Capítulo 01

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Anna Estrella ✨

É muito difícil pra mim ter quer aguentar isso todos os dias. Ele é meu pai, mais parece não ser por me achar uma vagabunda, ou uma putinha de merda. Ele vive bêbado, se enche de drogas e quando está com raiva, desconta em mim.

Eu tenho um trauma desde pequena por causa dele, não consigo dormir a noite, e tenho medo de ficar na minha própria casa.

Nessa mesma casa aonde minha mãe morreu.

Ela era uma viciada como ele, mais fazia de tudo por mim. Mas por se afundar tanto nisso acabou morrendo e me deixando com esse velho doente.

Estou deitada na cama enquanto ouço ele bater na porta, sempre tenho que colocar algo em frente dela e tranca-la para ele não entrar, porque sei o que acontece depois.

Jorge: Sua puta, quando estava lá fora dando pra esses vagabundos não se trancava desse jeito. Agora que entra nessa porra dessa casa vive trancada nesse quarto. - Bateu na porta com força. - Você acha que mora aqui de graça? ANDA CARALHO, EU TOU COM FOME. ANDA FAZER A MINHA COMIDA!!!

Era todo dia assim, e o pior que eu não tinha pra onde ir. Nem amigos tenho, imagine uma moradia.

Me pergunto quando isso vai parar e sempre a resposta bate na porta - No mesmo lugar.

Parece dramático né? Mais quando você tiver passando o que eu estou passando, vai ver que não é nada disso. Muitas pessoas acham que é drama, mais elas realmente não sabem o que tamos passando, até passarem. Só sabem fofocar e querer saber da vida alheia.

Coloco as mãos no meu ouvido tentando não escutar ele gritando, mais é em vão. Alguns minutos passam e eu não escuto mais nada, presumo que ele foi atrás de mais drogas, quando ele ta muito doido assim ele sai, e me deixa sozinha.

É o único momento que tenho de paz, porque nem fazer faculdade ele deixa. A escola ele me tirou dela no meu último ano, e por isso não conseguir concluir.

Eu só faço trabalhar pra conseguir as coisas aqui pra dentro de casa, ou trabalhar em casa, porque se ele ver alguma coisa fora do lugar é um soco na cara.

Quando escutei o bipe do meu celular, que já está todo desgastado. Vi que já estava na hora de ir ao trabalho, eu trabalhava em dois lugares, com a dona Vanda que vende marmitas aqui, mesmo que seu filho seja podre de rico, ela gosta de ser dependente.

E ajudo a única amiga que eu tenho na loja da mãe dela. Bella, eu não tenho tanto contato com ela, mais ela é uma boa pessoa, gosto dela, porém como ela é amiga do dono do morro, e daqueles bandidos, eu não posso ficar perto dela, por causa do meu pai.

Assim que me arrumei, fui até a loja. Já tinha ido trabalhar com a dona Vanda, porém hoje ela fechou cedo por que era aniversário de uma amiga dela e ela foi convidada.

Assim que cheguei na loja comprimentei a dona branca e fui ajudar a Bella atender algumas meninas que vienharam para comprar roupas.

Bella: Como foi seu dia hoje? - perguntou animada.

Queria poder contar pra ela sobre a minha vida, mais é muito difícil confiar em qualquer pessoa. Porém com ela é totalmente diferente, ela só sabe o que eu acho melhor contar.

Anna: Bom... Foi bom! - Eu disse sorrindo forçado. - Você vai amar esse vestido, e ficou lindo em você. - Disse pra uma cliente que me perguntou o que achava dele.

Xxx: Obrigada, eu vou levar ele. - Sorriu enquanto dava o valor do vestido, após ter colocado em uma sacola com o nome da loja, e ter me dado o dinheiro ela foi embora.

Anna: E o seu, como foi? - continuei a conversa.

Bella: Foi muito bom, porém estou super animada com a festona que vai ter aqui. - disse sorrindo. - quer ir comigo?

Estremeci só de pensar em como meu pai ficaria se soubesse sobre isso, nunca bebi na vida, na verdade me sinto estranha por não saber o que é beijar. A insegurança e o medo de fazer isso e meu pai me dá aquela surra é muito maior, mesmo com os meus 21 anos.

O trauma faz isso com a pessoa.

Anna: Meu pai ta doente, tenho que cuidar dele. - Ela me olhou triste e depois disse.

Bella: Bom, eu espero que ele melhore e que você saia comigo pele menos uma vez. - sorriu passando a mão em meu ombro. - Você é muito quieta, é bom sair pra se divertir. - piscou e voltou a sua atenção para a cliente que acabara de chegar.

Suspirei de alívio por ela não continuar insistindo pra eu sair com ela, mais sei que isso é só por enquanto. Até quando ela decidir e me chamar novamente, até riu com essa insistência dela, e depois me sinto mal por não conseguir ser como ela, e ter uma vida normal como as outras pessoas.

 Até quando ela decidir e me chamar novamente, até riu com essa insistência dela, e depois me sinto mal por não conseguir ser como ela, e ter uma vida normal como as outras pessoas

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Capítulo pequenoooo!!! Mais é só o começo.
Espero que vocês tenham gostado, e isso é só o resumo da vida da Anna. Aos poucos vou colocando mais sobre a vida dela.
Próximo capítulo, o Filipe?
5 estrelinhas? Começamos leve.
Votem e comentem isso me ajudar a continuar com a história ❤️

Crime perfeito - RetannaWhere stories live. Discover now