CAPÍTULO 18

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NAVEEN
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    Michael veste uma combinação bonita e cara, que consiste numa calça cargo clara, um suéter colado e um par de coturnos pretos. A roupa evidencia seus músculos, principalmente aqueles do seu peitoral e dos braços.

   — Oi. — Respondo, sentindo o seu olhar em mim. Michael enfia as mãos nos bolos da calça e move a atenção para o garotinho nos meus braços.

   — E quem é esse? — O seu sorriso se alarga, mostrando duas fileiras de dentes brancos e retos, enquanto ele dá um passinho para a frente.

   — Esse é Sebastian.

   — Baz. — O diabinho me corrige, abrindo um sorriso para o homem loiro na nossa frente, que ainda o encara como se visse uma estrela absurdamente brilhante.

   — É um prazer conhecer você, Baz. Meu nome é Michael. — Ele estende a mão, então Baz a aperta levemente, com sua mãozinha praticamente desaparecendo contra a mão enorme de Michael. Eu não deixo nenhum desconhecido chegar nem à menos de metros do meu filho, mas esse cara parece ser gente boa.

   — Você é amigo do papai? — Meu filhote pergunta, agora me encarando com aqueles enormes olhos, porque claramente gostou de Michael logo de primeira. Eu não o julgo, até porque esse cara é incrivelmente bonito e parece ser boa pinta. Tento encontrar alguma expressão diferente no rosto dele ao ouvir o "papai", mas ele continua sorridente.

   — Mais ou menos. — Tento evitar o desejo de revirar os olhos e conter a vontade de falar que ele é só um riquinho que está hospedado onde eu trabalho.

   — Eu tava escolhendo um brinquedinho pra mim. — Baz diz com aquela voz fofinha dele, falando "binquedinho" ao invés de "brinquedinho".

   — Sério? Qual você tava vendo? — Michael pergunta, fazendo Baz começar a se contorcer, tentando ir pro chão. Eu me abaixo e coloco-o no chão, fazendo o meu filhote correr até a prateleira e começar a analisar os brinquedos.

    Michael e eu vamos atrás dele, observando Baz analisar os brinquedos, mais empolgado do que nunca. A altura minúscula de Baz não ajuda muito, então ele apenas aponta e comenta sobre os carrinhos e bonecos da parte de cima das prateleiras (e tentar pegar ele no colo agora não adianta, porque ele vai começar a se remexer sem parar e tentar se livrar de mim).

    Eu meio que fico entretido com uns ursos de pelúcia que são quase do meu tamanho de tão grandes, e quando volto à olhar para Baz, poucos segundos depois, encontro-o nos braços de Michael, conversando alegremente com ele. A cena me faz arregalar os olhos, porque ele não é de confiar assim em pessoas que não conhece.

   — Papai, eu quero aquele!! — Baz aponta para os carrinhos enormes na prateleira, que agora está da sua altura, já que ele tá praticamente mais alto que eu nos braços de Michael. Eu vou até ele e tento pega-lo no colo, mas o que diabinho nega com a cabeça e vira o rosto, querendo continuar nos braços enormes do cara loiro.

   — Quer dizer que você vai me trocar dessa forma, seu traidorzinho? — Finjo estar magoado, cruzando os braços.

   — Mas papai, o seu amigo é bem alto e legal!! — Baz faz um biquinho engraçado, e quando olho para Michael, encontro-o fazendo um biquinho idêntico. Uma sensação estranha cruza o meu peito, enquanto algo desperta na minha mente automaticamente, como se fosse uma lembrança fantasma.

    Alterno o olhar entre os dois, que tem o mesmo cabelo dourado, os mesmos olhos azuis e até o mesmo biquinho marrento. Qual a chance de...??

   — Bom, qual cor você quer? — movo a minha atenção para os carros grandes, resolvendo não pensar muito nisso. Eles possuem uma variedade infinita de cores diferentes, além de terem estilos variados também.

   — Quero aquele. — Baz faz Michael dar um passo para a frente, então suas mãozinhas agarram a ponta da caixa de um dos carros, que é preto e branco e parece com um carro de polícia. A sua felicidade é tanta que ele está praticamente pulando dos braços do alfa.

    Eu vou até eles e tento pegar a caixa com o carro, mas é pesado pra caramba, e eu quase o deixo cair no chão.

   — Deixa que eu levo pra você. — Michael diz, então eu coloco a caixa gigantesca no chão, praticamente morrendo de colocar força. Ele me entrega Baz, antes de se abaixar e pegar a caixa como se ela não pesasse absolutamente nada.

    — Obrigado papai. — Baz sussurra no meu ouvido, passando os braços ao redor do meu pescoço, enquanto seguimos Michael pelo corredor, em direção ao caixa.

   — de nada, bebê. — Respondo, acariciando o seu cabelo fofo.

   Quando chegamos até o caixa, eu tiro as notas do bolso para pagar, então Michael faz menção de tirar um cartão da carteira e entregar para a moça do caixa.

   — Você nem conhece a gente direito. Não vou deixar você pagar por isso. — Lanço-lhe um olhar maligno, fazendo-o erguer as mãos em sinal de rendição.

    Eu pago pelo carrinho usando o dinheiro das horas extras do outro dia, e como o pagamento é feito à vista, nós temos um baita desconto. A moça coloca a caixa numa sacola que é praticamente do meu tamanho, antes de entrega-la para Michael, enquanto eu tento convencer Baz de que nós não podemos abrir a caixa e brincar aqui no shopping, porque vai ficar ruim pra levar pra casa depois.

   — Que tal um sorvete agora? Você pode brincar naqueles brinquedos lá fora agora. — Explico, fazendo-o praticamente esquecer a existência do carrinho e ficar empolgado para ir comer e brincar naqueles negócios da praça de alimentação.

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A MARCA DO LOBO (COMPLETO)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang