Nono

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Era o final do turno diário de Hope em sua escolinha.

Seus pequenos bebês saiam correndo para perto de seus pais e ela se despedia de cada um com um beijo no rosto carinhoso.

Os quatro homens estavam alí, em frente ao portão da escola, recebendo abraços das criaturinhas pequenas que se afastavam com os seus familiares.

A morena caminhava tranquilamente ao trancar a sua salinha, um carro preto incrivelmente brilhante estava estacionado na saída da creche, o vento a fazia parecer uma boneca dos anos cinquenta, seus cabelos escuros e sua pele tão clara era um contraste e tanto para o homem que a observava vir até ele, seu sorriso resplandecia sua alma e talvez fosse aquilo que fazia todos serem cativos da presença dela.

Ele não entendia o que estava fazendo, ele estava atolado de coisas para resolver, seu celular não parava de tocar um segundo sequer, sua mente o condenava por tantos descasos.

Mas, aqui estava ele, dentro de seu conversível da vez e analisando a mulher que se aproximava do seu carro.

Hope sorriu ao abraçar e dar um beijinho em cada um dos homens, que também a deram um beijo em sua testa...era impressionante, como se ela instintivamente sentisse que eles de certa forma, tinham problemas com seus progenitores...sérios problemas.

A morena deixa duas batidinhas no vidro do outro lado do carro, acenando com a sua mão mesmo sem vê-lo por detrás do vidro escuro.

Ele desliza seu dedo pelo controle digital do seu lado do carro, a porta se abre sozinha e assim ela se senta sutilmente no banco de couro do carro luxuoso, uma música doce tocava pelo projetor escondido do carro, soava como sussurros aos ouvidos dos dois.

- Boa noite, senhor bobinho - Hope sorri ao se virar para o homem silencioso que a encarava com seriedade, ele nada a responde e Hope sorria ainda mais quando se colocou sob seus joelhos e se aproximou do rosto dele com seus grandes olhos verdes atentos no rosto perfeitamente desenhado do homem. Seus lábios selam a bochecha do homem - eu lhe fiz algo, senhor? - ela o questiona preocupada com seus braços a sustentando naquela posição...espremendo seus seios grandes um contra o outro.

Riddle desvia seu olhar dos montes branquinhos que se progetavam sobre os seus olhos, tomando uma decisão ainda pior, conectar suas íris vermelhas nas esverdeadas da morena sorridente, o sorriso dela ia morrendo conforme ele demorava em sua resposta.

- Sorria...sorria para mim, pequeno bebê - Riddle não se contém em suas palavras, encostando sua mão ao rosto de Hope, logo a retirando, era a sensação mais louca que ele já sentiu em sua vida...uma ânsia, uma eletricidade que o consumia como se volts infinitos se descarregassem em seu corpo...talvez ele não estivesse pronto para aquilo...não, aquela criatura era perigosa demais para ele.

O sorriso dela fora instantâneo, Hope o abraça, balançando suas pernas no processo, Riddle ri nasalmente com aquilo, como podia? Como um ser humano como aquele havia adentrado a sua vida?

- Você é quentinho - Hope sussurra ao se esticar definitivamente como uma gatinha, suas narinas estavam impregnadas com o cheiro dele, o cheiro que a fazia agir como uma dissimulada, ela gostava da sensação em que ele a passava...mesmo sendo tão errado, era tão bom.

- Está se atrasando - Riddle afirma ao toca-lá em sua cintura, Hope resmunga antes de se afastar do corpo dele com muito custo, sorrindo para ele.

Riddle liga o seu carro, circulando pela cidade em uma velocidade mediana, Hope sorria ao encarar a paisagem ao seu redor, Tom se permitia poucas vezes vê-la perdida dentro de si...ele sabia que ela não era capaz...nunca seria capaz de fazer coisas ruins para prejudicar qualquer pessoa que fosse.

- Qual é o seu nome? - a morena lança sua indagação após refletir sobre o fato de que ele provavelmente sabia tudo sobre ela e ela nem mesmo sabia o seu nome.

- Eu teria que matá-la para dizê-la - Tom suspira quando estaciona seu carro chamativo algumas calçadas para trás da faculdade de Hogwarts.

- Não acho que isso seja muito civilizado da sua parte, senhor bobinho - Hope ri brevemente observando o homem tão sério e...indescritível, era isso o que ele era, como um vasinho esculpido por anos e anos até que ficasse perfeito - mas, tudo bem, eu não vou chorar se você não me disser - ela ameaça um choro e Tom sorri brevemente ao com muito custo segurar as bochechas dela a virando para si novamente...porra, seu corpo formigava com apenas um olhar...ele estava condenado.

- Tom, Tom Riddle - ele sussurra para a pequena mulher, Hope faz um biquinho em seus lábios, pensando.

- Tom...senhor Tom...senhor Tommy bobinho - Hope sorria brincalhona, Tom nega com a cabeça enquanto olhava para a frente, a circulação de pessoas naquele lugar, em que ele mantinha como seu em 60% da faculdade - você tem um lindo nome, senhor Tommy - Hope sussurra baixinho para ele, Tom nada a diz e a morena sorri ao pensar em algo - você é como um girassol, senhor Tommy, belo quando está no meio de muitos e extraordinário quando está sozinho - Hope não havia compreendido se tinha algum sentido, mas, o olhar em que ele a direcionou, um sorriso de lado e suas sobrancelhas arqueadas...as mulheres não usavam esse tipo de tática para ficar com ele...normalmente, ele não precisava dizer meia palavra para que elas se jogassem para cima dele...um poema...ele se recorda de um dia ter escrito alguns poemas em sua infância, nada em que ele consiga se lembrar no momento.

- Eles virão buscá-la - Tom sussurra, Hope sorri brevemente pensando em o dar outro beijo em sua bochecha, entretanto, ela recua, piscando seus olhos e pegando sua bolsa.

- Até mais, senhor Tom, se cuide, não dirija muito rápido e coma direitinho...eu...hm...queria fazer um convite - Ela parecia insegura quando a porta da carro se abriu para ela, Tom a encara, a dizendo em silêncio para que ela dissesse o que desejava - hm...vamos assistir um filminho mais tarde...meu filminho preferido...e...vai ter pipoquinha - Hope sorria corada ao sair do carro - obrigada pela carona, senhor - ela agradece desistindo.

Tom nada diz, Hope suspira e quando a mesma iria fechar a porta do carro, seu nome é chamado de dentro do automóvel.

- Você é um lírio, um lírio divino, pulguinha - Riddle sussurra a mais pura verdade em que ele sentia...sentir...porra, ele agora sentia?

Hope sorri lindamente para ele, fechando a porta do carro e se afastando segurando a alça de sua bolsa enquanto corria para dentro de sua faculdade, o sorriso era inevitável, ela sorria até que o último minuto em que passou naquele lugar foi completo.

Like a Little Baby - Tom RiddleWhere stories live. Discover now