58 - capítulo

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    Freen Sarocha


- Darling, eu... - sabe aquela sensação de quando você vai pedir algo a mãe, mas já sabe que ela vai negar, só que bem no fundo ainda tem uma pequena esperança? É o que senti quando comprei as alianças as pressas antes de buscar Becky em sua casa. Não foi difícil escolher, por que quando coloquei meus olhos no anel eu o vi em seu dedo anelar. Meu maior medo foi de que ela não quisesse. Becky e eu já havíamos nos casado e não deu certo, talvez ela só quisesse namorar, e não algo tão sério como um casamento, morar juntas, criar os filhos. Talvez ela me quisesse, mas eu em minha casa e ela na dela. Resolvi perguntar, pelo fato de que eu nunca saberia se não o fizesse.

- Olha, Bebec. Se não quiser eu entendo, a gente continua de onde estamos e vamos com mais calma. - ela com lágrimas nos olhos em minha frente, faz meu coração fraquejar.

- Eu te amo tanto. -  disse e acariciou meu rosto. Fechei meus olhos e aproveitei a carícia de sua mão. Abrir meus olhos e a vi ficando sobre seus joelhos e veio dessa forma em minha direção, Becky pousou suas duas mãos em meu rosto, olhando diretamente em meus olhos. Segurei sua cintura e deixei que ela fizesse o que quisesse de mim, como sempre foi. Becky beijou meu maxilar, o queixo, deslizou o nariz por sobre o meu e finalizou com um longo selinho. – Quando eu te vi pela primeira vez eu já sabia, eu já sabia. Eu odiava o fato de ter que mudar de escola, mas quando te vi rindo com seus amigos eu agradeci mentalmente oito vezes. –  disse e eu engoli seco por conta dela estar passeando seu rosto pelo meu enquanto fala, me fazendo sentir sua textura, sua temperatura e o cheiro que tanto amo. – Conheci Anahí na mesma semana, ela me contou das garotas lindas do terceiro ano. E assim eu descobri seu nome. Seu armário ficava no mesmo corredor que o meu e eu devo ter me atrasado muitas vezes só por ficar te olhando pegar alguns livros, sempre com aquele sorriso grande e belo. Anahí disse que eu estava ficando maluca, eu não liguei em nenhum momento. Só queria te ver nos armários, no almoço e na saída. – puxei Becky com cuidado para o meu colo e ela se sentou sobre minhas pernas grudando nossos corpos. Sua mão esquerda entrou em meio aos fios de meus cabelos e os segurou. – Quase dois meses depois do começo das aulas Anahí conheceu a Dulce, que se encantou imediatamente. Anahí derramou suco na calça dela e lembro que Dulce nem notou, só encarou-a. Eu sabia que Dulce era sua melhor amiga, assim como Lauren. Anahí me contou que depois de gaguejar, Dulce a convidou para uma festa e eu fiquei toda animada por minha amiga, até ela me contar que pediu a Dulce pra te levar a festa junto dela, por que eu iria com ela. Eu não soube onde enfiar meu rosto, fiquei dois dias sem falar com Anahí, apenas por vergonha. Estava com medo que não gostasse de mim, ou que apenas fosse a festa pra que Dulce pegasse Anahí. –  acariciava minha nuca, enquanto eu acariciava suas costas por cima de seu vestido azul. – Depois eu percebi que poderia ser minha oportunidade e fiquei completamente animada. Eu não conseguia respirar direito aquele dia, toda vez que eu o fazia podia sentir as borboletas voarem. Quando Dulce foi nos buscar na porta da festa, minhas mãos soavam, principalmente quando ela disse que você estava nos esperando no bar. Anahí sussurrou no meu ouvido me desejando boa sorte. –  afastou seu rosto do meu e encarou meus olhos, seus olhos, os meus preferidos, seus lábios, os meus preferidos, suas sobrancelhas, as minhas preferidas, seu sorriso, o meu preferido... sempre Becky, apenas Becky, meu propósito. – Foi a única coisa que eu tive, sorte. Talvez estudar no mesmo colégio que você tenha sido sorte, talvez conhecer Anahí tenha sido sorte, talvez Anahí derramar suco em Dulce tenha sido sorte, talvez Dulce ter se encantado por minha amiga tenha sido sorte, talvez tenha sido sorte, eu me apaixonar por você. – eu deixei uma lágrima rolar naquele momento. – Eu te amo, amo tanto. Queria conseguir explicar o que sinto com palavras, mas eu não consigo agora, mas vou ter a eternidade pra tentar. Eu quero me casar com você. – quando ela disse tais palavras meu coração deu um pulo dentro do peito. Puxei seu corpo em direção ao meu e a abracei, eu quero ter certeza que é verdade. Becky me apertou em seus braços.

My Mistakes - FreenbeckyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora