Capítulo 16

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Ret💥

Aquele tapa que a Anna me deu, porra. Doeu até a alma, a mina tem uma mãozinha viu. O desgraçado do Cabelinho ficou rindo da minha cara e ainda achou pouco.

E pior que o arrombado tem razão...

Ali aquele tapa não é nada comparado ao que eu estou fazendo com ela, e sabe porque tou pensando nisso novamente? O Cabelinho mais uma vez veio me dar lição de moral, logo ele, um bandido lerdo pra porra.

Mais sinceramente... De cabeça ele tem mais que eu, a mulher que se casar com ele tem sorte viu. E digo isso por ser seu amigo desde sempre.

Ele teve que viajar essa semana para o morro vizinho, como tinha dito, o dono do morro vizinho havia pedido minha ajuda e no dia que o Cabelinho aceitou ele não foi, mais teve outra invasão e o Cabelinho teve que ir.

Eu estava terminando os últimos pagamentos pra ir resolver um bagulho com aquele desgraçado, vou te contar viu. Eu disse e parace que ninguém me escuta, mais quando uso o lado difícil, sou temido, sou bandido de merda ou um assassino.

Mais fazer o que? Nessa vida você é esculhambado de tudo, pô.

Chegando na boca que fica lá embaixo, entro sem ao menos bater e seguro a minha arma. O desgraçado acha que pode me passar a perna.

Ret: Quem foi o arrombado que vendeu a porra da droga pra aquele playboyzinho? - Eu disse com raiva.

Um dos meus vapores se levantou tremendo da cabeça aos pés e levantou a mão.

Ret: Qual foi a ordem que eu passei nessa porra? - Eu gritei batendo com a arma na cara dele. - Qual foi porra?

Xxx: Enquanto ele não pagasse o que deve não era pra vender, e caso não o fizesse matasse. - Choramingou passando a mão na cara.

Ret: Então porque tu vendeu? Quer passar por cima da minha ordem? - minha cabeça estava explodindo por não ter dormido direito, aí quando chego na porra da boca descubro que um imbecil fez merda.

Ainda bem que o Deco me avisou.

Xxx: Ele disse que ia pagar... - Sussurou.

Soltei uma risada irônica destravei a arma apontando pra sua cabeça.

Ret: Essa é a quarta vez que tu faz isso, e outra vez passei pano pra tu. Mais dessa vez, esquece, tu vacilou mermão e agora que arque com as consequências. - Mirei em sua cabeça enquanto ele suplicava pra não fazer isso, mais é sempre assim, paga de doido pro meu lado pra depois chorar pela a vida. Atirei sem pena e me virei para os outros. - E caso vocês fizer a merma coisa, vão seguir o caminho dele.

Eles assentiram e começaram a limpar a minha bagunça enquanto eu saia dali, porra, eu odeio fazer isso. Mais se não fizer vão continuar fazendo e fazendo e depois quem se lasca sou eu.

Esse vapor ele era bom no que fazia, da última vez deixou a porra de um x9 escapar, eu deixei pra lá porque ele era novo, e depois da segunda começou a vender droga e ninguém o levava a sério e nem pagava, como nas outras vezes e agora isso? Mermão, tenho sangue de barata não.

Pode ter certeza disso.

(....)

Deco: O bagulhão foi serio mermo, viu. Tu tá com a cara fechada o dia todo. - Ele disse chamando a minha atenção, tinha voltado pra salinha e fumava uma pra ver se me acalmo.

Ret: O dia não foi bom pra mim, acordei com um tapa no peito e depois fui resolver um bagulho. - Suspirei tragando em seguida.

Edu: Perai, tu recebeu um tapa de bom dia? - Ele disse e eu assenti enquanto o viado ria sem parar. - Caralho, aquela mina é foda.

Ret: Tu quer morrer hoje também? - Perguntei mostrando o dedo do meio.

Edu: Foi mal aí pô, mas não consegui segurar. - Ele e o Deco riu.

Deco: E tu Ret, já sabe pra que ela serve? - Ele perguntou numa curiosidade do caramba.

Sinceramente? Nem eu sei, e pensando no que o Cabelinho disse, vou dá um voto de confiança e deixar a mina mais a vontade sem os vapores por perto dela.

Eu realmente quero ter paz com ela e se isso for uma avanço com ela, que assim seja.

Ret: Ela não é um objeto pra ser escolhida no que fazer, apesar que também falei dessa forma. - penso na forma como ela ficou escutando pra que "ela serve". Porque tou pensando nisso? - acho que vou dá um voto de confiança, a Anna não conhece nada da vida e provavelmente quer sua vida de volta, sem aquele arrombado do pai, que tá morto.

Edu: Então ela não vai morar contigo? - Disse.

Ret: Ela vai continuar, só vai viver a vida dela como era antes, sem que eu fique com os meus vapores por perto. Acha que ela vai gostar?

Deco: Não tenho dúvidas, talvez ela comece te perdoando assim. - Deu de ombros.

Talvez...

(...)

Aquela conversa com o Cabelinho e os meninos não saem da minha cabeça, tou ficando maluco, porque também tomei uma decisão e iria conversar com ela.

Eu espero que agora e depois a gente possa se dar bem, a mina é mó da hora, e eu quero uma coisinha dela. Ok, eu deveria parar de ficar imaginando ela nua na minha cama enquanto eu a fodo, isso sim é falta de respeito com ela.

Suspiro quando nos sentamos no sofá, ela me olhou um pouco curiosa e depois olhou pra unha dela.

Anna: Você vai falar ou vai ficar olhando pra minha cara feito um retardado? - Falou me olhando.

Ret: Eu retiro que disse. - Revirei os olhos, e ela não me entendeu. - Enfim, tava pensando... Tu não gosta dos vapores na tua cola não né?

Anna: Isso não é óbvio? Parece até que tou vivendo um relacionamento abusivo, e você tá querendo me prender de alguma forma com esses vapores ao meu lado o tempo todo. - Revirou os olhos se jogando pra trás. - Mais o que tem?

Então a gostosa já pensou a gente como um casal? Mesmo que não fosse no sentido bom, ok, agora eu que digo. Que porra ta acontecendo comigo? Toda hora essa mina tá na minha cabeça, eu em.

Ret: Vou falar com eles pra te deixarem em paz, confio em tu aqui, andando sozinha. - Eu disse a olhando.

Anna: Assim do nada? Você quer algo em troca não é? - Ela disse e eu neguei. - Não é possível, até quase vinte quatro horas atrás tu odiava que eu andasse sozinha, achando que eu ia fugir, coisa que é bem difícil né, já que minha vida toda foi nesse morro.

Ret: Tou falando sério, pô. Quando disse que quero ter uma relação boa contigo não tava mentindo, e como você gosta de andar sozinha, sem eles por perto, decidir deixar isso de lado e te dá um voto de confiança. Pelo menos para você confiar em mim também. - eu disse com uma expressão séria.

Ela me olhou e depois olhou pro chão, passando alguns segundos se levantou e disse.

Anna: Eu deveria agradecer, mas você que quis assim. Porém, vou tentar ser mais amigável com você. - Ela disse se afastando e subindo as escadas, antes parou e falou. - A única coisa que posso oferecer nesse momento.

Ret: Pra mim tá perfeito, melhor que nada. - dei um sorrisin de lado e ela assentiu subindo as escadas.

Bom, foi melhor do que eu imaginei. Pelo menos vamos tentar ser "amigável" um com o outro, e pela forma que ela tava comigo no baile, calminha, vai ser ótimo.

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E aí o que acharam dessa decisão?
Parece que a Anna deu um chá bem dado, mesmo que não seja com a buce**🤣🤣
Pelo menos uma relação amigável sai por agora.
Próximo capítulo na visão dela♥️
Votem e comentem, isso me ajuda
a continuar ❤️

Crime perfeito - RetannaWhere stories live. Discover now