Vigésimo Segundo

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• Boa noite, coelhinhos •

• Esse cap. é muito especial, feito para um bebê muito especial que é a @Delphini_Molfoy, feliz aniversário e que você possa comemorar com aqueles em que a amam e que você continue sendo essa pessoinha gentil e carinhosa, querida, um grande beijo e eu amo você •

• Boa leitura e não se esqueçam de comentar e votar •

- Ah...hoje eu não vou para a faculdade - Hope afirma após adentrar o carro já com outra roupa em seu corpo e colocar o seu cinto de segurança, ela mordia seu lábio inferior nervosa em que talvez estivesse tratando o senhor Tommy como seu motorista particular quando ele se oferecia para levá-la, seria um incômodo? Com o que ele provavelmente trabalhava para estar na frente de sua escola às seis em ponto? Se questionando em sua cabeça, ela não notará que encarava o homem enquanto ele também a observava sorrindo pequeno...o que se passa nessa cabeça de pulguinha?

O homem confere seu celular, a mensagem em que encontra é o que ele já sabia há muito tempo antes "Falha de implementação, nunca ligado, refém inocentado", ele não diria nada sobre aquilo naquele momento, era apenas se livrar e ele não conseguia lidar com aquilo? Que porra, ele estava se tornando um cordeiro.

- Então para onde você vai? - Riddle devolve ainda estacionado em frente à escola, seus olhos atentos na mulher, que parece finalmente focalizar seus olhos na pessoa em sua frente.

- Ah...eu vou a - Riddle não conseguira ouvir claramente, ela começou em um tom e terminou em apenas um balbuciar de lábios tentadores.

- Hm? - o homem toca seu queixo para que ele se erga e ele possa a ver falando, Hope conecta seu olhar com o de Riddle, olhos vermelhos, tão eletrizantes.

- Eu vou à igreja - Hope o responde baixo, Tom sente seu coração bater forte, seus olhos se tornam escuros, ele não soube quantos milésimos de segundos sua reação biológica durou, mas, ele acenou com a cabeça.

- Qual seria o templo? Tem muitos aqui em Hogsmeade - Riddle se vira para a frente, arrumando sua postura, Hope também se arruma e ela então diz:

- Não, para a Catedral de São Jorge - Riddle trinca seu maxilar e então liga o seu carro, a conduzindo até o seu destino, Hope se mantinha quieta olhando suas mãos, ele havia ficado bravo com ela? Mas, ela sempre ia na igreja uma vez por semana, era o seu costume desde que morou com a sua avó italiana na Sicília.

A música baixa tocava em meio ao silêncio das duas pessoas, uma música romântica, Hope cantoralava baixinho enquanto seus olhos estavam voltados para a paisagem fora do carro, a cidade iluminada em meio à noite, era como um filme.

- Mas você pode dizer: Querido
Querida, posso te abraçar essa noite?
Talvez se eu tivesse dito as palavras certas
Na hora certa
Você seria meu - Hope sorria ao se lembrar de sua infância, os dez anos em que passara com a sua avó Euphemia, uma época tão boa, que não voltaria mais, ela estava morta.

O carro ia parando lentamente em uma vaga, Hope retira o seu cinto e quando ele enfim parou o seu carro a mulher o encarou e tomando coragem ela o chama, fazendo Riddle se voltar para ela:

- Você gostaria de ir comigo, senhor Tommy? - Hope questiona e ele então acena em concordância, saindo do seu carro, assim como a morena que caminhava ao seu lado, colocando seu véu de renda sobre sua cabeça.

Fazia quantos anos em que ele não ia a casa de seu Deus? Muitos anos, a última vez fora aos seus quinze anos de idade, mesmo que ele em si fosse religioso o suficiente assim como qualquer siciliano era, a capela ao céu aberto em sua mansão era a prova disso.

Ele se sentou no banco ao lado de Hope, em todo o momento, seus olhos estavam nela, o seu conflito interno era ainda maior, quando ela sorria.

- O que está fazendo? - o homem indaga ao vê-la adentrando a capela de São Jorge, O Guerreiro, se ajoelhando, ela acendia velas e mais velas, sussurrando aos ventos.

- Estou acendendo velas por aqueles em que amo, essa é pela a sua alma, que São Jorge a permita encontrar o caminho até a luz e não a permita se perder em meio as trevas - Hope sorria, Riddle se afasta, não, ele não deveria.

Era...não podia ser, "Sua senhora deve ir a missa e aos pés de seu santo devocional, rezar com velas acesas pela alma de seus senhores, o impedindo de se perder em meio as trevas do demônio, que ela o conduza aos céu, seus pecados não pesará sobre os seus ombros porque ela os entregará aos braços do bom senhor da fé" era o mandamento dos Códigos de Vida, as mulheres dos senhores...não, Hope Potter não era a sua mulher, aquela mulher era boa demais para se meter com um demônio como ele que trinta minutos antes havia metido a bala na cabeça de ao menos três com um sorriso em seus lábios.

- Vamos, senhor Tommy? - a mulher segura em seu dedo mindinho com os seus, o homem acena em silêncio, sua postura rígida, a afasta, ele anda em sua frente.

Abrindo a porta para ela, o homem evita seu olhar, ele estava determinado e nada o faria voltar atrás, não agora que tinha a certeza divina.

Novamente os dois estavam nas ruas, passando pelas casas e lojas, Hope nada quisera dizer, talvez ele não estivesse bem pelo seu convite repentino.

Logo os dois estavam na frente de seu prédio, Riddle estava parado olhando para Hope, que tenta sorrir.

- Bom, acho que o verei amanhã então e - ele a corta friamente em suas palavras.

- Não, está livre, não vamos mais incomoda-la, sabemos agora que tudo foi apenas uma falha no sistema - Tom solta as palavras embrulhadas em seu estômago e assistindo as reações da mulher, ele tenta não falhar em seu timbre, uma missão quase impossível quando o brilho daqueles lindos olhos verdes fora levemente se apagando.

- Ah...bem, eu...fico feliz que conseguiram resolver essa situação, eu...bem...obrigada pela companhia - Hope mexia em seus dedos levemente confusa, então era isso...era por isso que ele mal falara com ela.

O homem se aproxima, tocando a face de Hope, ela agora tinha seus olhos nele, segurando seu pulso, a Potter gentilmente retira a mão quente e reconfortante de seu rosto...foram apenas alguns beijos, Hope, sua boba.

- Adeus, senhor Tommy - ela se despede, sorrindo fraco ao se afastar dele e caminhar de volta ao seu prédio, ela não se virou, ouviu o barulho do carro e assim ela adentrou o elevador, uma lágrima solitária desceu em sua face - pare de chorar, Hope, sua bobinha - Hope adentra seu apartamento, decidindo findar aqueles momentos e unicamente os gravar em suas memórias, assim como deveria ser.

"E estou pensando em como
As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas
Talvez apenas com o toque de uma mão"
(Thinking out Loud - Ed. Sheerran)

• O que acharam? •

• E com esse cap. encerramos a parte 1 da fic, espero que tenham gostado •

• Beijos da mamãe Nicole e até o próximo •

Like a Little Baby - Tom RiddleWhere stories live. Discover now