Céu de Outono

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 Dark e Joe saíram da rua Januário e viraram para à esquerda, seguindo sentido final da Estrada do Matadouro.

Após passarem por 3 estabelecimentos Joe decidiu virar à esquerda e entrar na panificadora Águas Claras. Dark ficou esperando lá fora, pensando no calor que estava fazendo. "Ah, então foi por isso que a minha tia chegou morta de sede."

Na sala deu de cara com a professora Areny, entregando papéis ofícios para a primeira fileira de cadeiras.

Areny Müller usava um vestido laranja, salto alto preto, batom vermelho e um rabo de cavalo. Ela era muito profissional e deixava transparecer no seu rosto: Satisfação, seriedade e responsabilidade. Era a hora de fazer o sonhado, esperado, clamado, almejado e tão cobiçado: "Campeonato de Poema."

Dark ficou consternado quando se deu conta que naquele momento começaria o campeonato. O seu corpo começou a tremer, os seus olhos traziam um ar de muita ansiedade e também nervosismo. Com dificuldades de se conter comportado na cadeira, ele tremia muito e não sabia por onde começar. De repente o seu olhar fixou-se na entrada, logo se via Henry fechando a porta.

Henry caminhou até a última cadeira à direita, na direção da professora. Ele sorriu para o amigo que logo acenou, tentando com alguns sinais explicar o que estava acontecendo.

A professora entregou o papel a todos. Aquele momento era a hora de mostrarem todo o talento.

Dark queria muito ganhar, com isso, ajudar a mãe que já estava sendo diarista, após ter recusado a grande proposta da sua vida. Era o momento que precisava de muita calma pra pensar no que iria escrever, pois não poderia jamais deixar que a ansiedade fosse responsável por um mal desempenho.

Areny voltou para a mesa e pediu a atenção de todos. Ela olhou para o relógio e deu a largada. Todos começaram a se concentrar.

Dark se concentrou. Deixou os pensamentos fluírem rapidamente. Uma olhada pela sala e se percebia que todos estavam com dificuldades para desenvolver o poema, exceto ele, que estava na segunda estrofe. Deu mais uma pausa para pensar e notou que alguns nem haviam se quer começado.

Dark Costello levantou-se da cadeira, pegou o papel e se dirigiu até a professora para tirar as dúvidas. Depois, vários alunos começaram a tirar também. Faltavam poucos minutos para entregar, mas Dark, Henry e outros já haviam terminado e entregado.

O tempo acabou. A professora levantou-se e seguiu recolhendo dos alunos. Após ter recolhido todos os papéis, sentou-se de volta e começou a organizar os poemas na mesa. Os alunos já estavam ansiosos para saber o resultado.

Areny Müller levantou-se, lançou um olhar pra frente, aplaudiu a turma e desejou boa sorte a todos. Ela avisou que o resultado sairá na segunda-feira. Ela anunciou o final da aula, pegou a bolsa, o classificador com os poemas e saiu.

A aula acabou... A sirene anunciava o fim do cansaço mental entre os que espremeram seus neurônios na sala. Dark pôs a mochila nas costas e caminhou com Henry até a porta. Eles desceram as escadas e logo avistaram o portão. Mas Henry decidiu seguir direto para à cantina, pois estava com sede. Dark foi junto, a garganta seca denunciava sinais de sede também.

Na rua rapidamente começou a chover forte. O céu de outono deixava tudo muito cinzento. Henry tirou o guarda-chuva da mochila e dividiu com o amigo. Eles seguiram proseando pela rua Orlando José Ribeiro, mas a conversa teve que ser interrompida, por causa da despedida. Henry virou à direita descendo a rua do Boiadeiro, enquanto Dark atravessava a pista de volta para casa.

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O CÓDIGO DA SABEDORIAWhere stories live. Discover now