Capítulo 03

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Entrei no escritório e procurei pela chave, assim que a encontrei fui em direção a casa da piscina. Peguei o corredor dos fundos, que dava acesso ao jardim, tirei meu sapato e fui caminhando lentamente. Nossa casa era grande, na verdade moramos em uma mansão, ela fica um pouco afastada do centro de Nova York. Somos uma família de classe alta, papai começou do zero e hoje é dono de uma das maiores redes de agencias de publicidade do país, minha irmã e eu crescemos em meio ao conforto e sempre tivemos tudo aquilo que o dinheiro poderia nos comprar, roupas caras, colégios particulares, viagens, porém nossos pais sempre nos ensinaram que amor, lealdade, carinho e respeito são essenciais e que o dinheiro não é tudo.

Abri a porta da casa da piscina e olhei em volta, estava tudo na mais perfeita ordem. Papai mandou fazer essa casa quando Kate e eu éramos pequenas e ficávamos entrando em casa molhadas após passar horas e horas na piscina. O que deixava mamãe maluca! Corríamos pelas escadas e ela reclamava dizendo que estávamos molhando tudo, logo crescemos e começaram as noites do pijama com as amigas, era barulho e conversa até altas horas. Esse era nosso refúgio para podermos virar a noite sem acordar a casa toda. Ri com essas recordações. Logo eu iria pra o campus da universidade e demoraria a voltar aqui, realmente a casa era um refúgio com suas paredes de vidro que dava uma vista linda da piscina e do jardim que mamãe tanto amava cuidar.

- Fugindo de alguém? – Ouvi aquela voz rouca próxima ao meu ouvido e estremeci, sabia exatamente quem era, virei-me e me deparei com aqueles olhos escuros me encarando querendo transmitir algo.

- O que faz aqui? – Disse cruzando os braços na altura dos seios.

- Estava te procurando para conversarmos, quando vi você sair do escritório do padrinho e caminhar até aqui – Ele me respondeu parado no mesmo lugar.

- Não temos nada pra conversar Fernando, já ouvi suas ofensas e não precisa terminar o que começou lá dentro. Você gosta dos meus pais e da minha irmã, mas de mim não e eu já entendi isso, pode ficar tranqüilo que me manterei o mais longe possível e só falaremos o necessário – Nossa nem acredito que consegui dizer aquilo para ele, que continuava a me encarar com aqueles olhos impassíveis.

- Quem disse que eu não... – Ele começou falar, mas eu o interrompi.

- Não gaste sua saliva, pode ir embora que eu já ouvi demais – Abri a porta para ele entender que a conversa havia acabado, eu estava chateada demais, saber que o cara que você gosta te acha uma vagabunda é difícil de engolir.

- Tem razão não vou gastar saliva com coisas desnecessárias quando podemos usá-la de uma maneira bem mais agradável. – Ele veio na minha direção, não sei como nossas bocas estavam coladas, me puxou junto ao seu corpo me beijando com volúpia. Nesse momento não pensei em nada e retribui aquele beijo forte e exigente, como se o mundo fosse acabar, nos separamos pra tomar fôlego. Eu não sabia o que dizer, fiquei sem reação, jamais iria esperar por aquilo.

- Eu tinha razão, é muito melhor gastar saliva desse jeito, não acha?

E quem disse que não gosto de você? Era isso o que você queria o tempo todo? – Seus olhos estavam mais escuros que de costume e vi um brilho diferente neles.

Foi quando fechou a porta e me pressionou contra a parede. Sem me dar chance de responder, voltou a me beijar ardentemente, seu corpo cada vez mais pressionava o meu, sentia meu corpo estremecer de prazer, beijava meu pescoço e mordia o lóbulo da minha orelha. ( sonhava dia e noite com esse momento ).

- Era isso que desejava que eu fizesse com você Loma? – Ele dizia enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço.

- Claro que não, você deve estar ficando louco se acha que me sinto atraída por você, isso foi um erro. – Menti.

- Tem certeza disso ?Então porque estremece quando faço isso ? – Ele puxou meus cabelos pra trás enquanto dava leve mordidas no meu pescoço. Maldito corpo que correspondia aos seus toques.

Eu não conseguia responder, parecia que meu corpo inteiro estava concentrado em todas as suas carícias e isso era a única coisa que importava no momento. Nossos beijos foram se intensificando até que senti algo duro em meu ventre e percebi que era sua ereção, separei nossas bocas para tomar fôlego.

- Isso foi um erro Fernando, vai embora por favor. – Falei com a voz um pouco trêmula.

- Tem certeza que é isso que quer Paloma? Não vê como seu corpo corresponde ao meu toque? Você quer isso tanto quanto eu. – Ele disse apertado meu quadril e acariciando minha coxa.

- Não Fernando, não quero nada. – Disse me desvencilhando de seus braços e indo até o meio da sala.

- Ah claro, quer mesmo que eu acredite que os olhares que você me dá não significam nada? Quer que eu acredite que um moleque como aquele seu amiguinho tem essa química que nós temos ? – Ele disse com tom de ironia em sua voz.

- Saiba que o Augustus me satisfaz e deve ser impressão sua esses olhares que você comentou, não existe nada entre nós. – Eu disse com raiva. Jamais admitiria que era apaixonada por ele ou que o desejava.

- Tem certeza Loma ? – E veio caminhando na minha direção com um brilho diferente no olhar.

Então ele me tomou em seus braços e me beijou, era um beijo de fúria e cheio de paixão como se quisesse provar cada palavra que havia dito anteriormente. Nossos beijos foram ficando urgentes e senti ele me deitar sobre o sofá que havia no meio da sala, eu queria parar mas não tinha forças pois no fundo desejava aquilo ardentemente.

- Olha o que você faz comigo Loma – Disse colocando minha mão sob sua ereção – Diga olhando nos meus olhos que não sente nada por mim e que quer que eu vá embora.

Eu estava envergonhada e com o corpo em chamas, é claro que eu queria ir mais além com ele, mas temia afinal de contas ele era mais velho que eu e devia ter muita experiência, enquanto eu era apenas uma virgem de 17 anos. Sentia seus olhos queimarem minha pele e sabia que o desejo que eu via em seus olhos era o que estava refletido nos meus, eu queria aquele homem com todas minhas forças e estava decidida a me entregar a ele, mas não sabia o que dizer então decidi mostrar, afinal de contas gestos valem mais que palavras. Puxei sua nuca de encontro a minha e o beijei, não sabia exatamente o que fazer mas ao menos beijar eu sabia.

Fernando entendeu meu recado pois correspondeu com fervor e paixão. Ele foi descendo os beijos pelo meu pescoço e alternando entre mordidas no lóbulo da minha orelha e nos meus lábios. Ele me pegou no colo e me levou até um dos quartos, me depositou no chão e ficou de costas pra mim.

- Nando eu preciso dizer que eu sou ... – No momento que ia dizer que era virgem, ele me interrompeu.

- Xii, não precisa dizer nada – Ele foi dizendo enquanto soltava meu cabelo e beijava meu ombro – Serei o mais delicado possível.

Senti que o zíper do vestido estava sendo abaixado e um volume jazia no chão, eu queria me concentrar nos detalhes do quarto mas não conseguia pois o meu coração batia rapidamente, foi quando ele me virou e eu corei.

- Maravilhosa, do jeito que eu imaginei – Ele disse enquanto percorria meu corpo com o olhar. Eu estava apenas com uma calcinha fio dental vermelha e os meus saltos, havia dispensado o sutiã já que o vestido era tomara que caia.

Ele me beijou e quando menos imaginei senti a cama atrás das minhas pernas, ele me deitou e foi retirando a camisa. Oh meu Deus, que corpo era aquele, ele estava retirando a camisa e eu não pude deixar de admirar seu corpo sarado e cheio de gominhos, resultado de esportes e musculação do qual eu sabia que ele era adepto.

- Admirando a vista Srta. Bianki ? Espero que esteja gostando. – Ele disse com um leve sorriso. Droga fui pega no flagra.

- Está maravilhosa Sr. Baker – Eu disse retribuindo o sorriso e mordendo os lábios com o restante da visão, que era o Nando de cueca boxer preta.

- Que bom que está gostando, porque a visão que estou tendo daqui é de tirar o fôlego. – Ele disse montando em cima de mim e mebeijando.    






Acasos do AmorWhere stories live. Discover now