Ret💥
Isso tá fudendo com a minha cabeça.
Quando penso que as coisas vai se resolver tudo piora. Parece que o destino tá de sacanagem com a minha cara.
Não consigo parar de pensar no que a Luisa disse, as palavras ficam rondando a minha cabeça desde aquele momento. E só de imaginar que seja verdade, isso me deixa puto e perdido.
Não é sobre dinheiro, e sim sobre como vou passar por isso.
Anna: Tu tá no mundo da lua. - Chamou minha atenção. - Tou te chamando faz horas, homem.
E de fato eu estava, mas no mundo dos problemas.
Ret: Desculpa, tô com a cabeça cheia de problemas. - Suspirei, passando a mão na cabeça.
Anna me olhou de um jeito estranho, mas apenas assentiu. Não sei como olhar pra ela também, sei lá, simplesmente estou com medo do que possa acontecer depois que ela descobrir.
Anna: Ainda não conseguiu resolver os problemas do morro? - Perguntou, fazendo um cafuné gostoso na minha cabeça.
Tou quase dormindo com isso.
Ret: Tou quase, Cabelinho tá me ajudando muito. - Digo, com os olhos fechados.
Anna: Que bom.
Com os olhos fechados, imagino como seria se nada disso estivesse acontecendo comigo. Será que eu teria uma vida boa com a Anna? Nunca cheguei a pensar em um futuro com ninguém, nem mesmo com a Manuela eu pensei.
Foi amores diferentes, o que eu sinto pela a Anna é mais intenso e verdadeiro. Um amor que sei que é recíproco de ambas partes.
Mesmo Anna dizendo ao contrário consigo ver pelos seus olhos. Seus olhos dizem tudo ao contrário, sempre consigo entende-la com um simples olhar. Coisa de gay mesmo.
Anna: Vem cá. - chamou.
Ret: Hm?
Anna: Porque a gente não faz algo juntos hoje? - Perguntou.
Ret: Como o que? - Quis saber.
Anna: Ah sei lá, sair de bicicleta... - Disse, pensativa. - Você sabe andar né?
Abrir os olhos e a olhei debochado.
Ret: Tá achando que não fui criança não, pô? - Falei irônico.
Ela riu e negou com a cabeça.
Anna: Idiota! - Bateu na minha cabeça de leve. - Que tal a gente adotar um cachorro ou comprar um? - Falou animada. - Seria bom né?
É claro que não!
Eu nem sei cuidar de mim imagina de um cachorro.
Ret: Tá falando sério? - Falei incrédulo.
Anna: Sim? - Me olhou óbvia. - Dinheiro é que não falta.
Ret: Não, não e não! Eu não sei cuidar de um cachorro. - Declarei, assustado. - E também não gosto.
Talvez assim ela mude de ideia, cê é louco? Que porra de cachorro o que. Eu nem sei cuidar de mim pra poder cuidar de um cachorro ou cachorra. Já basta a Luisa no meu pé.
Anna: Eu cuido, isso não vai ser problema. - Me olhou com os olhos pidão. - por favor. - Juntos as mãos, praticamente implorando.
Ret: Não faz isso morena...
