Capítulo 32

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Já vou começar me explicando, ha ha....tive um bloqueio literário pessoal, por isso não consegui postar antes "/ - Me perdoem?

Estou soltando o capítulo e quero informar que estamos chegando ao final da história...é isso mesmo, estou com o coração apertadinho. Quero aproveitar e agradecer todos os votos, comentários e o carinho de vocês, espero que gostem.

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Corro até o escritório e ouço as vozes dos dois homens da minha vida conversando, ao invés de entrar resolvo ouvir a conversa.

- Perdão padrinho, não queria decepcioná-lo... – Sua voz some.

- Você não me decepcionou filho, embora eu gostaria muito que ficasse. Tem certeza que essa é a melhor decisão?

- Tenho sim. Não vou conseguir trabalhar na empresa e ter que conviver ao lado dela, me lembrando de tudo que aconteceu. Eu fui um canalha, mas eu estava apaixonado. – Posso sentir sua voz sofrida. – quanto a ela, não posso dizer o mesmo.

- Filho, eu vi a Paloma chorar muito ontem e por incrível que pareça foi a primeira vez que a vi naquele estado, acho que deviam conversar.

- Eu não vou implorar o amor de ninguém padrinho. Ela nunca disse que me amava, me beijou e instantes depois estava com outro, eu vi na expressão dela a entrega pra ele, e a amo demais pra não querer a felicidade dela com o Josh. Vou embora, é o melhor pra nós dois e pra as nossas famílias, seria uma situação constrangedora ter que conviver com eles nesse momento. O senhor me entende?

- Claro filho. – Pelo tom da voz de papai sei que ele está triste.

Tudo fica em silêncio por instantes e imagino que estejam se abraçando, nesse momento decido entrar.

Abro a porta e papai percebe minha presença já que Fernando está de costas pra mim. Ele o solta e Fernando se vira me olhando, percebo que está com uma expressão cansada, de quem dormiu tão mal quanto eu, parece passar horas enquanto nos olhamos.

- Papai. – Aceno com a cabeça e continuo parada próxima a porta. – Poderia me deixar a sós com o Fernando?

- Não temos o que falar Paloma. – Ele me responde friamente, mas essa postura não vai me intimidar.

- Papai, pode sair por favor? – Insisto.

- Paloma, eu não acho que vocês... – Eu o interrompo.

- Não me importa o que nenhum dos dois acham ou deixam de achar. – Papai arregala o olho pra mim.

- Lembre-se que ainda sou seu pai. – Ele me repreende e eu reviro os olhos. – Vou sair, mas conversem como gente civilizada, sem escândalos.

Ele caminha até onde eu estou, beija minha testa e sussurra um "boa sorte" para que somente eu ouça e então sai. Sinto o clima pesar entre aquelas quatro paredes, nos encaramos como dois animais que estão prestes a se atacarem, o que no fundo não deixa de ser uma verdade, pois essa conversa não será fácil e sei que determinará nosso futuro, ou seja é uma batalha.

- Espero que seja rápida, não estou dispondo de tempo. – Ele diz friamente.

- Ei garotão, vai com calma. Quero que me ouça, assim como eu te ouvi, não adianta vir com essa armadura pra cima de mim, terá que ser melhor que isso. – Respondo firme e ele continua me olhando impassível.

- Vai me dizer que o que eu vi foi engano? Me poupe do seu teatrinho Paloma, ele não vai funcionar comigo. – Ele cospe as palavras de uma maneira fria.

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