CAPÍTULO 03

28.9K 3.5K 1K
                                    




🔸🌔🌕🌖🔸

    Um alfa.

    Um alfa em estado de transformação que sequer deveria ser possível. E ainda estamos à semanas de distância da lua cheia.

    Um lobisomem selvagem.

    — M-meu Deus. — gaguejo, só percebendo que estou andando de costas quando bato a minha cabeça bruscamente no tronco de uma árvore, ficando completamente encurralado. Os sons de puro medo vindo de mim atraem o lobisomen, que olha na minha direção e avança sobre mim rapidamente, se colocando na minha frente com não mais do que alguns centímetros nos separando, de modo com o que o calor sobrenatural do seu corpo me atinja em cheio.

    Ele é grande. Muito grande. Eu preciso olhar para cima para encarar o rosto animalesco da criatura.

     Os ombros são largos, e a estatura de mais de dois metros lembra a de um humano, Apesar dele está preso na aparência de algo que é a mistura de um homem e um lobo. Cada centímetro do seu corpo é revestido por um pelo cinza, que pode ser mais escuro ou mais claro dependendo da região do corpo. Seus braços absurdamente grossos terminam em mãos gigantes, e essas terminam em garras afiadas e longas.

     Eu não consigo desviar o olhar, porque tenho certeza absoluta de que no momento em que quebrar o contato visual, ele vai me atacar e me dilacerar, exatamente como fez com aquele cervo. Sou tão baixo em relação à ele que mal chego no seu peitoral, e a cabeça dele tampa qualquer raio de sol.

     — P-por favor. — Imploro, agarrando o tronco da árvore atrás de mim com força. Estou sentindo as minhas pernas fraquejarem e meu cérebro simplesmente ameaçar desligar, entrando em pane. Não faço ideia se essa coisa entende ou não o que digo, mas ele abaixa um pouco mais a cabeça e roça o seu focinho lupino no meu pescoço, farejando os meus feromônios.

     — Eu sinto. — Ele rosna mais para si mesmo do que para mim. Uma voz assustadora e grossa que me pega de surpresa. Os dentes afiados dele estão à milímetros da minha garganta, e o medo é tanto que não consigo manter os meus olhos abertos.

     — S-sentindo o que? — Estou tão atônito que tenho certeza de que vou fazer xixi nas calças à qualquer segundo, mas o fato dele conseguir falar me deixa com um pouco de esperança, já que isso indica que talvez ele seja pelo menos um pouco racional.

     — O cheiro do seu mel. — A voz grossa dele diz, antes que a língua grande e quente do lobisomem roce no meu pescoço, exatamente em cima das glândulas sudoríparas invisíveis.

     — AH!! — aperto os olhos com força e não consigo evitar quanto minhas mãos vão para o seu peitoral enorme e meus dedos agarram o seu pelo acinzentado. Achei que ele iria me morder, mas o lobisomem apenas continua lambendo o meu pescoço.

     No começo não faço ideia do que está acontecendo aqui, mas a ficha cai assim que percebo o propósito dele.

     Ele está passando o seu cheiro para mim, como se estivesse marcando território. Me marcando como o seu ômega.

    — S-sai!! — tento empurra-lo para longe, mas o alfa selvagem rosna no meu ouvido e se esfrega com mais força em mim, roçando o seu corpo peludo e gigante em cada centímetro de pele que ele consegue encontrar.

     — Meu ômega. — O alfa rosna, dando um passo para trás assim que se dá por satisfeito, depois de ter me impregnado com os seus próprios feromônios. O cheiro dele é tão forte que me deixa meio bêbado, e não é ruim. Nem um pouco ruim, na verdade. Ele tem um cheiro de virilidade, um cheiro másculo e pungente que me deixa meio bêbado.

     As minhas pernas estão tão bambas e languidas que eu não consigo evitar cair sentado no chão, sentindo um formigamento estranho na minha bunda e uma umidade excessiva na minha entrada. O lobisomem parece perceber o quão molhado e excitado eu estou, porque ele está farejando o ar e me encarando com os olhos vermelhos sem parar.

     — N-não chega perto! — exclamo, morrendo de vergonha do fato de que esse ser selvagem me deixou dessa forma, mas o que aconteceu aqui não passou do meu corpo reagindo aos feromônios em excesso de um alfa. O meu membro e a minha bunda estão latejando sem parar com a necessidade, e isso me faz querer chorar de tanta frustração.

     Felizmente, o lobo selvagem não faz qualquer movimento para se aproximar ou me tomar à força. Ele apenas fica me encarando, com desejo brilhando nos olhos vermelhos, enquanto ele respira fundo repetidas vezes, saboreando o cheiro que meu corpo exala.

     Ele não veste absolutamente nada, então um membro gigantesco está visível na sua virilha, em meio à pelagem cinzenta. Essa parte também parece ter se transformado junto com o resto do seu corpo quando ele virou um alfa selvagem, porque o pênis dele é completamente rosa, sem o prepúcio por cima, além de ser uma coisa gigantesca e está molhada com o seu próprio lubrificante natural.

     Minhas bochechas queimam de vergonha por estar encarando aquela coisa descaradamente, e eu me odeio ainda mais por estar desejando essa coisa que nem 100% humana é.

     Levanto em movimentos cambaleantes e tento começar a correr de volta para a trilha, mas o lobo faz menção de me seguir.

     — N-NEM PENSAR EM VIR ATRÁS DE MIM!! — aponto para o seu rosto lupino e tento soar um pouco intimidador, embora ele apenas faça um pequeno som pelo nariz, como se estivesse achando graça, mas felizmente não faz mais nenhum movimento para me seguir.

     Eu aproveito a deixa para chegar até a trilha e correr para casa, sentindo as minhas nádegas deslizarem uma contra a outra de forma estranha por causa do lubrificante natural que encharcou a minha cueca.

     QUE ÓDIO QUE ÓDIO QUE ÓDIO!!!

🔸🌔🌕🌖🔸

🔸🌔🌕🌖🔸

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


🔻

A MARCA DO LOBO (COMPLETO)Where stories live. Discover now