Terceiro

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- O que quer, Malfoy? - Tom o atende assim que a ligação cai em seu sinal, eram quase onze horas da noite, ele estava pronto para dormir por cinco horas em dois dias seguidos, era uma quase vitória para o Riddle e naquele momento, a sua mente xingava Malfoy em todas as línguas em que ele sabia falar.

- Ridículo, o que estava fazendo pra estar tão estressado? - Malfoy o questiona ao andar de um lado para o outro em sua casa.

- Indo dormir, Malfoy, apenas - Riddle respira fundo quando se sentou em sua cama.

- Don, sinto muito pela minha intromissão - Draco se desculpa porque todos do círculo íntimo sabiam como Riddle se dedicava, era diariamente e sem pausas, não era à toa que eles fossem os mais fortes, Tom às vezes parecia uma maquina que trabalhava por dias e dias sem qualquer descanso.

- O que quer? - Riddle devolve sem tempo para receber a pena das pessoas.

- Uma garota estava atravessando o nosso galpão de segurança - o Malfoy diz enquanto Riddle negava com a cabeça.

- Impossível, o alarme dispara sob qualquer atividade em um raio de cem metros e temos sensores de sensações térmicas...a nossa segurança é quase impenetrável, Malfoy, não existe essa possibilidade de forma tão banal - O mais velho se levantava enquanto voltava para o seu escritório, ele já havia perdido o sono de qualquer forma.

- É mais do que possível, a garota atravessa o galpão todos os dias - Draco expõe o fato já que ele teve acesso às câmeras noturnas do galpão.

- Não...mate a garota então e melhore o sistema de segurança, quero todas as falhas explicadas até as nove horas do dia de amanhã - Tom se arrumava novamente com sua camisa social e sua calça preta.

- Não devemos matar a garota - Draco diz após alguns segundos.

- Me diga que sua contradição não seja apenas por achar que ela vai querer transar com você, Malfoy - o homem sorria em escárnio com aquilo.

- Não, não é isso - Malfoy respondia relutante - venha até a minha residência - o platinado se senta no sofá de uma de suas salas de descanso.

- Irei se me sobrar tempo - o homem desliga o telefone enquanto pensava naquela situação estranha e difícil de acreditar...como uma garota poderia ter entrado no galpão de uma forma tão fácil? Aquilo era impossível na mente do homem que na verdade, ficou levemente interessado naquele fato.

Era quase uma da madrugada quando Tom Riddle dirigia até a residência dos Malfoy's, ou melhor dizendo, apenas de Draco já que sua mãe o havia deixado para viajar com sua irmã.

- Meu senhor - os homens o saúdam respeitosamente quando o veem adentrando a mansão.

- Chame, Malfoy - ele se limita a dizer para os dois que o deixam na recepção da casa, logo Draco Malfoy aparece ainda vestido formalmente, ele tinha um sorriso nos lábios quando viu o homem moreno e alto, dono dos únicos olhos vermelhos em que ele já viu, era impossível não o reconhecer.

- Don, achei que não fosse vir tão rápido, calculei que iria ser lá pelas três da madrugada - Malfoy sorria como sempre, sarcástico por natureza.

- Quero que me explique essa confusão, Malfoy - o homem vai direto ao assunto, fazendo o platinado revirar seus olhos.

- Apenas me deixe beber um pouco, não são todos que se mantém vivos por dois dias sem dormir - ele abria a garrafa de whisky importada e caríssima que tinha em cima de sua mesa de centro daquela sala.

- Como ela passou por todos os sistemas de segurança, Malfoy, eu não estou com tempo para brincadeiras - o homem dizia irritado enquanto sentia seu sono pesar em sua cabeça.

- Simplesmente...passando, não tem explicação, a garota simplesmente passou pelo sistema sem ser detectada em momento algum - o platinado suspirava massageando sua fronte com os dedos.

- Quem é ela? Uma ameaça? - Tom questiona vendo Malfoy se levantar e caminhar pela sala, onde ele sinaliza com a cabeça para que ele o seguisse pela sua casa.

- Hope Lílian Potter, 18 anos, 1,54 de altura, estudante de pedagogia, aluna prodígio que se formou aos dezesseis anos - Malfoy dizia enquanto subia as escadarias imensas de sua casa.

- 1,54 de altura? Você está brincando comigo - Riddle deixa uma risada de canto sair pelos seus lábios - a mulher que enganou o meu sistema internacional de segurança foi uma espécie viva de gnomo? - ele indaga negando com a cabeça, a história não poderia ficar pior...ou poderia? Talvez pudesse.

- Não, não estou, eu mesmo fiz questão de medir - Malfoy devolve ofendido com aquela dúvida.

- Onde ela está? A garota - Riddle estava curioso, mesmo que frustado e com sono, ele continuava a estar com sono.

- Está no quarto de hóspedes - Draco o levava diretamente para onde a garota estava.

- Você à trancou lá? Ou você à dopou? - Tom perguntava irritado pela falta de cuidado do loiro.

- Não, ela desmaiou, acho que...foi uma abordagem muito...intensa pra ela - Draco para em frente à porta onde provavelmente a garota estava.

- Que merda você fez? - Riddle questiona cansado ao acariciar sua nuca.

- Nós a cercamos porque achamos que fosse ser...hm...alguém mais ameaçador - o platinado dizia aflito tentando se explicar e Riddle revira seus olhos.

O moreno assume a entrada do quarto, abrindo a mesma com força, no entanto o barulho dentro dele o chama atenção e quando achou que não poderia piorar, ficou ainda pior, o ser humano de meio metro estava em cima de uma cadeira limpando os nichos do quarto.

- Desça daí - a voz de Riddle soa rude e quando seus olhos focam na criatura de verdade, ele percebe o corpo. Corpo escultural tão parecido com algo em que sua mente tentava se recordar.

A garota acaba se desequilibrando e Riddle em poucos passos prevê o que iria acontecer, a pegando pela cintura e a jogando em seu ombro.

- Criatura insolente, não lhe ensinaram que não se deve mexer no que não à pertence? - o homem a questiona assim que a coloca sobre a cama.

- Aí, você me machucou, senhor malvado - a vozinha baixa e manhosa adentra os ouvidos de Riddle e no mesmo instante ele encara o rosto dela.

E puta merda...Riddle não esperava por um dia contemplar algo como aquela mulher.

Like a Little Baby - Tom RiddleWhere stories live. Discover now