanhado de medo e aquilo apertou meu coração. Resolvi tomar um banho rápido e ir conversar com ela antes que meus pais chegassem na casa e assim não tivéssemos mais oportunidade de ter privacidade sem ser a noite em nosso quarto. Desci as escadas e parei no batente da porta observando ela fazer panquecas com graciosidade. Digamos que as aulas tenham dado muito certo. Freen cantava uma música baixinho, uma música de um desenho que ela e Allan assistem todos os domingos. – Amor. – chamei e ela virou de costas me encarando. Me aproximei e circulei sua cintura a abraçando e encostando o rosto em seu pescoço. Freen logo circulou meus ombros e inalou o cheiro dos meus cabelos. – Não fica nervosa, nada do que eles digam vai fazer com que eu desista de nós. Somos adultas e tomamos nossas próprias decisões. E eu tomei a minha, quero você, não importa do que eu tenha que passar por cima se no final eu tiver você. – falei e ela respirou fundo e deixou os ombros caírem.

- Ainda sim é importante, Bebec. – ela disse e me apertou. – Eles são seus pais.

- Mas nada é mais importante do que o que sinto. – falei e beijei seu pescoço esperando que aquela conversa tenha chegado ao fim.

- Eu amo você. –  declarou e eu sorri.

- Também te amo. – respondi e ela beijou minha cabeça. Voltou a suas panquecas e eu comecei a fazer o suco.

- Mamães. – olhamos ao mesmo tempo para a porta vendo o Allan de pijama com pequenos foguetes, descalço e com uma cara de sono adorável. – Bom dia. – no mesmo instante, Freen e eu fomos até ele o enchendo de beijos.

- Bom dia, meu amor. – falei e o menino sorriu. – Já escovou os dentes? – ele assentiu. – Então vamos subir pra trocar de roupa e calçar algo. – estendei a mão pra ele que segurou prontamente.

- Mãe, quero duas panquecas. – o menino disse pra Freen que bateu continência. Levei o garoto para o quarto e separei uma bermuda jeans e uma camiseta azul do capitão américa, coisa da Freen. Deixei um calçado perto da cama e voltei a cozinha. Freen já havia terminado com as panquecas e agora picava frutas. A campainha tocou e Allan desceu correndo, com Mel a seu encalço, passando pelo corredor. – Eu abro, deve ser a Lexa. – o garoto disse e nós concordamos, na verdade não tivemos como negar. Ela já estava na porta. – Quem são vocês? – o ouvimos perguntar e nos olhamos, paramos nossos afazeres e fomos em direção a porta.

- Anthony Armstrong e Martha Armstrong. – a voz grossa disse e eu me arrepiei chegando no corredor e vendo meus pais na porta. – E você?

- Allan Sarocha. – o garoto disse com um sorriso. – Mama, acho que é pra senhora, eles também tem Armstrong. –  me olhou e disse com um sorrisinho feliz e inocente.

- É sim, meu amor. – me aproximei e acariciei seus cabelos. – Urr, tá na hora de cortar o cabelo. – falei e o garoto deu de ombros. – Faz um favor pra mama? – o menino assentiu. - Liga pra Lexa e avisa que os avós dela chegaram. – ele foi até o telefone da sala e discou os números da lista ao lado. Levantei meu corpo e encarei os dois que pareciam não entender, ou até entender e não acreditar. Voltei ao lado de Freen e segurei sua mão gelada e suada. Apertei e ela fez o mesmo com a minha. – Vamos entrar, papa e mama. – falei e eles ainda encaravam a cena com expressões duvidosas. Não existe inferno que me faça soltar a mão da minha morena, não mais.

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É gente, chegou a hora de enfrentar o senhor e senhora Armstrong

My Mistakes - FreenbeckyWhere stories live. Discover now