Philip Adams um nome comum na sociedade que carrega um grande peso que só ele entenderia. Um homem de negócios com um fruto de um amor que acabou deixando o mundo, e fez com que ele virasse de ponta cabeça, quebrado por dentro e preso em seu passado...
Acordo com o despertador tocando, e logo desligo ele, não suporto aquela música irritante. Levanto e vou direto para o banheiro escovar meus dentes e tomar meu banho. Pego uma roupa simples, uma calça jeans preta e uma blusinha de manga banca com uma gola v. Quando chegasse no trabalho iria ter que colocar meu uniforme de qualquer maneira então não costumo pegar roupas muito arrumadas. Paço uma maquiagem simples, um corretivo, base, rímel e um gloss para a boca não ficar seca. E então vou para cozinha fazer meu café, ao passar pela sala vejo minha avó sentada na poltrona dela já acordada e tomando o seu café.
- bom dia vó, dormiu bem? - falei dando a volta no sofá e sentando perto dela
- dormi sim filha, e você hum? - falou sorrindo para mim
- dormi sim, a senhora viu se a Liza já acordou? - pergunto me levantando do sofá
- ii minha filha, aquela ali você já conhece, só acorda no último alarme do celular - fala e nós duas começamos a rir e nesse momento a Liza aparece na sala com uma cara emburrada
- vocês tem noção do quanto eu odeio essa música do despertador? Sério eu só não jogo meu celular na parede porque não tenho dinheiro pra comprar outro - fala emburrada ainda de pijama e coçando os olhos - só queria ser rica puta que pariu - falou virando pra sair e falando a última parte baixinho
- olha a boca em senhorita Liza, sou velha mas ainda não sou surda - minha vó diz da cadeira e Liza vira
- oque? Eu disse nossa que frio - fala com a cara mais sínica e sai correndo pro banheiro antes da vó jogar uma almofada nela. Começamos a rir e depois me viro indo para cozinha tomar meu café.
Antes de ir para o trabalho eu não como muita coisa, no mínimo um café e umas frutinhas, comer demais de manhã não me faz bem.
- O LIZA ANDA LOGO VOU ME ATRASAR PRO TRABALHO - falo gritando na porta do banheiro. Como só tem um carro eu levo Liza para o trabalho antes de ir para o meu, no caminho deixo ela no escritório de advocacia que ela está trabalhando e logo depois vou para a lanchonete que eu trabalho. Eu estou urgentemente precisando sair daquele inferno de trabalho, só não me demiti ainda porque preciso do dinheiro.
Sentei na sala e fiquei vendo televisão com a minha avó até a Liza aparecer na sala pronta para irmos. Assim que ela apareceu eu me levantei para irmos, dei um beijo na testa da minha vó, peguei minhas chaves e minha bolsa e fomos para o trabalho.
Depois de deixar ela no trabalho fui direto para o meu, e por causa do trânsito acabei chegando uns 10 minutos atrasada. Minha casa não é tão perto assim do meu trabalho normalmente leva uns 20 a 30 minutos pra chegar, 40 ou 50 se estiver com muito trânsito, e hoje é um dos dias que estava com bastante trânsito.
Cheguei e fui direto para os fundos da lanchonete para pegar meu uniforme e colocar e começar o trabalho. Coloquei o uniforme, depois guardei minha bolsa em um armário para os funcionários, e antes mesmo de colocar os pés na lanchonete já escutei os berros do senhor Thompson.
- AMBERLY - ele esbravejou da cozinha e logo fui correndo até lá
- estou aqui senhor - falei da porta e ele me olhou com raiva
- já é a terceira vez nessa semana que você chega atrasada, se acontecer mais uma vez você está na rua - ele faz questão de apontar pra rua na última parte da frase e eu assinto com a cabeça
- não vai mais acontecer senhor - falo e ele só resmunga em resposta
- agora vai para a lanchonete que já estamos com clientes - fala e quando vou me virar para sair ele acrescenta - a e agora eu mudei seu cargo, você vai ficar no balcão e a Linda vai ficar no seu lugar como garçonete - falou e eu tive que me segurar pra não dar um pulinho de alegria
- certo, obrigada - falo e me viro indo para o balcão. Finalmente não vou ter mais que atender aquele velho nojento do Moore, eu não aguentava mais, ele vem todo dia aqui de manhã e exige que eu atenda ele, só eu, parece que ele tem alguma obsessão estranha por mim, aquele nojento já tentou encostar em mim mas graças a deus eu sempre consegui escapar, mas eu já não estava aguentando mais então implorei para o meu chefe me mudar de cargo, o que eu pensei que ele iria negar de cara, mas por algum milagre ele fez oque eu pedi, bom vai ver tem um pouco de compaixão naquele corpo gigante e naquele coração de pedra.
Me posiciono no balcão pronta para atender os clientes. E como eu previ no balcão era bem mais divertido, eu só entregava alguns dos pedidos que eram feitos para viagem ou as pessoas que sentavam no balcão, recebia o dinheiro e dava o troco, não precisava ficar andando pra lá e pra cá igual antes. E assim o dia foi passando.
Atendi uma moça com uma criancinha que estava quase chorando implorando a mãe por um pirulito, mas a moça disse que não tinha como levar, então eu peguei o pirulito e coloquei na mão da menininha e pisquei pra ela, isso pode ser idiota mas, o sorriso que ela deu para mim melhorou meu dia 10 vezes mais.
Então logo atrás da moça com a garotinha surgiu um homem, alto de cabelos loiros, os olhos verdes e com o rosto sério, elas saíram e ele veio fazer o pedido.
- Bom dia como posso ajudar? - falei sendo o mais simpática possível
- um café puro - falou sério e tirando o dinheiro da carteira
- ok - viro para máquina de café e preparo o café dele
- aqui está o seu café, tenha um bom- antes que eu pudesse terminar de falar ele pegou o café da minha mão, jogou o dinheiro no balcão e saiu. Nossa senhora em, tem gente que parece que não recebeu educação quando criança viu.
O dia foi passando, o expediente acabou. Fui direto para casa, Liza as vezes saia mais cedo do que eu e ia de ônibus para casa, e foi assim hoje, cheguei em casa tomei meu banho e fui direto para cama, eu estava acabada, só queria dormir, porque amanhã ia ser tudo de novo.
