CAPÍTULO 09

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     Não sei quanto tempo se passou, mas quando o pau dele volta ao normal e ele sai de dentro de mim, a minha primeira reação é soltar um rosnado furioso, Ainda sentindo a umidade excessiva entre as minhas nádegas e o seu sêmen quente escorrer para fora do meu buraco. As minhas pernas ainda estão completamente bambas e ondas de prazer ainda reverberam pelo meu corpo, mesmo que agora o meu coração esteja batendo na velocidade da luz por causa do que acabou de acontecer.

    — V-você me mordeu!! — exclamo assim que ele levanta de cima de mim, virando para encara-lo. O seu corpo volta ao estado em que estava antes poucos segundos depois de eu encara-lo, crescendo alguns centímetros e voltando a ser coberto de pelos cinzentos. Eu solto um grunhido de frustração por não ter conseguido ver direito a sua aparência, mesmo sabendo que ele não ficou em um estado 100% humano. Tudo que sei é que ele tem cabelo loiro e olhos azuis, mas essas são características um tanto comuns no norte do país, onde moramos.

     — você me mordeu!! — repito levantando do chão e pouco me importando eu estar nu da cintura para baixo, mal ligo para o seu líquido viscoso escorrendo pela minhas pernas, pois minha total atenção está no lobisomem safado diante de mim.

     — Meu. — o estúpido diz, aproximando-se de mim e colocando as mãos na minha cintura. O contato faz aquela parte da minha mente em que estamos ligados ficar um tanto feliz, embora todo o resto do meu cérebro esteja gritando de ódio. Não acredito que estou ligado com o lobisomem selvagem!! O tipo de ligação que só deveria acontecer quando duas pessoas se amam incondicionalmente e que é impossível de ser quebrada.

     Sei que não deveria colocar toda a culpa nele, já que pra essa ligação acontecer ambas as partes precisam querer. Os cios de um Ômega são fortes, mas não o suficiente para deixá-los fora de controle, então reconheço que metade da culpa é inteiramente minha.

      Porra!! Agora eu estou completamente fodido (e não apenas no sentido literal!!). Não acredito que acabei de perder a minha virgindade com um lobo selvagem!! E não acredito que eu gostei tanto disso a ponto de praticamente ficar bêbado de prazer!!

     — seu idiota!! — dou um soco no seu peitoral, agora peludo novamente, mas ele me ignora totalmente, parecendo mais feliz do que nunca. Quando ele abaixa o rosto contra o meu pescoço e lambe os filetes de sangue que estão escorrendo pelos pequenos furos na minha pele, eu não consigo evitar o gemido baixinho que escapa da minha garganta, porque a sensação da sua língua grande, quente e molhada contra mim é extremamente extasiante.

     Porra porra porra!! O diabos após eu fazer da minha vida agora?!

     A difícil situação me faz soltar uma risadinha angustiada, percebendo que eu acabei de selar o meu destino. E embora não precise aceitar essa ligação, sei que ela vai estar presente na minha mente pelo resto da minha vida.

     — V-você pode me deixar em casa? — pergunto, sentindo-o parar de lamber o meu pescoço e levantar o rosto para me encarar. Ele solta um som animalesco e baixinho, antes de me envolver com seus braços grandes e me abraçar com força. Eu devolvo o abraço, enterrando o rosto no seu peitoral cheiroso e envolvendo o seu corpo grande com os meus braços. Acho que estou tão carente que nem me importo com isso, e o contato faz um sentimento quente florescer no meu coração, fazendo-o bater de uma forma mais descompassada.

      Também consigo sentir os sentimentos dele através do laço. Consigo sentir a sua felicidade, possessividade e o desejo misturados num só sentimento, direcionado bem para o fundo da minha mente, que agora é compartilhada com a sua.

      Em silêncio, eu dou a volta nele e subo nas suas costas, então ele abaixa e começa a correr pela floresta, um pouco mais lento do que antes, como se estivesse bastante preocupado comigo. Eu encosto o rosto no seu pelo macio e deito completamente sobre ele, fechando os olhos e sentindo-o me levar para casa. As minhas pernas ainda estão um pouco dormentes, e eu agradeço internamente por ele estar indo um pouco mais devagar que o habitual.

     A noite já começou a cair, mas assim que saímos a parte mais densa da floresta, fica um pouco mais claro e a luz do pôr do sol ainda ilumina boa parte do caminho. Eu torço internamente para não ter ninguém na varanda assim que eu chegar, ou pelo menos nenhuma Alfa ou Ômega que possa sentir a confusão de odores em mim.

      Quando chegamos perto da linha das arvores eu desço das suas costas e dou batidinhas no seu ombros, vendo-o levantar ao meu lado e fungar no meu pescoço novamente, o que arranca uma risadinha engraçada de mim, porque faz cócegas.

     — Bom... eu vou dar um jeito nisso... — murmuro para ele, afagando o seu pelo cinza. Acho que ele consegue sentir os meus sentimentos assim como eu consigo sentir os dele, porque ele me olha com um olhar um tanto preocupado, embora não fale nada.

     — Até depois então, Alfa selvagem. — digo, dando um passo para trás e fazendo menção de caminhar até o casarão.

     — Até. — ele responde com aquela voz grossa e meio rouca que sempre usa. Eu solto suspiro longo e começo a andar de volta para casa.

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A MARCA DO LOBO (COMPLETO)Where stories live. Discover now