Segundo

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Era segunda feira à noite e Hope após seu trabalho, corria para a sua faculdade, ela não estava atrasada e nem nada, apenas queria chegar alguns minutos mais cedo para que pudesse esticar um pouco as pernas.

- Boa noite, Hope - as pessoas a cumprimentavam enquanto ela traçava o seu trajeto até a entrada da sua faculdade.

Hope era vista como uma referência como ser humano, ela era educada, gentil e meiga, qualidades em que fazia todos em sua volta se orgulharem de poder conviver com aquela mulher.

A morena estava sentada em sua sala, com suas pernas esticadas e as sandálias em seus pés pintados lindamente de branco.

Ela estava um pouco cansada, mas, todo o esforço era válido para o que ela amava, e Hope com toda a certeza, amava o que ela fazia.

A sua aula estava começando e assim ela se coloca a prestar atenção em cada mínima palavra da professora, como a aluna excelente que era.

A mulher estava decidida à ser melhor no que fazia e nada nunca a tirou a certeza de que ela seria, nem mesmo sua mãe com o ódio absurdo pela sua profissão.

Esse era no momento o maior problema para Hope, os seus pais, os pais que não aceitavam sua escolha de profissão, seus pais eram donos de uma gigantesca rede farmacêutica e saber que sua filha com um futuro mais do que promissor, se dedicaria pelo resto da vida à dar "papinha na boca dos filhos dos outros" era uma injúria à família Potter.

Seus pais não aceitavam e a tentaram fazer desistir de todas as formas, no entanto, quando Hope passou na faculdade de Hogwarts, a mais difícil de talvez, todos os continentes, acalentou sutilmente o ego dentro deles, mas, assim que Hope se mudou da casa deles, apenas com a roupa do corpo, eles simplesmente não à aceitaram mais em suas vidas, era como se Hope fosse uma familiar distante que eles apenas ligavam uma vez por ano por pelo menos dez segundos.

Hope morava sozinha em um apartamento que seu salário como professora conseguia pagar, ela ainda não recebia o salário das professoras que ela convivia, pelo fato de que ainda não era formada em pedagogia, ela recebia metade e ainda assim, era um excelente salário que juntando algumas economias, ela conseguia se manter e manter seu pequeno apê.

Hope já havia mudado muito em dois anos em que morava sozinha, ela felizmente havia engordado um pouco já que o que era belo para a sua mãe era, algo quase anêmico, de quarenta e três, ela foi para o cinquenta e um, e ela nunca se sentiu tão feliz em toda a sua vida quando viu que seu corpo estava perfeito daquela forma, suas roupas passaram de 34 para 38 e de PP para M, ela se sentia confortável com seu corpo atual e era isso que importava para ela.

A morena poderia dizer que tudo estava perfeito, mas, não estava, sua bolsa de estudos tinha o prazo de dois anos e meio, o que ela iria fazer? Suas economias não somavam mais de seis mil euros e aquela faculdade mensalmente custava mais de vinte mil euros, ela não teria aquele dinheiro e ela precisava desesperadamente de arranja-lo.

Sua mente estava uma pilha enquanto ela tentava retirar lucros altos de seus investimentos na bolsa de valores, contudo, eles dariam no máximo dois meses daquela faculdade e ela não veio de Madrid à toa, Hogsmeade era como uma ilha isolada no meio do oceano, era grande com mais de duzentos mil moradores, mas, ainda assim era isolada.

Hope passava a maior parte do tempo sozinha, ela lia seus livros, escutava música e às vezes meditava quando lhe sobrava tempo.

Hogwarts era como qualquer outra faculdade ou talvez até pior, todos eram ricos e esnobes, a única diferença é que eles gostavam de Hope pelos simples fato de ela saber como se importar com eles.

Eram dez da noite quando Hope estava saindo da sua faculdade para ir para o seu apartamento, estava escuro e ela morava em uma parte mais longe da cidade, o caminho maior era muito longo e demorava por volta de quase uma hora para percorrer, logo Hope cortava o caminho ao passar por dentro de um galpão abandonado.

O de fato ela estava fazendo naquele momento, andando com sua bolsa e cadernos nos braços, percorrendo o caminho do imenso balcão abandonado, ela sentiu medo nas primeiras vezes em que passou por ele, mas, após ver que era verdadeiramente inabitado, ela simplesmente passou à não se importar em passar por alí.

A morena caminhava com cuidado e dispersa quando as luzes se acenderam e ela viu que havia homens em um círculo em volta dela, homens de preto apontando armas para ela.

Hope encara tudo em sua volta, ela estava nervosa e chorando, chorando silenciosamente pelo medo, aquilo nunca havia acontecido, e ela estava muito assustada, seu coração pulsava forte, tão forte que chegava à doer em seu peito.

- E-Eu...hm...boa noite...eu sou...eu sou Hope, de esperança - Hope se obriga a dizer quando visualiza um deles se aproximar dela, era grande...muito alto e ela sentia sua pressão caindo e caindo.

- O que faz aqui? Esse lugar é privado...quem é você? - a voz do homem mascarado ecoa em seus ouvidos e Hope piscava seus olhos se esforçando para mantê-los abertos - me responda ou eu irei matá-la - o homem afirma sem elevar o tom de sua voz, acenando para que os homens se aproximassem dos dois.

- Eu...uh céus - a mulher sentia seu mundo girando e assim ela se segura no terno em que o mesmo vestia.

- Eu não irei falar de novo, garota - a voz soa estridente quando Hope dava seus primeiros apagões.

- E...nem precisa...eu - ela cai inconsciente nos braços do homem, com seus cadernos caindo no chão e o homem a pegando em seus braços.

- Investiguem tudo sobre ela...o Don tem que estar informado sobre quem está frequentando nosso galpão de segurança - foi o que ele instruiu antes de entrar em seu carro blindado com a mulher adormecida em seus braços.

Like a Little Baby - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora