Capítulo V

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Dark ouviu uma voz chamando seu nome. Vinha da frente da casa e não deixava dúvidas que realmente havia alguém lá fora. Ele terminou rapidamente, enrolou a tolha vermelha envolta do corpo e foi ver, mas quando chegou na porta, percebeu que não havia ninguém. Assustado, olhou para todos os lados e murmurou:

— Que estranho!! Não tem ninguém aqui!! Que loucura!!

Ele deu meia volta atônito, pensativo, cabisbaixo e trêmulo. Encontrou o irmão se arrumando no quarto.

— Joe? Ouviu alguém me chamando?

— Não!! Estava distraído procurando minha calça. — Disse cheio de verdade.

— Tudo bem!! Mas fui lá fora e não havia ninguém. Estranho, não?

— Está falando sério? Porque se estiver, é estranho mesmo.

— E como estou!! Mas deixa para lá! Preciso me arrumar. Já estou muito atrasado.

— Vá mesmo!! Não vou te esperar.

— Por mim!! — Disse fazendo bico e balançando os ombros.

Joe Costello terminou o almoço e em seguida foi embora. Na mesa Dark comia numa velocidade absurda olhando para o relógio que marcava 13:10 PM.

Após ter comido apenas a metade, ele colocou o resto na geladeira e saiu desesperado para à escola. Subiu a escada e virou à esquerda sentido final da rua Januário.

Ele corria muito, tropeçava nas pedras, mas como um menino grande não se deixava abater com as dores nos dedos por conta do sapato apertado.

De frente ao hotel, ali quase no final da ladeira ele começou a diminuir os passos por conta de uma dor que surgia bem acima da região do peito esquerdo. As suas energias esvaíram em curto prazo, então lentamente virou à direita e subiu as escadas que davam acesso a Av. Januário.

Ao subir com a garganta seca, rapidamente pensou em pedir água na casa da ex-professora Carrie Makiej. Estava ofegante e as suas pernas tremiam muito, mas continuou a correr, pois rapidamente lembrou- se estar atrasado e temia o portão da escola fechar.

Ao chegar no final da Av. Januário virou novamente à esquerda e logo estava na rua Santa Tereza. Foi caminhando com a consciência pesada, pensando que não iria conseguir chegar a tempo. Na sua frente vinha um homem caminhando no sentido contrário, aparentava ter 45 anos, usava calça jeans, sapato social e camisa listrada preta e branca. Ao se aproximar, olhou para o homem e inquiriu:

— Moço? Boa Tarde!! Pode por favor me informar as horas?

O homem ficou boquiaberto, certamente não esperava tamanha educação. Após ter aberto um sorriso, olhou para ele e respondeu:

— Olá, garoto!! São 13:29 PM. — Disse com imensa satisfação.

— Obrigado!! Boa tarde!! — Disse cheio de esperança.

— Por nada!! Boa tarde!!

Dark retomou o fôlego e saiu correndo novamente, dobrou à direita e seguiu pela Av. Boiadeiro. No final da avenida, parou para atravessar a rua do Boiadeiro, que iniciava na Estrada do Matadouro e terminava em Cajazeiras VII, na rua Prof. Jaime de Sá Menezes. Na frente dele estava a rua Orlando José Ribeiro, calçada de paralelepípedos, onde ficava sua escola.

Os carros não davam trégua, impaciente cruzou os braços e bateu os pés. De repente se surpreendeu com a gentileza de um motorista que descia sentido Cajazeiras VII. Ao perceber que ele estava atrasado o rapaz parou o carro, buzinou e ficou acenando para atravessar. Dark atravessou, agradeceu com um sorriso e seguiu.

Ao se aproximar do portão ele bateu levemente, mas nenhum sinal do vigia, então abaixou a cabeça, deu meia volta e quando seguia de volta para casa, ouviu uma voz firme:

— Ei? Espera!! Estás muito atrasado sabia?

— Eu sei! Infelizmente não cheguei há tempo.

— Eu vou deixar você entrar, mas me prometa não se atrasar tanto certo?

— Está falando sério?

— Mas é claro que estou!!

— Nossa!! Obrigado!! Nem sei como te agradecer.

— Me agradeça correndo agora mesmo para a sala de aula.

— Tudo bem!! — Disse pulando de alegria.

— Por nada!!

Após ter ultrapassado o portão Dark Costello seguiu direto para a sala.

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