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                                                                          Sexta-feira, 11:45 AM.

   De costas ficou paralisado com o que ouviu. O seu coração começou a bater acelerado e ele sinceramente não sabia como responder aquela pergunta, até porque não sabia mesmo. Então, deu meia volta e hesitou:

— Sabe que ainda não sei meu pai? Ela ainda não comentou nada comigo. Mas acho que Joe deve saber, porque ficou conversando com ela até tarde resolvendo essas coisas.

— Hum!! Eu entendo!! Mas assim que ela chegar diga que eu já tirei todas as coisas que estavam no quarto. Agora é só ela contratar um pedreiro pra fechar a parede ou ela pode comprar os materiais que eu mesmo faço pra vocês.

— Está bem!! Assim que chegar falo com ela. Tchau!! — Hesitou muito surpreso.

  Dark voltou para casa e ficou surpreso ao ver a mãe deitada no sofá.

— Ué!! A senhora não era para estar trabalhando?

— Eu não fui trabalhar. Não tinha nada agendado para hoje, aproveitei e fui atrás de um pedreiro.

— Nossa!! Tomei um susto. Achei que tivesse acontecido alguma coisa. Nunca vi a senhora em casa a esta hora sem ser dia de domingo. E conseguiu? O meu pai me disse agora a pouco que se a senhora quiser é só comprar os materiais que ele faz o serviço.

— Consegui sim!! O seu tio quem vai fazer.

— Qual deles? Tio Hanks? Estou com saudades dele.

— Não!! Cliff quem vem.

— Ah! Eu vou tomar banho. Não posso me atrasar.

  Na Tv. Orlando José Ribeiro Dark viu o ônibus do passeio no mesmo local, mas ao se aproximar avistou Areny virando à esquina toda arrumada. Ela o avistou ainda de longe e começou a acenar, fazendo um sinal pra ele correr depressa. O ônibus estava ligado e começou a dá sinal de arrancada. Ele rapidamente se aproximou e Areny o conduziu para dentro.

— Quase você ficava. Eu disse que não era pra você se atrasar. A gente já ia sair, mas eu pedi ao motorista para esperar um pouco e fui verificar novamente se já havia chegado.

— Me perdoe!! Eu até agora não estou entendendo nada. Nós já fomos para o teatro ontem, esqueceu?

— Pelo visto esqueceu do que falei no ônibus voltando para casa. Hoje é o dia da exposição dos poemas no Shopping da Bahia. A secretaria de educação decidiu fazer a exposição após o passeio.

— Oh, meu Deus!! Devo não ter prestado atenção. O que vou fazer com esta mochila?

— Pode ficar guardada aqui sem problema.

— Obrigado! Estou besta até agora com esse meu vacilo.

— Onde já se viu exposição de poema sem a presença do seu criador?

— Pois é!! Cadê Siller? Não estou conseguindo avistá-lo.

— Ele decidiu ir mais tarde com a mãe. Eles vão de ônibus coletivo.

— Ah!!

  No shopping eles seguiram pela escada rolante em direção ao 3° piso, onde foi disponibilizado um espaço aberto ao público para expor os poemas com os nomes dos vencedores e as suas obras suspensas em molduras de vidro.

  A exposição foi encantadora. O shopping teve um grande fluxo de pessoas que quando passavam, faziam questão de olhar, tirar fotos e se deliciar lendo os poemas. Dava pra perceber no rosto das pessoas a imensa satisfação de realizar aquele projeto, tanto para os organizadores, quanto para os pequenos artistas espalhados pela exposição.

  O público agradecia lendo as obras com entusiasmo. Era notável a paixão pela leitura, o eu-lírico era a verdadeira paixão daquelas pessoas apaixonadas por arte, veículo capaz de nos tirar da triste realidade, dando asas a nossa imaginação.

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O CÓDIGO DA SABEDORIAWhere stories live. Discover now