Décimo Quarto

9.5K 903 117
                                    

- Não quero saber, me diga o preço, Longbottom - o homem dizia em seu típico tom frio e calmo que na verdade, era um sinal claro de perigo para todos, Longbottom, o presidente de seu país, era o alvo da vez e mesmo que estivesse à alguns quilômetros de distância do Don, ele ainda tremia de nervoso ao tentar convencê-lo de que certas coisas não havia uma forma de serem compradas.

- Senhor Riddle, não tem como, este imóvel e essa instituição pertencem ao governo - Neville passa seu lenço em sua testa, suando frio ao tentar convencer o homem daquela loucura...por que? Por que de repente ele se interessou em ter uma instituição como aquela?

- Não estou interessado em suas desculpas, Longbottom, eu estou lhe avisando de que estou comprando esta instituição, logo você apenas tem que me passar o preço - o homem estressado dita de forma irritada com a demora daquela conversa, era algo tão simples e Longbottom enrolava tanto, era um verdadeiro político, com toda a certeza.

- Eu vou conferir com os meus... - Riddle não o deixa terminar sua frase, o cortando em meio a sua fala.

- Dez milhões e não pagarei mais do que isso, estarei no aguardo do contrato em até vinte minutos, passar bem, Longbottom - Tom desliga seu telefone, não o dando um segundo sequer para contestar sua escolha, Neville simplesmente cai sentado em sua cadeira presidencial, mas, logo se coloca a arrumar as papeladas necessárias, ele tinha apenas vinte minutos.

Riddle estava na cozinha de Hope, com um avental em volta de sua cintura desnuda, tentando arduamente fazer uma receita de bolinhos, do qual era denominada como Cupcake, ele estava sério, contando silenciosamente cada mínima miligrama à mais, e naquele momento, ele estava fazendo o recheio de morango do qual havia pegado na internet.

- Ah que inf- ele se breca ao ver o quadrinho escrito as " Regrinhas da Casa da Abelhinha", número um, não é permitido xingamentos para não atrair sentimentos ruins para a colmeia das abelhinhas felizes - que inferninho mais feliz e alegre, olha só que desgracinha mais fodidinha...Perdóname, Dios - ele se desculpa em um sussurro quase inaldivel ao encarar o teto da casa.

Após seus bolos ficarem prontos, ele tenta confeita-los, mesmo que o resultado ficasse um pouco mais caótico do que já estava, ele os coloca em uma bandeja, se xingando mentalmente por estar fazendo aquilo, era humilhante demais.

Quando Tom já estava se encaminhando para perto do quarto de sua pequena inconveniência, ele se depara com uma das cenas mais...indescritíveis em que já vira, a silhueta esculpida pelos deuses, seus cabelos pretos caindo lindamente pelas suas costas, uma regata branca e o pior...uma calcinha verde que mal cobria sua deliciosa bunda branquinha.

Riddle ficou alí até que percebesse onde ela estava parada...em frente as portas em que levavam para sua varanda, ela estava louca? Seus passos foram rápidos quando deixou a bandeja sobre a mesa de centro e andou como uma rapidez absurda para perto do corpo da pequena mulher.

Ele parou em frente à ela, seu olhar estava como de um louco, fechando as cortinas atrás de si sem sequer se virar, seus olhos estavam nela, as íris esverdeadas piscavam em pura confusão e depois, um rubor avermelhado sondava o rosto perfeito da morena.

Ele não a deixa sequer pensar em falar algo, no próximo minuto, o corpo de Hope fora levantado nos braços firmes do homem que a levou para longe da janela e a deixando em seu próprio quarto, suas mãos escorregaram lindamente pelas curvas dela, lentamente, sentindo da pele lisa e suave da Potter.

Hope prende sua respiração quando sentiu a pressão do toque do homem grande em sua pele, oh que mãos quentes e tão grandes...tudo nele é tão grande, a pequena mulher pensa ao suspirar enquanto segurava nos ombros dele, desnudos, só agora Hope percebe de que ele estava sem a parte de cima de sua blusa...tatuagens, uau, ele tinha muitas tatuagens, como ela nunca havia visto elas antes? Ah sim, ele costumava usar camisas sociais que escondiam toda essa pele quente e tão...oh, ela estava sentindo algo entre suas pernas.

O toque gentil em seu ombro o faz levantar seu olhar para ela, merda, olhar para aquelas esmeraldas sempre era a pior decisão em todos os momentos.

- Abelhinha - o homem chama pelo apelido de Hope, um sussurro sensual e sensorial, ela se arrepiou por inteiro, os olhos vermelhos dele a causavam sensações desconhecidas.

- Hm - ela devolve sem saber ao certo se alguma palavra que fosse sair de seus lábios seria algo lúcido.

- Me...me...me desculpe por...toca-lá com agressividade, não era a minha intenção, magoá-la - o homem a pede ainda acariciando suas pernas com tamanha sutileza em que Hope com muito custo sente daquele toque, por Deus, ele não estava conseguindo sequer manter suas mãos longe dela.

- Eu...eu acho que isso foi muito feinho da sua parte, sim, foi sim - ela se afasta do homem quase como se estivesse desesperada.

- Bom, mas...você nem sabe o que eu preparei para merecer o seu perdão, todos gostam de presentes... - ele sorria perverso, mesmo que a mulher não conseguisse vê-lo fazendo.

- Eu...não quero ser comprada, senhor Riddle, isso está fora de cogitação - Hope se ofende com a fala maldosa do mesmo, quem ele achava que ela era? Uma criança mimada? Oh sim, era o que todos sempre acharam dela...sempre.

- Não estou te comprando, eu pesarei na balança do perdão, o valor de uma desculpa sua e verei o quanto irei lhe compensar - o homem trata de responder a tocando novamente, a puxando de volta para perto do seu corpo, Hope sem sequer perceber, ao sentir a parte de trás do seu corpo colidir com o de Riddle, deixa que uma espécie de miado escape por entre seus lábios, uma risada longa e profunda sai arrastada da garganta do homem forte que a segurava - virou uma gatinha agora? Está miando para mim, pulguinha?

Like a Little Baby - Tom RiddleWhere stories live. Discover now