Sexto

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- Isso, bebezinho, agora vai lá pra dentro - Theodore se despedia da criança que assim como as outras iam para dentro da sala de Hope batendo os braços e fazendo zumbidos de abelha.

- Pode ir agora, pequeno Sol - Blaise finalmente solta a garotinha loira que sorria abertamente para ele antes de raspar seu nariz pequenino no de Zabini e descer de seu colo ao imitar uma abelhinha correndo para a sala de sua titia abelhinha preferida.

- Não tem nada pra falar não, Zabini? - Theodore é quem o questiona ao cruzar seus braços.

- Cuide da sua vida, Nott - Ele agora ostentava um broche de abelha em seu paletó.

- Você está apaixonado e ainda ganhou uma prole de brinde...o Don vai te matar quando souber disso, Zabini - Nott nega com a cabeça enquanto Fred e George voltavam de sua ronda em volta do perímetro da creche.

- Eu não estou apaixonado por uma pessoa em que conheci não faz nem uma hora - Blaise resmunga ao pegar um cigarro em seu bolso.

- I've got sunshine - George começa a cantar baixinho.

- On a cloudy day - Fred completa o verso, assim fazendo Blaise revirar seus olhos pensando em quanto aquela música parecia ser um cenário completo para as duas loiras pequenas em que havia conhecido...Sol, as duas pareciam duas estrelinhas.

- Já chega - Ele se afasta do grupo que ria com a revolta do seu companheiro com aquele assunto.

Era final do expediente quando Hope se despediu de todos os bebês de sua turma, caminhando até os homens de preto que estavam parados no portão da creche.

- Tiveram um dia agradável? - a morena pergunta para os quatro homens que acenam positivamente para ela - que bom, eu tenho presentinhos para vocês - ela pega os quatro bolinhos de papéis em suas mãos - eles fizeram desenhos para os titios gentis - a mulher entrega os desenhos para cada um deles.

- Podem me dizer o que seria isso? - a voz grossa e arrepiante soa atrás de Hope, seus pelinhos estavam arrepiados e seu corpo se vira lentamente para a direção do homem que vinha caminhando com as suas mãos nos bolsos da calça para perto deles.

- Desenhos, porque eles me ajudaram hoje, senhor - a mulher o responde piscando seus olhos verdes brilhantes para o homem, ele para a centímetros dela, Hope inclina seu rosto para enxerga-lo.

- Estava me referindo aos pontos brilhantes nos homens que coloquei para vigiar a suspeita de ser uma espiã, por acaso estava tentando fazê-los trabalhar para você? - o homem a respondia com seu corpo quase a tocando, aquela sensação, a sensação de seu corpo ansiar pelo contato...era infernal e angustiante.

- Ora essa, você...você...não quero mais conversar com você - ela se vira de costas para ele e pega na mão de Fred para puxa-lo para o carro - você não quer ir comigo, senhor Fred? - ela o questiona com um semblante decepcionado.

- Não é isso, é que - ele tenta se explicar para a morena baixinha que ele secretamente se afeiçoara.

- Tá bom então, eu vou sozinha - ela se despede ao caminhar em direção ao ponto de ônibus mais próximo, mas, seu corpo é colocado no alto e no ombro de alguém - me solte, você é malvado, não quero ficar perto de você - ela se debatia no ombro de Riddle, que a coloca dentro do seu carro pessoal.

- Fique quieta, pulguinha - um tapa é dado na bunda dela, Hope se cala ao sentir seu corpo administrar aquele toque do homem, seu corpo se acendeu e ela não soube como reagir, a não ser ficar vermelha e se permitir ser colocada sobre o banco de um carro esportivo.

Logo o carro estava rodando e Hope continuava em silêncio enquanto piscava seus olhos, seu corpo ainda emanava estalinhos da onde ele a havia tocado e céus, aquilo não estava nada bom para a sua calcinha, ela observando a forma como o homem em silêncio dirigia seu carro com os seus anéis e seu relógio em seu pulso, escondiam uma tatuagem.

Riddle sabia que ela estava o observando, sua mente planejava muitas coisas para se falar, para brigar, seus homens do mais alto escalão utilizando abelhas de glitter...era caótico.

- Eu...senhor malvado, eu não queria que você ficasse magoado sobre os seus coleguinhas - Hope o diz quando o carro do homem para em frente a sua faculdade.

Ela não o encarava, seu olhar estava baixo pela vergonha.

- Eles estarão a esperando assim que sair daqui - Hope finalmente o encara, ele estava tão bonito...o senhor malvado era verdadeiramente bonito, de uma forma que a fazia se sentir tão...pequena perto dele, seu rosto másculo era tão naturalmente imponente, seus cabelos que caiam pelos seus olhos, seus braços tão fortes e suas mãos grandes...ele certamente não era um homem comum, não com aqueles olhos vermelhos vibrantes...nunca vira algo igual ou sequer parecido.

- Você...hm...tem olhos de vampiros - a morena comenta sem sequer notar, o moreno abre um sorriso em que seus dentes se tornam visíveis momentaneamente, Hope cora quando nota o que havia pensado em voz alta.

- É uma herança de família - ele afirma para ela sem sequer pensar...impulsivo, por que tão impulsivo? Ele não contava as coisas de sua vida pessoal daquela forma.

- Hm...eu...posso ver de perto? - Hope o questiona sem evitar a necessidade alucinante de seu corpo estar perto do dele, Riddle a observa ficar de joelhos em seu banco, ela queria beija-lo? Não era mais fácil simplesmente dizê-lo?

Hope se aproxima do homem, seus pequenos dedos indicadores tocam as voltas dos olhos do Riddle, a mão do moreno vai instantaneamente para a cintura dela, apertando daquela carne macia, o corpo pequeno dela o chamava para si, era difícil, quase impossível de remar contra aquela necessidade absurda.

Os olhos esverdeados de Hope estavam focados nos de Riddle, o moreno a observava, ele queria...se ela quisesse, ele a beijaria alí, naquele momento e naquela posição.

Hope sorri ao levar a mão ao seu bolso e pegar algo, grudando o mesmo ao paletó do homem, os olhos desconfiados do homem analisavam a mulher com dúvida e certa arrogância.

- Me desculpe novamente, senhor bobinho - ela sussurra ao aproximar seu rosto do dele, a mão dele a aperta mais, no entanto, seus olhos pareciam confusos quando sentiu os lábios dela em sua bochecha - até mais - ela se despede com um tchauzinho com a mão para ele.

Riddle a observa sair para dentro do campus, seu corpo formigava, era um inferno, ele tinha que acabar com aquilo.

Ele agora...também tinha um broche de abelhinha em seu paletó.

Like a Little Baby - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora